Imprensa Esconde Filho de Fernando Henrique Cardoso (FHC)
Jasson de Oliveira Andrade - 6 de junho de 2007
Jasson de Oliveira Andrade - 6 de junho de 2007
Antes de abordar o assunto deste artigo, vamos nos reportar ao "caso" Renan. O jornalista Leandro Fortes, na reportagem para a CartaCapital, sob o título "Picadeiro das ilusões - O caso Calheiros é mais um em que a imprensa opta pelo espetáculo", comenta: "A rumorosa pulada de cerca do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda carente de provas sobre atos de corrupção, serviu para colocar em plano secundário as notícias sobre a Operação Navalha da Polícia Federal". Não apenas ela. A oposição conseguiu duas CPIs do Apagão Aéreo, uma na Câmara Federal e outra no Senado. Agora ambas também estão em plano secundário!
Segundo Leandro Fortes, "o mundo ideal de Renan Calheiros" começou a se complicar depois que ele conheceu e se encantou pela jornalista Mônica Veloso, apresentadora do DF TV, jornal da TV Globo no Distrito Federal (Brasília). O jornalista revela: "[Mônica] Não marcou época na televisão, mas virou xodó de políticos poderosos. O primeiro deles, também casado, foi Luís Eduardo Magalhães [filho de ACM], ex-presidente da Câmara, falecido em 1998". A Folha noticiou que ela ainda recebe pensão alimentícia do ex-marido, com quem teve filho. Portanto, uma vida movimentada e que teve cobertura da imprensa. O mesmo não aconteceu com o filho de Fernando Henrique Cardoso. Ele manteve uma relação com Miriam Dutra, nascendo Tomás, em 1991. Essa rumorosa pulada de FHC, diferentemente desta de Renan, não mereceu divulgação na mídia. Silêncio comprometedor, como veremos.
A primeira vez que li sobre o assunto foi no livro "A História Real - Trama de uma sucessão", de Gilberto Dimenstein e Josias de Souza, publicado em 1994. Os autores revelaram que Quércia, "tendo sua honra como alvo de ataques", decidiu municiar-se de informações sobre os adversários, entre eles FHC. "Estou cansado de apanhar calado", justificou. Na página 152, temos essa revelação: "Quércia, de fato, dispunha de informações sobre o caso Miriam Dutra, cuja paternidade do filho, Tomás, atribuía-se a Fernando Henrique. A própria Miriam havia confidenciado o segredo de polichinelo às amigas de Brasília. Fernando Henrique negava. E Miriam, discreta, não repetia publicamente o que dissera na intimidade. O alto comando da campanha tucana temia pelo efeito da informação. Não apenas sobre a opinião pública, mas sobre a vida do casal Cardoso.(...) Ruth [Cardoso] ficou deprimida ao saber sobre Miriam Dutra.(,,,) Numa conversa definitiva com Ruth, Fernando Henrique reconheceu que tivera o relacionamento com a jornalista. Mas negou a existência de um filho. Afirmou que, quando a criança nasceu, já estavam separados". Um parênteses. Renan teve a hombridade de reconhecer a filha! Depois dessa revelação em livro, a mídia, estranhamente, nada noticiou. A não ser a revista Caros Amigos, em abril de 2000, que fez uma ampla reportagem com o título: "POR QUE A IMPRENSA ESCONDE O FILHO DE FHC COM A JORNALISTA DA GLOBO?" Sebastião Nery, no artigo "O filho de dois tracinhos", publicado no Diário Popular - hoje Diário de S. Paulo - de 16/4/2000, comenta a repercussão dessa reportagem: "Não há gabinete de Brasília, no Congresso, Judiciário e Executivo [na época FHC era presidente] que não tenha a revista. Seis densas páginas, ótimo texto e a história integralmente contada, inclusive com declarações de Myriam. E o documento devastador: o registro só com o nome da mãe. No lugar do nome do pai, dois tracinhos".
Em Mogi Guaçu, o jornalista André Luís Paes Leme, no artigo "O desafio de ser um país incorruptível" (31/5/2007) também estranhou o silêncio da imprensa sobre essa "rumorosa pulada de cerca" de FHC. No tópico OPERAÇÃO ABAFA, o jornalista observa: "Outro caso famoso envolvendo um político famoso e jornalista igualmente famosa foi o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de Miriam Dutra Schimidt. Em 26 de novembro de 1991, o então senador FHC foi pai de um menino chamado Tomás Dutra Schimidt, fruto de um relacionamento com Miriam, jornalista da poderosa Rede Globo. Estranhamente, a jornalista sumiu de Brasília com o filho. Hoje, pelo que consta, mora em Barcelona (Espanha), em um dos mais caros e sofisticados condomínios da Europa. Porém, ninguém se deu ao trabalho de investigar quem paga a pensão alimentícia de Tomás ou as mordomias de Miriam.(...) Também é estranho o silêncio da imprensa em relação a isso. Será que foi por causa do Proer das Comunicações de 2000 ou da isenção do CPMF aos meios de comunicação em 1994? Seja como for, Lula, Collor, Quércia e Renan tiveram seus relacionamentos pessoais escancarados, mas FHC não". Dois pesos e duas medidas!
A imprensa está certa em noticiar, com destaque, a "rumorosa pulada de cerca" do senador Renan Calheiros. Entretanto, é condenável o silêncio sobre a "rumorosa pulada de cerca" de Fernando Henrique. Os motivos desse estranho silêncio seriam mesmo as medidas de FHC favoráveis aos meios de comunicações, conforme relatou Paes Leme?
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Segundo Leandro Fortes, "o mundo ideal de Renan Calheiros" começou a se complicar depois que ele conheceu e se encantou pela jornalista Mônica Veloso, apresentadora do DF TV, jornal da TV Globo no Distrito Federal (Brasília). O jornalista revela: "[Mônica] Não marcou época na televisão, mas virou xodó de políticos poderosos. O primeiro deles, também casado, foi Luís Eduardo Magalhães [filho de ACM], ex-presidente da Câmara, falecido em 1998". A Folha noticiou que ela ainda recebe pensão alimentícia do ex-marido, com quem teve filho. Portanto, uma vida movimentada e que teve cobertura da imprensa. O mesmo não aconteceu com o filho de Fernando Henrique Cardoso. Ele manteve uma relação com Miriam Dutra, nascendo Tomás, em 1991. Essa rumorosa pulada de FHC, diferentemente desta de Renan, não mereceu divulgação na mídia. Silêncio comprometedor, como veremos.
A primeira vez que li sobre o assunto foi no livro "A História Real - Trama de uma sucessão", de Gilberto Dimenstein e Josias de Souza, publicado em 1994. Os autores revelaram que Quércia, "tendo sua honra como alvo de ataques", decidiu municiar-se de informações sobre os adversários, entre eles FHC. "Estou cansado de apanhar calado", justificou. Na página 152, temos essa revelação: "Quércia, de fato, dispunha de informações sobre o caso Miriam Dutra, cuja paternidade do filho, Tomás, atribuía-se a Fernando Henrique. A própria Miriam havia confidenciado o segredo de polichinelo às amigas de Brasília. Fernando Henrique negava. E Miriam, discreta, não repetia publicamente o que dissera na intimidade. O alto comando da campanha tucana temia pelo efeito da informação. Não apenas sobre a opinião pública, mas sobre a vida do casal Cardoso.(...) Ruth [Cardoso] ficou deprimida ao saber sobre Miriam Dutra.(,,,) Numa conversa definitiva com Ruth, Fernando Henrique reconheceu que tivera o relacionamento com a jornalista. Mas negou a existência de um filho. Afirmou que, quando a criança nasceu, já estavam separados". Um parênteses. Renan teve a hombridade de reconhecer a filha! Depois dessa revelação em livro, a mídia, estranhamente, nada noticiou. A não ser a revista Caros Amigos, em abril de 2000, que fez uma ampla reportagem com o título: "POR QUE A IMPRENSA ESCONDE O FILHO DE FHC COM A JORNALISTA DA GLOBO?" Sebastião Nery, no artigo "O filho de dois tracinhos", publicado no Diário Popular - hoje Diário de S. Paulo - de 16/4/2000, comenta a repercussão dessa reportagem: "Não há gabinete de Brasília, no Congresso, Judiciário e Executivo [na época FHC era presidente] que não tenha a revista. Seis densas páginas, ótimo texto e a história integralmente contada, inclusive com declarações de Myriam. E o documento devastador: o registro só com o nome da mãe. No lugar do nome do pai, dois tracinhos".
Em Mogi Guaçu, o jornalista André Luís Paes Leme, no artigo "O desafio de ser um país incorruptível" (31/5/2007) também estranhou o silêncio da imprensa sobre essa "rumorosa pulada de cerca" de FHC. No tópico OPERAÇÃO ABAFA, o jornalista observa: "Outro caso famoso envolvendo um político famoso e jornalista igualmente famosa foi o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de Miriam Dutra Schimidt. Em 26 de novembro de 1991, o então senador FHC foi pai de um menino chamado Tomás Dutra Schimidt, fruto de um relacionamento com Miriam, jornalista da poderosa Rede Globo. Estranhamente, a jornalista sumiu de Brasília com o filho. Hoje, pelo que consta, mora em Barcelona (Espanha), em um dos mais caros e sofisticados condomínios da Europa. Porém, ninguém se deu ao trabalho de investigar quem paga a pensão alimentícia de Tomás ou as mordomias de Miriam.(...) Também é estranho o silêncio da imprensa em relação a isso. Será que foi por causa do Proer das Comunicações de 2000 ou da isenção do CPMF aos meios de comunicação em 1994? Seja como for, Lula, Collor, Quércia e Renan tiveram seus relacionamentos pessoais escancarados, mas FHC não". Dois pesos e duas medidas!
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Esse FHC ficará na história como um dos elementos mais nocivos para a Sociedade Brasileira. Um abraço. Drauzio Milagres.
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