A Banalização das Armas Nucleares
- artigo aponta crescimento da chance de uso de armas nucleares em conflitos regionais -
Fernando de Souza Barros - Revista Ciência Hoje nº 250 de julho de 2008
http://cienciahoje.uol.com.br/123453
Cogumelo atômico decorrente da explosão da bomba nuclear lançada sobre a cidade japonesa de Nagasaki em 9 de agosto de 1945.
Com o domínio de tecnologias nucleares por um número cada vez maior de países e o aumento de tensões em regiões com conflitos, reaparecem os questionamentos sobre a proibição do uso de armas atômicas adotada no final da Guerra Fria (marcada pela queda do muro de Berlim, em 1989). Um caso emblemático foi recentemente divulgado: a existência de uma declaração conjunta de um grupo de ex-chefes militares ocidentais, defendendo o uso de armas nucleares em teatros de guerras convencionais.
Não se conhece o impacto dessa declaração nos ciclos oficiais, mas foi noticiado que a proposta seria submetida ao Pentágono, em Washington, e ao secretário geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A declaração proporia o emprego dessas armas como estratégia para intervenção em conflitos armados em um "mundo brutal".
A estratégia de utilização de armas nucleares táticas não é nova. No início da Guerra Fria, logo após o final da Segunda Guerra, quando o arsenal nuclear ainda era privilégio norte-americano, a possibilidade de seu emprego era estratégia de defesa das nações da Otan contra o poderio militar soviético na Europa. Deve-se ressaltar que o advento do arsenal nuclear soviético, em 1949, induziu os projetos nucleares militares autônomos da Inglaterra (1952) e da França (1960), os quais foram implementados a despeito da existência da Otan.
Os desenvolvimentos tecnológicos atuais mostram que a possibilidade de utilização de armas nucleares por nações envolvidas em conflitos regionais também cresce. Assim, além da proposta dos ex-chefes militares mencionada acima, existiria a possibilidade de conflitos nucleares regionais. A inexistência atual de uma ordem política mundial reforça ainda mais essa tendência de banalização das armas nucleares.
Nos últimos anos, surgiu também a ameaça das chamadas 'bombas sujas', preparadas com explosivo químico convencional e material radioativo disponível. O objetivo é dispersar o material radioativo, que é, em geral, retirado do combustível 'queimado' em reatores nucleares. Entre todos os artefatos nucleares, a bomba suja é o único que não necessita de instalações de porte industrial para sua fabricação.
Um dos fatores contra a difusão em nível global da energia nuclear como energia limpa alternativa seria a disponibilidade crescente de material radioativo no mercado negro internacional. Essa possibilidade é reconhecida pela própria Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A disseminação dessa fonte de energia alternativa requereria o controle e a segurança de numerosas instalações nucleares, em um nível bem acima das atuais disponibilidades técnicas e de recursos humanos dessa organização.
Arsenal e vizinhança
Com a exceção do Brasil, único país da da América do Sul com um programa avançado de tecnologia nuclear, os países selecionados neste ensaio pertencem a um dos seguintes grupos:
i) países que têm arsenais nucleares;
ii) países com programa nuclear em função de vizinhos dotados de arsenal nuclear.
Dados históricos sobre os programas nucleares de Israel, do Irã, da Coréia do Norte, do Iraque e do Brasil são apresentados, resumidamente, a seguir e analisados quanto:
i) às motivações para o desenvolvimento de tecnologia nuclear;
ii) às perspectivas para um projeto nuclear militar de estado;
iii) ao desenvolvimento de foguetes;
iv) à postura em relação aos tratados internacionais para a inspeção de instalações nucleares.
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Essa é uma ameaça concreta e real. A decadência dos EUA, tanto moral, como econômica, os tornam uma das maiores ameaças mundiais, pois eles se acham com direito a tudo, e por isso, não vão aceitar pacificamente perder espaço na política internacional como já estão perdendo. Um abraço. Drauzio Milagres.
ResponderExcluirExcelente sua colocação sobre a tática da OTAN com armas nucleares estratégicas para frear o Exército Vermelho. A superioridade numérica do Exercito Soviético era um fator que preocupava a OTAN pois esta seria vencida pelo desgaste de suas tropas e na falta de tempo em repor os equipamentos e homens perdidos.
ResponderExcluirOs EUA é o país que mais prega o desarmamento dos outros países, mas é o que mais se impõe a força. A busca por armas nucleares por outros países atualmente esta ligada a isso! O fator dissuasão!
http://gustasou.blogspot.com/2009/06/o-rotulo-da-coreia-do-norte.html
Oi "Spertnez", a Coreia do Norte não deveria ter armas nucleares, mas nenhum outro país deveria ter também. Movimentos de política internacional proibindo outros países de ter tecnologia nuclear, enquanto alguns outros podem ter a vontade, é a constatação da hipocrisia dessas políticas. Um abraço. Drauzio Milagres.
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