Saudades da Idade Média
Redação CartaCapital - Revista Carta Capital nº 482 de 13/02/2008
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Terá sido uma provocação a José Gomes Temporão? Durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2008, na quarta-feira 6, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou uma grande ofensiva contra a proposta de legalização do aborto, as pesquisas com embriões humanos e a eutanásia, medidas defendidas pelo ministro da Saúde.
A Igreja tem a tradição de eleger temas consensuais para a Campanha da Fraternidade, como a preservação da Amazônia e a defesa dos direitos de portadores de necessidades especiais, assuntos que marcaram as discussões das últimas duas edições. Desta feita, porém, o episcopado decidiu afrontar o Estado laico, ao ressaltar assuntos que devem ser tratados fora do âmbito dos dogmas religiosos. Condena qualquer proposta de ampliação das hipóteses de aborto legal e sugere, inclusive, a revogação do direito de interromper a gravidez em casos de estupro ou risco para a mãe, como prevê a legislação brasileira.
"O estupro é uma situação extremamente dolorosa, mas conheço numerosos casos de superação de mães vítimas de violência. Também queremos difundir o exemplo da Santa Gianna Beretta Molla, que preferiu morrer para permitir o nascimento do filho", diz o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa.
Sobre o embate com Temporão, que chegou a ser ameaçado de excomunhão pelo papa Bento XVI, por conta da defesa da descriminalização do aborto, o bispo é diplomático. "Em dezembro, o ministro participou, ao meu lado, de uma celebração inter-religiosa no Corcovado, para lembrar a luta contra a Aids. Podemos ter divergências em relação aos métodos, mas, nessa ocasião, estávamos unidos pela vida".
Escaldado dos confrontos com a Igreja, Temporão evitou polemizar e elogiou a escolha dos assuntos a ser debatidos pelos católicos. Dom Dimas, por sua vez, procurou enfatizar que o tema da Campanha da Fraternidade foi escolhido, em 2006, pelas organizações de base da Igreja. "Muito mais do que ser contra isso ou aquilo, trata-se de uma campanha em favor da vida humana", pontua.
Ainda assim, o religioso não deixou de mandar o seu recado para o governo. "Não se trata da defesa de um dogma religioso, mas de valores humanos e da análise da boa ciência. Qualquer médico sabe que a vida começa na concepção. Além disso, devemos lembrar que é o indivíduo que precede o Estado, e não o contrário".
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A Igreja Católica, que vive do passado, mais uma vez interferindo no Estado e na Sociedade. Esses dogmas na Igreja Católica são responsáveis por milhares de doenças e de mortes. Essa é a uma religião que prega o Amor? Certamente que não, pois é uma religião que só se preocupa com o poder. Drauzio Milagres.
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