Mais Imperialista que o Rei
Redação da Revista Carta Capital nº 493 de 30/04/2008
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=9&i=763
A vitória de Hillary Clinton sobre Barack Obama na prévia da Pensilvânia, em 22 de abril, prolongou o embate pela candidatura democrata na eleição presidencial. Poderia ser só um problema para o partido, na medida em que as críticas recíprocas criam ressentimentos entre seus partidários e favorecem os republicanos. Mas também começa a ser um problema para o mundo, dados os métodos a que a ex-primeira-dama se dispôs a recorrer.
Mesmo com essa vitória, Hillary continua atrás de Obama em número de delegados e é praticamente impossível reverter o quadro até o fim da campanha. Suas chances resumem-se agora no que no Brasil é chamado tapetão: convencer os chamados "superdelegados", líderes partidários não comprometidos com as pré-candidaturas, a contrariar a vontade das urnas e escolhê-la para enfrentar McCain, com o argumento da suposta experiência e da capacidade de atrair o voto centrista, de uma forma ou de outra.
Principalmente de outra. Sua propaganda traz à baila Pearl Harbor, os mísseis de Cuba, Bin Laden, e desafia Obama com "quem não agüenta o calor que saia da cozinha". Em entrevista, tentou ser tão troglodita quanto o governo Bush júnior nos piores momentos e acabou por superá-lo: "Quero que os iranianos saibam que, se eu for presidente, atacaremos o Irã (...) nos próximos dez anos, durante os quais eles poderão tolamente pensar em atacar Israel, seremos capazes de aniquilá-los totalmente".
"O povo americano não desiste e merece uma presidente que não desista", respondeu aos que lhe pediram para retirar a candidatura e permitir a união do partido. Mas o que está oferecendo é uma líder capaz de recorrer a qualquer meio e desprezar qualquer escrúpulo para conseguir a vitória, receita que seu povo já experimentou nos últimos oito anos e pode contabilizar como miseravelmente fracassada. Não há por que repetir a dose.
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Esses políticos americanos não aprendem. São sempre arrogantes. Ainda bem que o mundo já está se deslocando da influência americana. Cada vez mais percebem o quanto essa aproximação é perniciosa. Drauzio Milagres.
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