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sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Guerra de Gaza - A Blitzkrieg



Neste mundo, repleto de fundamentalismos, esta guerra só veio para fortalecer todas as irracionalidades possíveis. Depois dela, ficará difícil pedir que a razão vença a emoção contida nas crenças dos mártires de Maomé. A jihad, no sentido dramático dado a ela, ganhará mais força. Luís Carlos Lopes


Luís Carlos Lopes


A consciência crítica, ainda existente neste mundo de superfícies, hipocrisias e falácias sem fim, está estilhaçada nas mais diversas mídias. A terrível operação militar em Gaza vem demonstrando como é e continuará a ser difícil imaginar um mundo sem guerras, onde tremule a bandeira da paz e do entendimento entre os povos e as culturas do mesmo planeta.

Aproxima-se o fim da primeira década do século XXI e o sangue continua a escorrer pelas fissuras da história, como no passado. Mudam os lugares, aparecem novos focos e motivos. Entretanto, a busca de resolver problemas políticos por meio das armas continua sendo a alternativa usada tanto pelas nações militarmente poderosas, como pelos povos insurgentes contra as iniquidades que os oprimem. Não há, hoje, tal como no passado, como ficar neutro ou imparcial, assistindo impassível as misérias da guerra e da opressão.

Uma palavra, negada pelas mídias mais tradicionais, ouve-se vinda do terror das primeiras décadas do século XX - Blitzkrieg, diziam os germano-nazistas em um passado distante das atuais gerações. Ela seria o ato de fazer um assalto militar com resultados rápidos e devastadores. Para tal, bastaria combinar a artilharia, a infantaria, os carros blindados e a aviação. Invadir, matar, pilhar, derrotar e, se necessário e possível, apropriar-se do território visado. Não dar qualquer chance de defesa ao inimigo, que, já se sabia de antemão, não teria força sequer parecida. Pisar sobre tudo que estiver na frente, não distinguir civis de militares, explodir, metralhar, deixando na passagem colunas de fumaça e montanha de corpos. Não importa que sejam de soldados ou de guerrilheiros, de mulheres, crianças ou de famílias inteiras. Nada é respeitado. Ninguém está a salvo de tal poder de destruição.

As blitzkriegs nazistas assombraram o mundo da época. Não havia mais lei ou limite nos novos modos de fazer a guerra. As barbaridades da Primeira Guerra Mundial ficaram para trás. Tudo era válido para aterrorizar populações inteiras e torná-las dóceis, por medo, obedientes e servis ao inimigo. Curiosamente, salvo honrosas exceções, na grande imprensa falada, televisada e escrita ninguém lembra das origens históricas destas operações funestas e descrevem a guerra de Gaza como se fosse um conflito em dois exércitos nacionais.

Pobre Palestina! Ainda não conseguiu se organizar como país. Nem mesmo tem um território convenientemente demarcado e inviolável. Não possui aviação, marinha, carros de combate e nem um exército. Nos seus portos chegam o que os israelenses permitem. Não pode, oficialmente, comprar armas ou receber ajuda militar de qualquer país. No momento, quem defende esta nação em frangalhos é Gaza, uma das partes ilhadas do território palestino. Seus combatentes são membros insignes de seu povo organizado em armas para defender o que é seu. Quem os ajuda internamente, muitas vezes são crianças com pedras colhidas das ruas, lutando contra as armas automáticas mais modernas que se conhece.

Os foguetinhos russos que o Hamas vem disparando em direção de Israel, os Katyusha, são fogos de artifício se comparados com o fogo que recebem do inimigo. Atingem, na maioria dos casos, ironicamente, as áreas que, antes da ocupação, os ascendentes dos palestinos habitavam. Conseguem fazer buracos no chão ou no telhado e vitimam, aleatoriamente, sem qualquer precisão, algum desavisado que não levou a sério o rugir dos sinais dos radares. Por sinal, estes não existem em Gaza. As imagens dos estragos feitos pelas forças de cada lado, exibidas pela TV, não deixam dúvida.

Os números dos mortos e feridos de cada lado são absurdamente desiguais, mais ainda, proporcionalmente, ao que ocorreu nas tenebrosas incursões alemãs do passado. Os soldados de Israel estão entre os mais preparados do mundo. Têm o melhor material de guerra conhecido e são mobilizados por uma ideologia fanática, fundamentalista, que justifica as atrocidades que cometem em nome da defesa de seu jovem Estado-nação.

Carregam um velho estigma do passado, representado pela baixa reação dos judeus ao Holocausto. Crêem, absurdamente, que os palestinos são os seus algozes de hoje, tal como foram os nazistas no passado. Reescrevem em suas mentes da história mundial e se acreditam, ainda, como um povo eleito e vítima da perseguição que seus antepassados conheceram na chamada Shoah. Pensam que, fazendo o que fazem, estariam defendendo seu presente, seu futuro e resgatando a auto-estima de seu passado. Esquecem que fazem parte da mesma humanidade que pisoteiam sem qualquer clemência. Seus atos, como os do eixo nazifascista, terminarão sendo julgados pela história ou quiçá por verdadeiros tribunais internacionais que defendam os direitos humanos para valer.

Só um louco, fascista e negacionista, pode esquecer-se do Holocausto e da terrível decisão final - eliminação física total dos judeus nos territórios ocupados pelo eixo nazista -, decretado pelo alto-comando alemão.

Qualquer cidadão respeitável não pode fechar os olhos sobre o anti-semitismo e sobre o que foi a Shoah. Não há como não ir às lágrimas ao se ver as imagens existentes dos antigos campos de concentração e ler os testemunhos dos sobreviventes. Só que hoje, apesar de haver ainda fortes resíduos do anti-semitismo, o preconceito voltou-se mais contra os partidários de Maomé. A islamofobia é bem mais forte e significativa do que o velho preconceito contra os judeus.

Não há como sofrer vivamente e se ter o mesmo sentimento que se tinha no passado, quando se tem acesso às imagens da Palestina destroçada e de tantos outros casos espalhados pelo mundo. Ver os registros da prisão/campo de concentração em Guantânamo produz igual reação em consciências sensíveis às dores da humanidade.

Neste mundo, repleto de fundamentalismos, esta guerra só veio para fortalecer todas as irracionalidades possíveis. Depois dela, ficará difícil pedir que a razão vença a emoção contida nas crenças dos mártires de Maomé. A jihad, no sentido dramático dado a ela, ganhará mais força. Serão justificáveis atos que pouco contribuem para a causa Palestina e a defesa do direito dos partidários do Corão ser tão respeitados como os da Bíblia e os da Torah. A violência inaudita desta guerra atual terá frutos muito negativos para a paz no mundo. Ao contrário de resolver problemas e inclusive melhorar a segurança de Israel, ela jogará mais lenha na fogueira.

Os defensores das guerras, normalmente, dizem que querem alcançar a paz. Listam alguns inimigos e chegam a afirmar, como agora fizeram alguns dirigentes ocidentais, que o culpado é o Hamas. A solução, portanto, seria eliminar os guerrilheiros desta facção palestina. Entretanto, não foi o Hamas quem invadiu o território alheio e jamais este pequeno grupo, como se está assistindo, foi capaz de ameaçar a real segurança de Israel. Eles são frágeis. Cheios de coragem e de determinação, mas não possuindo meios efetivos de barrar a ofensiva inimiga. Nesta direção, o Hezbollah, no Líbano, é bem mais poderoso. Talvez, por isso, os israelenses abandonaram o front libanês e invadiram Gaza.

Do pouco que se sabe sobre o Hamas, é correto dizer que se trata de um partido político que não é populista e corrupto como outras organizações que o precederam. Seus membros são recrutados entre os jovens palestinos da nova geração. Muitos do que estão morrendo no atual conflito são médicos, professores, engenheiros, cientistas, artistas etc que, na maioria dos casos, se formaram no Ocidente e voltaram para sua terra natal. Eles são os que levam a sério o destino de seu povo e de seu país em frangalhos. Não se trata de um grupo de lunáticos seguidores de um príncipe como os que cercam Bin Laden. Tudo leva a crer que são bem radicais e tocados pelo fundamentalismo islâmico contemporâneo. Não é difícil entender que tal ocorra em uma situação tão dramática. É pedir demais que sejam absolutamente racionais, lutando contra um mundo que os oprime de modo radical.

Há quem diga que esta guerra tem objetivos mais longínquos, na verdade quer-se atingir a Casa Branca, sem disparar um tiro no território do padrinho do Norte. Ela levaria o novo governo eleito a se definir frente os problemas do Oriente Médio, apoiando incondicionalmente Israel, como Bush o fez. O conflito mexeu com o mundo, obrigando que inúmeros países se pronunciar. Todavia, ainda não é possível saber qual será a verdadeira posição a ser assumida por Obama. Certamente, não será a mesma adotada por seu antecessor. O que se espera é que o novo governo dos EUA use a inteligência, não aprofunde o ódio e tome medidas efetivas para a paz mundial. Não há qualquer certeza que a atual trégua tenha vindo para ficar. Tudo dependerá de como a situação política internacional e local irá evoluir. Neste sentido, Obama no poder terá um papel crucial nos passos que serão dados na direção da paz ou da continuação do massacre.


quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre Conflito Entre Árabes e Judeus no Oriente Médio







Sempre me impressionaram relatos como o do fanático judeu que entrou numa mesquita e metralhou mais de uma dezena de fiéis em plena oração. Ou o esfaqueamento de judeus num ponto de ônibus por um árabe enraivecido. São claros sinais de um ódio já instalado dentro do coração de cada um. O fanatismo religioso é a principal usina do ódio entre as comunidades.Bernardo Kucinski.



Bernardo Kucinski


Sob todos os ângulos, o moral, o político e o histórico, o conflito palestino é complexo. Para mim, que vivi em Israel e lá tenho amigos e família, é também repleto de cargas emocionais e simbólicas. Relutei em escrever este artigo. Ocorre que mesmo antes do ataque já estava querendo escrever sobre o conflito. Com esse objetivo fui em novembro aos territórios palestinos da Cisjordânia, sob ocupação parcial de Israel, para ver com meus olhos e descrever a saga dos palestinos que precisam passar por postos militares de controle todos os dias ao transitar entre suas próprias vilas, campos e cidades.

O ataque a Gaza atropelou meus planos. As fotos de crianças mortas nos ataques a Gaza e algumas abordagens simplistas de colunistas de Carta Maior, em especial a de Boaventura Santos, sugerindo que o Estado de Israel resultou tão somente de uma trama colonialista que usurpou terras dos árabes, também me convenceram de que era preciso escrever. Abrir novas janelas de percepção. Problematizar, mesmo sem deixar de tomar, como sempre, o partido dos mais fracos.

A solução que encontrei foi adotar o ângulo mais geral da violência em si, em especial buscar os origens do ódio pessoal crescente entre indivíduos árabes e indivíduos judeus, além do ódio coletivo também em alta entre as duas comunidades. Sempre me impressionaram relatos como o do fanático judeu que entrou numa mesquita e metralhou mais de uma dezena de fiéis em plena oração. Ou o esfaqueamento de judeus num ponto de ônibus por um árabe enraivecido. São claros sinais de um ódio já instalado dentro do coração de cada um.

Mesmo antes do ataque a Gaza houve uma nova escalada nessa espiral de ódio. Em Jerusalém, há poucos meses, um operário árabe de uma construção subiu num trator e num gesto de fúria jogou a máquina contra carros de passeio, matando e ferindo. Dias depois, outro operário árabe fez o mesmo. No Cisjordânia, judeus de assentamentos atacaram agricultores árabes e cortaram suas oliveiras. Em Naharia, cidade aprazível à beira-mar, onde caíram foguetes disparados do Líbano após o ataque a Gaza, houve há três meses confrontos abertos de rua entre moradores árabes e judeus.

"A próxima etapa será uma terceira intifada (1), desta vez dos moradores árabes de Israel", prognosticava em tom fatalista, poucas semanas antes do ataque a Gaza, meu amigo Levy, um carioca que hoje mora num subúrbio de Tel Aviv.

O ataque a Gaza com a morte de tantas crianças, idosos e mulheres não combatentes – quase 40% do total de mortes - não só vai realimentar essa espiral de ódio recíproco, como pode ter tido o ódio como um dos seus motivos. É a tese de Gideon Levy, importante jornalista israelense, que critica sistematicamente as autoridades no jornal Haaretz. Indignado com o apoio da maioria da população israelense ao ataque, mesmo depois de testemunhar os seus horrores, ele diz que "racismo e ódio habitam os porões de suas mentes, assim como o impulso por vingança e a sede de sangue."

Quando e como nasceu esse ódio recíproco? A pergunta é relevante porque foi entre os povos árabes que os judeus gozaram de liberdade religiosa e acesso irrestrito ao saber, às artes e à medicina. O período de ouro da diáspora judaica se dá nos domínios do império árabe e sua desgraça começa exatamente com a queda de Granada para os cristãos em 1492 e a expulsão dos judeus de Espanha e Portugal. Surge a Inquisição que queimava judeus na fogueira, depois os pogroms que os abatia em suas aldeias e finalmente o Holocausto.

Nada comparável a essas tragédias, mesmo remotamente, aconteceu nos países árabes. Onde, como e quando nasceu esse ódio na Palestina? É a pergunta que persegue o grande escritor israelense e defensor da paz Amos Oz em seu principal livro, o autobiográfico "Do amor e trevas" (2). Ele era um menino em Jerusalém quando se deu uma brutal escalada no conflito e é com os olhos de uma criança que ele vai rememorando fatos e cenários. Lembra seu pai dizendo que cinquenta anos antes, no começo do século XX, coexistiam em harmonia em Jerusalém quatro grandes etnias, judeus, árabes cristãos, árabes muçulmanos e armênios. Além de se misturarem nas ruas, tinham seus bairros próprios, os "quarteirões." Jerusalém já era a maior cidade da Palestina, então uma província do Império Otomano, com 60 mil habitantes. Talvez Boaventura Santos não saiba que já nesses tempos a maior etnia eram os judeus, cerca de 35 mil.

Em 1922 e 23, depois da derrota da Turquia na grande guerra e em meio ao processo de outorga da controle da região à Grã Bretanha, eclodiram os primeiros levantes principalmente em Jaffa e Jerusalém. Incomodava os árabes a crescente presença de judeus disputando empregos e comprando suas terras, afrontando seus costumes. Mas o que realmente os movia já nesses anos 20 era um novo movimento nacionalista árabe que nasceu em Damasco. As manifestações, em geral de pequeno porte, degeneram em arruaças e algumas mortes. Não falavam em jogar os judeus no mar.

Alguns anos depois, em 1928, foi fundado no Cairo a Irmandade Muçulmana, sociedade secreta que pregava um modelo de Estado fundamentalista muçulmano, unindo Estado e religião, política e moral, mais ou menos como o instalado por Ghadafi na Líbia, meio século depois. Já os potentados árabes da região, sheiks, chefes de clãs e o rei do Iraque, cobravam dos ingleses a independência e a instauração de um califato árabe no Oriente Médio, como lhes havia sido prometido se eles se levantassem contra os turcos (3).

Nos anos 30, os conflitos recrudesceram na Palestina, já então dirigidos pelo maior autoridade religiosa árabe local, o mufti de Jerusalém, Haj Amin al Husaini, - que aderiu à causa nazista (4). Nascia a vertente xenófoba do nacionalismo árabe. O ódio ao diferente. Hoje a xenofobia árabe está no fanatismo religioso do Hamas e do Hezbola. Entre os judeus demorou mais, porque no início os religiosos eram contra ter um Estado Judeu. Alguns ainda são até hoje. Mas são judeus fundamentalistas do Brooklin que povoam, com ajuda financeira dos governos de Israel e dos Estados Unidos, os assentamentos na Cisjordânia. Agridem árabes, formam milícias, criam caso em torno de cada pedra do Hebron, que proclamam sagrada, porque ali sentou algum profeta numa de suas andanças; cortam oliveiras e pregam a expansão das terras de Israel até onde der. O fanatismo religioso é sem dúvida, a principal usina do ódio entre as comunidades.

Já os judeus de sua infância em Jerusalém, lembra Amos Oz, pareciam personagens de um romance de Tolstoi: intelectuais extravagantes, sonhadores barbudos, utópicos, poetas pacifistas e vegetarianos. Alguns pareciam o próprio Tolstoi. A maioria viera da Rússia, como seu tio Joseph Klausner, que estudou em Heidelberg porque judeus não podiam entrar nas universidades russas e falava sete línguas. Klausner dedicou quase toda sua vida à elaboração da sua tese assombrosa tanto para judeus quanto para cristãos de que Jesus de Nazaré foi um moralista judaico por excelência, nunca deixou de ser judeu e nem fundou religião alguma.

Em 1929 houve novos distúrbios de rua. O bairro Talpiot em que moravam Klausner e o escritor Agnon, lembra Amos Oz, foi atacado por árabes e a biblioteca dos dois parcialmente queimada. Um comissão de inquérito do governo britânico recomendou então que fosse colocado um limite à imigração de judeus. Nessa altura os ingleses já haviam se afastado da declaração Balfour de 1917, que expressava a simpatia do governo britânico pelo estabelecimento de um "lar nacional dos judeus". Havia então um milhão de árabes na Palestina e quase 400 mil judeus. Em 1937 uma nova missão britânica (5) colocou-se contra a criação de um Estado de caráter judeu, endossando a posição das lideranças árabes. Os governos árabes não admitiam que uma parte do território fosse alocada a um estado de caráter judeu.

Amos Oz nasceu em 39, ano em que os nazistas atacaram a Polônia dando início à Segunda Guerra Mundial e ao assassinato em massa de judeus. Aviões italianos jogaram bombas em Haifa e Jerusalém. Os tanques de Rommel chegaram quase às portas do Cairo. Antes do final da guerra a mãe de Amos já sabia que toda sua família, suas amigas e seus professores haviam sido mortos por alemães e poloneses nas florestas de Rovno. A maioria dos 60 mil habitantes de Rovno eram judeus e ali, já em 1919, tinham sido criadas escolas voltadas ao ensino em hebraico.

Em 1947, quando a ONU mandou uma comissão para estudar uma eventual partilha da Palestina em dois Estados um árabe e um judeu, Jerusalém já tinha cem mil habitantes judeus, e mais 65 mil árabes e outras etnias. Em todo o país a população judaica crescera muito, apesar dos ingleses terem imposto desde 1939, uma quota que limitava a entrada de judeus a apenas 15 mil por ano (6). A maioria era de fugitivos do nazismo. Surgiu a imigração ilegal e os campos de concentração em Chipre onde os infelizes que caíam nas mãos dos soldados ingleses eram internados.

Aconteceu então o ataque da organização terrorista judaica de extrema direita Irgun à aldeia árabe, Deir Yassin, nas proximidades de Jerusalém, no dia 4 de abril. Era dia de feira. Mais de 110 árabes foram mortos. Uma chacina sem explicação e sem precedentes. O Irgun se especializara em atacar os ingleses , principal objeto do ódio judeu na época. Era chefiado por Menachen Begin, rotulado de terrorista pelos ingleses e de fascista pelos sionistas de esquerda. O extremismo judaico de direita, laico, foi também um dos fomentadores do ódio.

Begin era um dos ídolos do pai de Amos Oz. É o mesmo Begin que 40 anos depois, como primeiro ministro, assinou o tratado de paz com o Egito (7).

Quatro dias depois da chacina de Deir Yassin, veio a retaliação: um comboio que levava professores para a Universidade de Jerusalém, situada no Monte Scopus e isolada do bairro judeu, foi emboscado por árabes e todos os seus 77 passageiros mortos, sob o olhar indiferente e cúmplice da polícia britânica. Entre os mortos, o diretor do hospital Hadassa e chefes de departamento da universidade .

Nessa emboscada aparece claramente o outro gene do ódio entre comunidades, a tática britânica de "dividir para governar." Em quase todas colônias do Império Britânico, ficou a herança do ódio entre comunidade, na Índia, na Guyana inglesa, na Palestina. O pai de Amoz Oz, era bibliotecário da universidade e só não foi morto porque naquele dia teve uma febre e não se juntou ao comboio. No dia seguinte, um novo massacre de 50 prisioneiros judeus que já tinham se rendido depois de derrotados numa batalha pela abertura do cerco de Jerusalém, em Gush Etzion. Esses três massacres num espaço de apenas cinco dias, explicáveis apenas pelo ódio, estabeleceram o padrão das relações entre as duas comunidades pelos tempos a fora.

No ano seguinte, a assembléia da ONU aprovou por 33 votos contra 13 a proposta da comissão de dividir a Palestina em dois estados. Por que não um estado bi-nacional ou multiétnico, como é o Canadá e mesmo o Líbano, logo ali na fronteira Norte? Porque nem as correntes majoritárias do sionismo e nem as lideranças árabes aceitavam essa solução. Entre as dez abstenções estava a Grã Bretanha. União Soviética e Estados Unidos votaram a favor. Brasil também.

Surgiu, então, o mais importante fator da violência na região do ponto de vista objetivo: o choque entre dois projetos para um mesmo e pequeno espaço geográfico. Os judeus logo proclamaram o estado de Israel. Embora céticos quanto à votação da ONU, haviam se preparado para isso há muito tempo. Os governantes árabes da região não aceitaram a partilha e declararam guerra. Exércitos árabes dos quatro paises vizinhos e mais o Iraque invadiram a Palestina. O resultado sabemos: os judeus perderam parte de Jerusalém (que reconquistariam depois na guerra de 67), e os árabes perderam na maioria dos outras frentes, incluindo grandes cidades de população mista: Jaffo, Tiberíades, Sfad.

Israel passou a controlar um território muito maior do que o originalmente definido pela ONU e não permitiu o retorno dos quase 700 mil palestinos que tinham fugido de suas casas no calor da luta. Expulsos pelos judeus, diz a historiografia oficial palestina, conclamados a fugir pelas próprios governantes árabes que lhes prometia o retorno triunfal, diz a historiografia oficial judaica. As duas situações aconteceram. Por isso um numero proporcionalmente tão grande de refugiados.

Surgiram os primeiros campos de refugiados palestinos na Jordânia, Líbano e faixa de Gaza. As terras originalmente alocadas a um futuro estado palestino, pelo plano de partilha da ONU, ficaram separadas em duas partes, isoladas uma da outra, a Cisjordânia e a faixa de Gaza.

Em 1951, um árabe assassinou o mais moderado dos governantes árabes da época, o rei Abdullah da Jordânia, para impedir que ele assinasse um acordo definitivo de paz com Israel, com o qual estava negociando. Quase meio século depois, em 1995, um judeu assassinou o primeiro ministro Itzchak Rabin para impedir que ele assinasse um acordo definitivo de paz com a OLP, com qual estava negociando. Esses dois crimes de uma simetria absoluta, mostram como o ódio contra o outro se introjeta em cada comunidade, criando a intolerância política e ódio contra o seu igual.

Nesses 45 anos houve três guerras relativamente convencionais entre Israel e os países árabes, em 1956, em 1967 e em 1973 nas quais as leis de guerra foram em geral respeitadas, mas a de 1967 provocou a fuga de mais palestinos que também não puderam mais voltar. Hoje, os refugiados palestinos e seus filhos e netos já são 4,1 milhões, pela contagem da ONU, em cerca de 60 campos nos países vizinhos que, exceto a Jordânia, se recusam a lhes dar cidadania plena. É um escândalo, uma anomalia, algo incompreensível e desumano, que mais de meio século depois ainda existam esses campos de refugiados, vivendo de ajuda "humanitária".

A recusa do Estado de Israel em recebê-los de volta, embora admitindo dar compensações e permitir a reunião de famílias, tem sido, ao lado do estatuto de Jerusalém, um dos grandes problemas em todas as tentativas de negociar a paz. Esses campos obviamente são terreno fértil para o ódio. Dele saem os comandos suicidas.

Entre os judeus foi se aprofundando a síndrome de Metzada, como é chamada a sensação de que estão cercados e serão um dia destruídos. E a convicção de que na hora agá ninguém os ajudará senão eles mesmos – o mote dos "biluim", os primeiros imigrantes da era moderna, que saíram da região de Karkov para a Palestina depois dos pogroms de 1881. Daí nasceu a tática dos ataques preventivos e a desproporcionalidade e brutalidade dos revides, adotadas nas guerras do Líbano e agora no ataque a Gaza, áreas de povoamento denso, nas quais seriam inevitáveis as mortes de dezenas de civis. "Nossos corações se endureceram e nossos olhos se turvaram", diz Gideon Levy, frase que hoje corre o mundo.

Entre os árabes foi se dando um racha, de início leve, hoje profundo, entre os que acabaram por admitir a existência do estado judeu, assinando tratados de paz (Egito e Jordânia), ou negociando a assinatura (OLP e Síria) e os que mantém a tese – defendida em Carta Maior por Boaventura Santos de que o estado judeu é uma usurpação de seus direitos, e propugnam a sua extinção: Hezbolla, no Líbano e Hamas, na faixa de Gaza sendo os grupos principais, com o governo do Irã apoiando.

Em 2000, Arafat rejeitou no último minuto uma ampla proposta de paz de Ehud Barack que talvez pudesse ter desmontado a espiral do ódio. Ehud Barack, esse mesmo que hoje comanda o pesado ataque a Gaza foi ao extremo de oferecer a devolução praticamente completa das terras ocupadas em 67, e dividir a autoridade sobre Jerusalém entre as duas comunidades. Aquele foi um momento raro, como esse instante fugaz em que as mãos de dois trapezistas se encontram no espaço.

É possível que se Arafat aceitasse, Barack teria problemas em aprovar o acordo na Knesset. Poderia até ser derrubado. O ódio poderia prevalecer sobre a razão. Mas quem recuou foi Arafat, e pelo mesmo motivo. Ele já sabia que havia uma segunda intifada em fermentação e temia uma revolta das bases contra o acordo liderada pelos grupos mais radicais. Temia jogar fora seu patrimônio acumulado de herói da resistência e passar a ser estigmatizado como traidor do povo palestino – xingamento hoje proferido pelo Hammas contra o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Muhamad Abbas.

O fracasso de Camp David reforçou a estratégia israelense de procrastinação, negociações de paz que nunca levam a nada, da qual se aproveitam para expandir a presença de novas colônias na Cisjordânia. Na faixa de Gaza isso também foi tentado, mas a idéia da absorção de mais 1,5 milhões de árabes para expandir o território em escala ínfima fez com que o governo decidisse pelo oposto: retirada os colonos judeus, e o fez à força.

Na Cisjordânia, o quadro é desolador. Foi onde estive com a ONG israelense de defesa dos direitos humanos, chamada Machsom Watch, criada em 2001 exclusivamente por mulheres para denunciar a violação de direitos humanos nos checking- points. Além do estabelecimento de colônias judaicas de modo ilegal, há fronteiras e postos militares de controle entre três tipos de administração provisória, retalhando o território palestino. Há regiões administradas pela Autoridade Nacional Palestina, há outras controladas por Israel e os de administração compartilhada.

"Desse jeito não há como ter um Estado palestino, são bolsões como os que havia na África do Sul", diz indignada minha guia, a israelense Racheli Bar Or, uma psicoterapeuta de Tel Aviv, militante do Machsom Watch. Em algumas estradas, como a rodovia número 5 que tomamos e vai até o grande assentamento judaico Ariel, só podem circular veículos de chapa israelense; em outras podem circular também carros oficiais da Autoridade Palestina, mas os particulares não. Há ainda restrições de horários e outras, que mudam constantemente.

Meu amigo Dov, um paulista que hoje também mora perto de Tel Aviv e quis nos acompanhar, servindo de fotógrafo, diz que as estradas exclusivas surgiram porque carros israelenses vinham sendo apedrejados, especialmente à noite.

No checking point Huwwara, que ficamos observando boa parte do dia, o maior abuso testemunhado foi a detenção por quase duas horas de um veterinário que inadvertidamente havia tomado uma estrada num horário em que não podia. Nesses casos, os soldados telefonam para uma central de comando, pedindo instruções.

"Esse controles foram instalados para impedir a entrada de homens-bomba e explosivos", explica Dov, apontando para uma instalação especial ao lado, na qual todos os pacotes e bolsas maiores dos árabes passam pelo raio xis. Mas Racheli diz que isso hoje é só pretexto. "A maioria dos controles ficam entre aldeias e cidades árabes e não entre o território palestino e o de Israel".

Hoje, o que era para ser temporário, parece definitivo. Instalações foram melhoradas, até para humanizar o controle. Em alguns checking points há banheiros. O que se vê é um sistema amplo, permanente e complexo de ocupação que vive por si mesmo. "Já fazem 41 anos", diz a minha guia Racheli, lembrando que a ocupação da Cisjordânia se deu na guerra de 1967. Muitos daqueles jovens estudantes árabes e até os mais adultos nunca viram outro cenário senão o da ocupação. Eu pergunto a Racheli se não existe um projeto não escrito de ocupação definitiva. Uma espécie de "secret agenda." Ela diz que sim , que é isso mesmo. "Falam uma coisa e fazem outra".

Nesse posto de controle, quase uma centena de lotações estacionam de cada lado, para trazer e levar de volta as pessoas às suas vilas e aldeias, ou levar a Nablus e trazer de volta. Às vezes aparece um ônibus inteiro. A maioria são jovens, que vão a Nablus estudar, mas há gente de todo tipo, senhoras carregando grandes sacolas, mães que levaram seus filhos a hospitais. Nablus tem 160 mil habitantes e 18 mil estudantes, grande parte deles, de cidades menores e vilas próximas.

Não vimos nada de dramático naquele dia em Huwwara. Mas num outro checking-point que visitamos no começo da noite, houve alguns incidentes entre soldados e habitantes todos muito nervosos. Racheli anotava furiosamente, para fazer o relatório do dia. Soldados se aproximaram e nos fotografaram. Lembrei-me na hora das nossas passeatas fotografadas pela repressão nos tempos da ditadura militar.

Em muitos checking-points foi criada uma passagem especial – depois das reclamações da Machsom Watch - , chamada "humanitária", por onde atravessam mulheres e idosos sem muita apurrinhação. Mas nada disso consegue anular a humilhação de ter que passar por um controle policial-militar, mostrar documentos e abrir bolsas todos os dias em suas próprias terras centenárias. Essa humilhação só pode alimentar ainda mais o ódio. Entre os soldadinhos israelenses – e são soldadinhos mesmos, jovens de não mais que 18 ou 19 anos – a desmoralização, por se verem convertidos em agentes da repressão e da ocupação.

O que mais me impressionou nessa vigília nos postos de controle, foi a soberba das jovens árabes. Lindas, fazendo questão de se vestir com elegância, com o corpo todo coberto exceto o rosto, realçado pelos belos lenços de seda, elas passam pelos controles silenciosas mas com seus olhos negros erguidos, como quem diz, "nós somos bonitas e educadas e vocês o que são?"

No caminho de volta, já noite escura, meu amigo Dov resumiu suas impressões. Disse que é tudo muito desagradável mas não acredita que exista um projeto não escrito de ocupação definitiva.

"No começo havia absurdos, uma mulher grávida que precisou mostrar a barriga, um cara que levava um violino teve que tocar uma música. O Machsom Watch fotografou tudo isso". E ai ele disse uma coisa que enfureceu a Racheli: "Vocês humanizaram a ocupação".

"Nossa função não é humanizar a ocupação, é acabar com a ocupação". Ela berrava. Exalava revolta e desgosto profundo, como se fosse nojo, pela política em relação aos árabes. Certamente Racheli estava no comício em Tel Aviv em que uma minoria não silenciosa protestou contra o ataque a Gaza e exigiu o fim imediato da guerra.


Notas:

(1) Referência às duas revoltas de jovens e adolescentes palestinos contra tropas de ocupação de Israel, a primeira em 1987 e a segunda em 2000.

(2) Cia. das Letras, 2005.

(3) Acordo com sheik de Meca, Hasain Ibn Ali, foi feito em 1915. A promessa foi reiterado após a derrota da Turquia, nas conversações de paz de 1921 ao seu filho Feisal, já então rei do Iraque. Nenhum deles sabia que os ingleses e franceses tinham assinado um acordo secreto (acordo Sykes-Picot de 1915-16), dividindo a região entre si em duas áreas de influência.

(4) O registro taquigráfico do encontro entre Haj Amin e Hitler em Berlim, em novembro de 1941, está no livro The Arab- Israel Reader, (Laqueur, W. e Rubin, B. editores), Londres, Penguin, Books, 1995 ( 5ª edição), pg. 68.

(5) Peel Comission. Desse relatório nasceu o famoso Livro Branco do governo Britânico de 1939, contra a idéia da divisão da Palestina em um estado judeu e outro árabe. O Livro Branco que enfureceu os judeus, limitava a imigração de judeus a 15 mil por ano, cessando-a por completo depois de cinco anos, exceto se os árabes aceitassem. A região deveria se tornar um Estado árabe. Ficava também proibida a compra de terras por judeus.Todos os judeus que haviam imigrado desde 1918, teriam seus vistos revistos.

(6) White Paper, de 17 de maio de 1939.

(7) Décadas depois ele se tornou primeiro ministro e assinou o primeiro acordo de paz, com o Egito.








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quarta-feira, 4 de março de 2009

Carta aos Judeus



Carta aos judeus
Frei Betto - Maurício Abdalla - Carta O Berro - 13/01/2009

http://serverlinux.revistaoberro.com.br/pipermail/cartaoberro/2009-January/000239.html



Há mais de 60 anos seu povo clamou ao mundo por solidariedade. Chegou o momento de retribuir, de mostrar que a solidariedade é um sentimento universal.



"Por mais que o governo de Israel e todos os que o apóiam tentem, não irei odiar a vocês, irmãos judeus. Ainda que as tropas israelenses matem centenas de crianças e pessoas inocentes, não irei desejar a morte de suas crianças nem jogar a culpa na totalidade de seu povo.

Mesmo que manchem a Faixa de Gaza com o sangue de um povo, que também corre em minhas veias, metade árabe, não irei revoltar-me contra nenhuma etnia nem julgar que há raças melhores ou com mais direitos que outras, como quer nos fazer acreditar o governo israelense.

Embora eu também queira ouvir as vozes judaicas de protesto contra o
massacre dos palestinos, não deixarei de condenar os que se calaram diante do holocausto judeu. E mesmo que tomem à força a terra do povo árabe, não irei jamais apoiar o confisco dos bens do povo judaico, praticado há tempos pelo governo nazista.

Por mais que o governo de Israel e todos que o apóiam traiam a tradição
hebraica dos grandes profetas que clamaram por justiça e paz, ainda quero manter viva a esperança que eles anunciaram. Mesmo que joguem sua memória na lata de lixo, faço dos profetas do antigo Israel os meus profetas, pois o anúncio da justiça não distingue credos, nações ou etnias.

Sei que muitos de vocês condenam a violência, não apóiam o massacre dos
árabes palestinos, e gostariam que o governo de Israel respeitasse as decisões da ONU e o clamor da comunidade internacional pelo cessar-fogo imediato. Mas, gritem! Se sua voz não for ouvida, acreditar-se-ão com razão aqueles que ainda falam mal de seu povo.

Mesmo que sejam deploráveis todos os anti-semitas, o silêncio dos judeus
diante do massacre perpetrado pelo país que ostenta a estrela de Davi na bandeira pode ser usado como reforço para os argumentos torpes da superioridade racial.

Há mais de 60 anos seu povo clamou ao mundo por solidariedade. Chegou o
momento de retribuir, de mostrar que a solidariedade é um sentimento universal e não restrito a uma etnia. Não deixem o governo de Israel fazer esquecer o quanto vocês sofreram como vítimas, só porque agora ele é algoz e está protegido pela maior potência mundial, os EUA.

Não permitam que a ação de Israel faça parecer que, apesar das
manifestações mundiais de condenação, seu Estado se acredita o único que possui razão, pois era assim que o governo alemão pensava no tempo do nazismo.

Estejam certos de uma coisa: independentemente do resultado da absurda
campanha israelense ou qualquer que seja a posição de seu povo diante da violência e injustiça cometida por aquele país, não irei ceder à tentação do pensamento racista; não irei apagar da minha memória a catástrofe do nazismo e o sofrimento do povo judeu; não irei pensar que há povos que não merecem nação e que devem ser eliminados; não deixarei de condenar o anti-semitismo ou qualquer tipo de preconceito étnico.

Continuarei defendendo a idéia de que todos, sem distinção, somos iguais, e
temos os mesmos direitos: judeus, negros, árabes, índios, asiáticos etc. Manter-me-ei firme em minhas convicções, pois jamais quero me igualar aos governantes de Israel e àqueles que o apóiam".



Faço minhas as palavras de meu querido amigo Maurício Abdalla, companheiro
no Movimento Fé e Política, professor de filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo e autor de reconhecida qualidade, como o comprova o texto acima, que tão bem traduz a indignação e a dor de tantos que testemunhamos a guerra do Oriente Médio.

Vários intelectuais judeus têm manifestado indignação frente às operações do Estado de Israel. Tom Segev, historiador e cientista político, escreveu no "Haaretz" que "Israel sempre acreditou que causar sofrimento a civis Palestinos os faria rebelarem-se contra seus líderes nacionais, o que se mostrou errado várias vezes". O escritor Amos Oz sublinhou: "chegou o tempo de buscar um cessar-fogo" , com o que concorda o escritor David Grossman e o ex-chanceler israelense Shlomo Ben-Ami.




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Frei Betto






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domingo, 1 de março de 2009

Quem São os Terroristas em Gaza?



Quem São os Terroristas em Gaza?
Altamiro Borges - Vermelho On-line - 12/01/2009
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=49405


"A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza é terrorismo de Estado. Quando há um atentado contra Israel, é um ato terrorista. Mas quando uma ação do exercito israelense provoca a morte de civis palestinos, é uma 'reação de defesa'? Isso é terrorismo de Estado, me desculpem". Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Lula. Por Altamiro Borges.


Altamiro Borges



A incisiva declaração de um dos principais assessores do governo brasileiro gerou forte gritaria de parte da comunidade israelense no Brasil. Até o ministro de "assuntos sociais" de Israel, Isaac Herzog, retrucou em tom presunçoso: "As pessoas deveriam ler mais para conhecer a história". Colunistas da mídia, que não negam seus préstimos, também esbravejaram. O jornalista Carlos Brickmann tentou desqualificar o assessor especial do presidente e propôs que ele fosse "enviado para a França, onde estão os trotskistas que, há 40 anos, influenciaram a sua cabeça stalinista".
A corajosa declaração incomodou tanto porque Marco Aurélio Garcia colocou o dedo na ferida, desmascarando uma das principais peças de propaganda dos sionistas e da sua mídia servil. Na prática, boa parte da imprensa mundial e nativa tenta fixar a imagem de que os palestinos sãos os terroristas. Israel seria apenas vítima indefesa de atentados e agressões. Na "guerra" em curso, a mídia inclusive difundiu a mentira de que Israel foi atacado primeiro em dezembro passado e de que o Hamas rompeu o cessar-fogo ao lançar foguetes contra cidades fronteiriças. Puro engodo!



"Mãos sujas de sangue"
O jornalista inglês Robert Fisk, um dos maiores especialistas em Oriente Médio, já comprovou que foi Israel quem rompeu primeiro o tênue acordo de paz. Além de promover um cerco brutal aos 1,5 milhão de palestinos que superlotam a Gaza, vetando a entrada de alimentos e remédios para isolar o Hamas, que democraticamente venceu as eleições no território em janeiro de 2006, o exercito sionista ainda assassinou militantes deste movimento. "O cessar-fogo foi rompido por Israel, primeiro em 4 de novembro, quando bombardeou e matou seis palestinos em Gaza; e depois, em 17 de novembro, quando outra vez bombardeou e matou mais quatro palestinos".
Para o veterano correspondente de guerra, que já presenciou várias outras atrocidades de Israel, a cumplicidade de governos e da mídia com essas mentiras é vergonhosa. Referindo à matança de crianças e civis inocentes, ele desabafa. "O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e tantos editores e jornalistas tenham acreditado nas mesmas velhas mentiras... Todos os presidentes e primeiros-ministros que repetiram a mesma mentira, como pretexto para não impor o cessar-fogo, têm as mãos sujas de sangue da carnificina".



Operação "chumbo fundido"
Um estudo acalentado do intelectual Michel Chossudovsky demonstra que essa ação terrorista de Israel já estava planejada há tempos. Os foguetes artesanais do Hamas, que nos últimos sete anos causaram 17 mortes - enquanto a alta tecnologia militar israelense-ianque produziu milhares de mortes -, serviram apenas como pretexto. "Os bombardeios aéreos e a presente invasão de Gaza pela forças terrestres israelenses têm que ser analisados num contexto histórico. A operação 'Chumbo Fundido' (Cast Lead) é uma missão cuidadosamente planejada que, por sua vez, faz parte da estratégia militar e do serviço secreto formulada pela primeira vez em 2001".
Segundo revelou o jornal israelense Haaretz, "fontes do establishment disseram que o ministro da Defesa, Ehud Barak, deu instruções às forças militares israelenses para se prepararem para a operação há mais de seis meses, na altura em que Israel negociava o acordo de cessar-fogo com Hamas". Em 8 de dezembro passado, num mau agouro, o vice-secretário de Estado dos EUA, o carniceiro John Negroponte - o que mesmo que organizou os esquadrões da morte na América Central - reuniu-se em Tel Aviv com Meir Dagan, diretor do serviço secreto sionista (Mossad). O genocídio, que até agora gerou quase mil mortes - entre elas, mais de 250 crianças -, já estava em acelerado curso e nada teve a ver com os ataques imprecisos do Hamas.



"Desastre humanitário planejado"
Na opinião de Chossudovsky, a "operação chumbo fundido" não tem como meta maior atingir os alvos militares do Hamas. "Ela pretende, deliberadamente, provocar baixas civis. Trata-se de um 'desastre humanitário planejado' em Gaza. O objetivo de longo prazo, conforme formulado pelos militares israelenses, é a expulsão dos palestinos de suas terras". Visaria "aterrorizar a população civil, garantido a máxima destruição de propriedades e de recursos culturais... A vida diária dos palestinos deveria se tornar insuportável. Eles seriam cercados nas cidades e aldeias, impedidos de exercer a sua atividade econômica normal, afastados dos locais de trabalho, das escolas e dos hospitais. Isso encorajaria a emigração e enfraqueceria a resistência a futuras expulsões".
A operação também é conhecida como "plano Dagan", numa referência ao nome do atual chefe da Mossad. General da reserva, Dagan elaborou o plano expansionista durante a campanha que elegeu o direitista Ariel Sharon como primeiro-ministro, em fevereiro de 2001. Ele já previa que a ação "provocará a morte de centenas de israelenses e de milhares de palestinos", propunha o desmembramento de Gaza e o estímulo à divisão entre as forças palestinas - entre o Fatah e o Hamas. Nomeado diretor do Mossad por Sharon, em agosto de 2002, Dagan foi reconduzido ao cargo por Ehud Olmert e ficou com as mãos livres para desencadear o atual genocídio.



As primeiras bombas sionistas
Segundo Chossudovsky, ainda fazia parte do plano "chumbo fundido" a construção do Muro do Apartheid e o assassinato do líder palestino Yasser Arafat, morto em novembro de 2004. Quando primeiro-ministro, Ehud Barak, que hoje concorre novamente ao cargo, declarou à imprensa que "Arafat é uma séria ameaça à segurança e o prejuízo que pode resultar do seu desaparecimento é menor do que o prejuízo causado por sua existência". Com a vitória eleitoral do Hamas em Gaza, a fase final do plano foi acionada e previa: "invasão do território com cerca de 30 mil soldados israelenses e a missão claramente definida de destruir a infra-estrutura, de arrebatar o armamento atualmente na posse das forças palestinas e de expulsar e matar seus dirigentes militares".
A revelação dos detalhes da "operação chumbo fundido", que a mídia quase não cita, evidencia quem são os verdadeiros terroristas. Este projeto macabro desmistifica a idéia de que Israel é uma vítima inocente, que apenas "protege seus cidadãos num ato de legítima defesa" - como garante o cínico ministro Isaac Herzog. A parte mais lúcida da comunidade judaica deveria fustigar a sua consciência diante destes fatos e atos. Pode ajudar nesta reflexão a lembrança de que os sionistas nunca foram pacifistas inocentes. Em muitos aspectos, eles lembram os nazistas e a tragédia do Holocausto. Já adotaram o terrorismo no passado e hoje exercem o terrorismo de Estado.
Basta recordar, como fez o site Resistir, que "as bombas em cafés foram usadas pelos sionistas pela primeira vez na Palestina em 17 de março de 1937, em Jaffa; bombas em automóveis foram usadas primeiro pelos sionistas de 20 de agosto a 26 de setembro de 1937; bombas em mercados foram usadas primeiro pelos sionistas em 6 de julho de 1938, em Haifa; bombas em hotéis foram usadas primeiro pelos sionistas em 22 de julho de 1946, em Jerusalém; bombas em embaixadas estrangeiras foram usadas primeiro pelos sionistas em 01 de outubro de 1946, em Roma; cartas bombas foram usadas primeiro pelos sionistas em junho de 1947 no Reino Unido".





Israel Passou dos Limites - Crimes contra a humanidade

Israel Passou dos Limites
Mário Augusto Jakobskind - Direto da Redação - 12/01/2009
http://www.diretodaredacao.com/



Mário Augusto Jakobskind

(...)A barbárie que Israel vem cometendo na Faixa de Gaza precisa ter uma pronta resposta da comunidade internacional. A partir de agora, não bastam apenas notas oficiais que não produzem efeitos. Pressionado, Israel comprometeu-se a interromper os bombardeios por três horas diárias, para permitir a entrada de comboios com ajuda humanitária. Nem isso foi cumprido, segundo a própria ONU, que acusou os militares israelenses de atacarem um dos comboios resultando na morte de dois motoristas. Israel nega, mas já negou outras vezes violações dos direitos humanos contra palestinos.


E quais poderiam ser as respostas da comunidade internacional à barbárie israelense? O Mercosul firmou recentemente um acordo comercial com Israel, então por que não suspendê-lo? O governo da República Bolivariana da Venezuela expulsou os representantes diplomáticos e está rompendo as relações com Israel. O chanceler Celso Amorim está percorrendo a região oferecendo o Brasil como mediador entre palestinos e israelenses.


Cada governo com seu estilo. O que não é mais possível é o mundo assistir impassível o que está acontecendo. Na época do apartheid da então racista África do Sul, a comunidade internacional reagiu de forma concreta, sancionando o odioso regime e apressando o seu fim. A pá de cal foi a batalha de Cuito Canavale, quando angolanos e cubanos derrotaram um dos mais poderosos exércitos do mundo, o sul-africano.


Na verdade, mais de 60 anos depois do fim do pesadelo do III Reich, o Ocidente continua respaldando Israel em tudo, numa espécie de complexo de culpa pelo que aconteceu com os judeus naquele período. Certamente o que aconteceu não pode ser esquecido ou ignorado, como querem os revisionistas neonazistas da atualidade, mas daí a aceitar passivamente que os descendentes das vítimas do holocausto vistam a camisa do opressor nazista e repitam os crimes contra a humanidade, desta vez contra um povo sem pátria e vivendo em condições sub humanas, como os palestinos, vai uma grande diferença. Isso envergonha o gênero humano.


Antes que alguém conteste ou critique o jornalista, informo que o autor destas linhas teve familiares assassinados pela barbárie nazista e quer ficar bem com a sua consciência não silenciando diante da repetição de outras barbáries em cenários diferentes.


E nesta guerra desproporcional, civis são os que mais sofrem. O bombardeio israelense de escolas mantidas pela Organização das Nações Unidas em campos de refugiados palestinos de Gaza é, de fato, um crime contra a humanidade. Deve ser apurado com o máximo rigor. Representantes da ONU garantem que Israel tinha sido avisado sobre o perigo que acarretaria uma incursão naquela área e que por lá não havia combatentes do Hamas. Israel justificou o ataque sangrento afirmando que de lá partiam ataques de militantes do Hamas. Será que representantes da ONU fariam tão grave acusação se não tivessem certeza?


O cessar-fogo da ONU não resultou em nada. Israel e Hamas com seus foguetes artesanais ignoraram a resolução aprovada com a abstenção dos Estados Unidos.


Diante deste quadro tenebroso, uma comissão internacional deveria ser formada imediatamente para apurar o que acontece em Gaza. Os responsáveis por este crime contra a humanidade deveriam então ser submetidos a um tribunal internacional. Crimes contra a humanidade não investigados com rigor e mantidos impunes geram mais violência contra seres humanos.


Depois da II Guerra Mundial, os nazistas responsáveis por crimes contra a humanidade foram julgados no Tribunal de Nurenberg e devidamente condenados. Nos dias de hoje existe um Tribunal Penal Internacional para julgar violações dos direitos humanos e crimes de guerra.


O premier Ehud Olmert, a Ministra do Exterior, Tzipi Livni, o Ministro da Defesa Ehud Barak e demais integrantes do governo israelense que deram o sinal verde para os ataques desproporcionais devem responder pelos crimes que estão sendo cometidos contra os palestinos.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Réquiem por Israel? A criação de Israel é um ato de ocupação.



Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada. O artigo é de Boaventura Sousa Santos.

Boaventura de Sousa Santos


Está ocorrendo na Palestina o mais recente e brutal massacre do povo palestino cometido pelas forças ocupantes de Israel com a cumplicidade do Ocidente, uma cumplicidade feita de silêncio, hipocrisia e manipulação grotesca da informação, que trivializa o horror e o sofrimento injusto e transforma ocupantes em ocupados, agressores em vítimas, provocação ofensiva em legítima defesa.

As razões próximas, apesar de omitidas pelos meios de comunicação ocidentais, são conhecidas. Em novembro passado a aviação israelense bombardeou a faixa de Gaza em violação das tréguas, o Hamas propôs a renegociação do controle dos acessos à faixa de Gaza, Israel recusou e tudo começou. Esta provocação premeditada teve objetivos de política interna e internacional bem definidos: recuperação eleitoral de uma coligação em risco; exército sedento de vingar a derrota do Líbano; vazio da transição política nos EUA e a necessidade de criar um facto consumado antes da investidura do presidente Obama. Tudo isto é óbvio mas não nos permite entender o ininteligível: o sacrifício de uma população civil inocente mediante a prática de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade cometidos com a certeza da impunidade.

É preciso recuar no tempo. Não ao tempo longínquo da bíblia hebraica, o mais violento e sangrento livro alguma vez escrito. Basta recuar sessenta anos, à data da criação do Estado de Israel. Nas condições em que foi criado e depois apoiado pelo Ocidente, o Estado de Israel é o mais recente (certamente não o último) ato colonial da Europa. De um dia para o outro, 750.000 palestinos foram expulsos das suas terras ancestrais e condenados a uma ocupação sangrenta e racista para que a Europa expiasse o crime hediondo do Holocausto contra o povo judeu.


Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada (daí, que a seguir a cada tratado de paz se tenha de seguir um ato de violação que a desminta); para consolidar a ocupação, o povo judeu tem de se afirmar como um povo superior condenado a viver rodeado de povos racialmente inferiores, mesmo que isso contradiga a evidência de que árabes e judeus são todos povos semitas; com raças inferiores só é possível um relacionamento de tipo colonial, pelo que a solução dos dois Estados é impensável; em vez dela, a solução é a do apartheid, tanto na região, como no interior de Israel (daí, os colonatos e o tratamento dos árabes israelenses como cidadãos de segunda classe); a guerra é infinita e a solução final poderá implicar o extermínio de uma das partes, certamente a mais fraca.


O que se passou nos últimos sessenta anos confirma tudo isto mas vai muito para além disto. Nas duas últimas décadas, Israel procurou, com êxito, sequestrar a política norte-americana na região, servindo-se para isso do lobby judaico, dos neoconservadores e, como sempre, da corrupção dos líderes políticos árabes, reféns do petróleo e da ajuda financeira norte-americana. A guerra do Iraque foi uma antecipação de Gaza: a lógica é a mesma, as operações são as mesmas, a desproporção da violência é a mesma; até as imagens são as mesmas, sendo também de prever que o resultado seja o mesmo. E não se foi mais longe porque Bush, entretanto, se debilitou. Não pediram os israelenses autorização aos EUA para bombardear as instalações nucleares do Irã?

É hoje evidente que o verdadeiro objetivo de Israel, a solução final, é o extermínio do povo palestino. Terão os israelenses a noção de que a shoah com que o seu vice-ministro da defesa ameaçou os palestinianos poderá vir a vitimá-los também? Não temerão que muitos dos que defenderam a criação do Estado de Israel hoje se perguntem se nestas condições - e repito, nestas condições - o Estado de Israel tem direito de existir?



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Holocausto em Gaza

Holocausto em Gaza
Eliakim Araujo - Direto da Redação - 04/01/2009
http://www.diretodaredacao.com/

Eliakim Araujo

Enquanto a preocupação de Barack Obama neste fim de semana foi a mudança da família para um hotel em Washington, para que as filhas não percam as aulas que recomeçam nesta segunda em todo território norte-americano, e Bush permanece gozando as folgas do período de festas, bandeiras dos Estados Unidos são queimadas em vários pontos do planeta, junto com as de Israel, em protestos contra a incursão terrestre das tropas israelenses na Faixa de Gaza.

Esse vazio do poder no país que, com ou sem crise, é ainda o mais poderoso do planeta e nos demais, cujos líderes se ausentaram para comemorar as festas de fim de ano, pode ter sido estrategicamente escolhido pelo governo israelense para dar início à escalada militar contra os redutos e as lideranças do Hamas.

De Bush, nada se esperava. Em seu período à frente da Casa Branca, mostrou-se sempre a favor de soluções bélicas, como aconteceu no Iraque, mesmo que depois tenha declarado que "o maior erro de seu governo foi invadir o Iraque com base em falsas informações de seus órgãos de segurança".

De Obama, entretanto, que conquistou o coração dos americanos durante a campanha presidencial, esperava-se muito mais do que simples declarações a favor de um cessar-fogo. Mas, como prevêem alguns analistas, Obama pouco poderá fazer à frente do governo dos EUA em relação a questões que abalem o corporativismo militar e o poderio dos judeus no setor econômico-financeiro do país.

Questões históricas e religiosas à parte, o atual conflito em Gaza pode ser colocado numa equação simples. De um lado, os defensores dos ataques alegam que a Israel não restava outra alternativa que não fosse a escalada militar para interromper o lançamento dos foguetes do Hamas sobre aldeias no sul do país, mesmo que isso significasse o massacre da população civil local. De outro lado, os que são contra, e aí incluído o presidente Lula, argumentam que a reação israelense é desproporcional aos danos causados pelos foguetes do Hamas.

De fato, o artigo 51 da Carta das Nações Unidas permite o direito de autodefesa às nações que sofram ataques armados de outro país, mas essas ações devem obedecer ao princípio da proporcionalidade. Diante do dispositivo legal, perguntam os que criticam a ação israelense: será que o uso de uma máquina de guerra que conta com os mais modernos tanques, infantaria e artilharia, contra a população desarmada e miserável da Faixa de Gaza é proporcional à agressão dos foguetes do Hamas?

Depois de sete dias de bombardeio aéreo e dois de ataque por terra, que já deixaram cerca de 500 mortos, a maioria inocente, vítimas do caos instalado na região, não se vê aparentemente uma solução imediata para o conflito. A ONU fracassou mais uma vez em sua missão de gerenciar as divergências entre nações. O máximo que fez seu Secretário-Geral, Ban Ki-moon, foi manifestar sua "indignação".

Neste domingo, líderes mundiais de nações como Grã-Bretanha, França, Rússia e EUA começaram a se movimentar em busca de um cessar-fogo, enquanto crescem em todo mundo, inclusive nos Estados Unidos, manifestações contra a ação israelense, onde se lêem cartazes com inscrições do tipo: "Holocausto em Gaza", "Genocídio em Gaza" e "Parem com o massacre em Gaza".

O cessar-fogo pode ser assinado e o massacre interrompido. Mas até quando?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Israel Perde a Chance da Paz - Operação Cast Lead






Essa guerra é como um graffiti no muro: Israel está perdendo a chance histórica de fazer paz com o nacionalismo árabe secular. Amanhã talvez seja obrigada e enfrentar um mundo uniformemente árabe fundamentalista, o Hamás multiplicado por mil.

Uri Avnery


Pouco depois da meia-noite, o canal árabe Aljazeera exibia matéria sobre os eventos em Gaza. De repente, a câmera apontou para o céu escuro. Tela negra. Não se via coisa alguma. Mas ouvia-se o ruído dos aviões, assustador, um rugido apavorante.

Impossível não pensar nas dezenas de milhares de crianças de Gaza que ouviam aquele ruído naquele momento, encolhidas, paralisadas de medo, à espera da explosão das bombas.

Israel tem de defender-se contra os foguetes que aterrorizam as cidades do sul do país", explicou o porta-voz israelense. "Os palestinenses têm de reagir contra o assassinato de seus combatentes na Faixa de Gaza", declarou o porta-voz do Hamás.

De fato, não se pode dizer que o cessar-fogo foi rompido, porque nem chegou a haver cessar-fogo, para começar. A principal exigência, para que haja qualquer cessar-fogo na Faixa de Gaza é que se libere a passagem nos postos de fronteira. Não há vida possível em Gaza sem um fluxo regular de suprimentos. E os postos não foram abertos, senão apenas por algumas horas, esporadicamente. O bloqueio por terra, mar e ar contra 1,5 milhão de seres humanos é ato de guerra, tanto quanto lançar bombas ou lançar rojões. O bloqueio paralisa a vida na Faixa de Gaza: extingue fontes de trabalho e emprego, limita oportunidades onde já praticamente não há oportunidade alguma, leva centenas de milhares de pessoas à fome, impede que os hospitais funcionem, corta o suprimento de eletricidade e água.

Os que decidiram fechar os postos de passagem, seja qual tenha sido o pretexto, sabem que nunca haveria e não houve efetivo cessar-fogo, nessas condições.

Isso é o principal. Depois, vieram as provocações menores, planejadas para obrigar o Hamás a reagir. Depois de vários meses, durante os quais praticamente não foram lançados rojões Qassam, uma unidade do exército foi mandada à Faixa, para "destruir um túnel localizado muito próximo da cerca de fronteira". De um ponto de vista estritamente militar, faria mais sentido montar uma emboscada dos dois lados da cerca. Mas o objetivo era criar um pretexto para pôr fim ao cessar-fogo, de modo que parecesse plausível culpar os palestinenses. Afinal, depois de várias pequenas ações, nas quais foram assassinados combatentes do Hamás, o Hamás retaliou com lançamento massivo de rojões e, abracadabra, acabou o cessar-fogo. Todos culparam o Hamás.

Para quê? Tzipi Livni disse abertamente: para derrubar o governo do Hamás em Gaza. Os rojões Qassam foram o pretexto.

Derrubar o governo do Hamás? Soa como capítulo de "A Marcha da Insensatez". Afinal de contas, todo mundo sabe que, para começar, o governo de Israel praticamente criou o Hamás. Uma vez, perguntei a um ex-chefe do Shin-Bet, Yaakov Peri, sobre isso, e ele respondeu-me com ar enigmático:"Não criamos, mas tampouco dificultamos".

Durante anos, as autoridades da ocupação estimularam o movimento islâmico nos territórios ocupados. Quaisquer outras atividades políticas foram rigorosamente suprimidas, mas a atividade dos movimentos islâmicos nas mesquitas continuou liberada. O cálculo foi tão simples quanto ingênuo: a OLP era considerada o principal inimigo de Israel, Yasser Arafat era o demônio da hora. O movimento islâmico combatia a OLP e Arafat. 'Então'... foi tratado como aliado de Israel.

Na primeira intifada, em 1987, o movimento islâmico oficialmente se rebatizou: passou a chamar-se Hamás (sigla, em árabe, de "Movimento da Resistência Islâmica") e mergulhou na luta. Mesmo então, o Shin-Bet nada fez contra o Hamás durante quase um ano, enquanto os membros do Fatah eram executados ou presos aos magotes. Israel só reagiu depois de um ano, e prendeu também Sheikh Ahmed Yassin e seus seguidores.

Depois disso, as coisas mudaram. Hoje, o demônio da hora é o Hamás, e a OLP é vista por muitos em Israel quase como um braço do movimento sionista. A conclusão lógica, se o governo de Israel quisesse a paz, seria aceder ao que pedem as lideranças do Fatah: fim da ocupação, assinar um tratado de paz, instituir um Estado da Palestina, retorno às fronteiras de 1967, solução razoável para o problema dos refugiados, libertação de todos os prisioneiros palestinenses. Com isso, com certeza, o crescimento do Hamás teria sido contido.

Mas lógica e política não se dão bem. Nada daquilo aconteceu. Aconteceu o contrário. Depois do assassinato de Arafat, Ariel Sharon declarou que Mahmude Abbas, que sucedeu Arafat, era "galinha depenada". Não permitiram que Abbas contabilizasse a seu favor nenhum feito político, por pequeno que fosse. As negociações, patrocinadas pelos EUA, viraram piada. O mais autêntico dos líderes do Fatah, Marwan Barghouti, foi preso, com sentença de prisão perpétua. Em vez de libertação de prisioneiros, só "gestos" estreitos e insultantes.

Abbas passou a ser sistematicamente humilhado, o Fatah virou saco vazio e o Hamas obteve retumbante vitória eleitoral nas eleições na Palestina - as eleições mais democráticas que jamais houve no mundo árabe. Israel imediatamente pôs-se a boicotar o governo eleito. Na luta interna que se seguiu, o Hamas obteve controle direto sobre a Faixa de Gaza.

Agora, depois de tudo isso, o governo de Israel decidiu "liquidar o poder do Hamás em Gaza" com sangue, fogo e colunas de fumaça.

O nome oficial da guerra é "Cast Lead" ["soldadinho de chumbo", dentre outras traduções possíveis], duas palavras tiradas de uma canção infantil sobre um brinquedo do Hanukkah.

Mais adequado seria que a chamassem "Guerra das Urnas".

Já outras vezes, no passado, também houve guerra durante campanhas eleitorais. Menachem Begin bombardeou o reator nuclear do Iraque durante a campanha eleitoral em 1981. Quando Shimon Peres reclamou que seria golpe eleitoral, Begin esbravejou, logo no comício seguinte: Judeus! Crêem que eu mandaria nossos valentes rapazes para a morte ou, pior, para cair prisioneiros nas mãos de animais, só para vencer uma eleição?" Begin venceu.

Peres não é Begin. Quando, durante a campanha de 1996, ordenou a invasão do Líbano (operação "Vinhas da Ira"), todos sabiam que o fizera por puro cálculo eleitoral. A guerra foi um fracasso para Israel, Peres perdeu e Binyamin Netanyahu chegou ao poder.

Barak e Tzipi Livni recorrem agora ao mesmo velho golpe. Segundo as pesquisas, só nas últimas 48 horas, Barak já conquistou mais cinco cadeiras no Parlamento. Cerca de 80 cadáveres de palestinos por voto eleitoral.

Fato é que é muito difícil caminhar sobre uma pilha de cadáveres. Os ganhos eleitorais podem evaporar. Basta, para que evaporem, que a opinião pública em Israel passe a ver a guerra como um fracasso. Por exemplo, se os Qassams continuarem a atingir Beersheba, ou se a invasão por terra levar a muitas mortes de soldados israelenses.

O timing foi cuidadosamente escolhido, também por outro critério. Os ataques começaram dois dias depois do Natal, quando os líderes europeus e norte-americanos estão em férias, até o Ano Novo. A idéia brilhante: ainda que alguém sinta algum ímpeto de deter a guerra, ninguém desistirá do feriado. Assim, Israel ganhou vários dias sem qualquer pressão do exterior.

Mais uma razão para a ocasião escolhida: são os últimos dias de George Bush na Casa Branca. Cabia esperar que esse tolo encharcado de sangue apoiasse entusiasticamente a chacina, o que, de fato, ele fez. Barack Obama ainda não tomou posse e encontraria pretexto perfeito, pronto, para não interferir: só há um presidente. O silêncio nada acrescenta, de positivo, à história do governo Obama.

A idéia central foi: não repetiremos os erros da Segunda Guerra do Líbano. Essa fala foi incansavelmente repetida em todos os jornais, nas entrevistas e noticiários de televisão. O que não altera o fato: a Guerra de Gaza é réplica quase idêntica da Segunda Guerra do Líbano.

O conceito estratégico é o mesmo: aterrorizar a população civil, com ataques implacáveis por ar, semeando a maior quantidade possível de morte e destruição. Esse tipo de estratégia não implica risco para os pilotos israelenses, porque os palestinos não têm qualquer armamento de defesa anti-aérea. O plano: se a infra-estrutura de manutenção da vida diária das populações que vivem na Faixa for completamente destruída e se se implantar total anarquia... a população se levantará e derrubará o regime do Hamás. Então, Máhmude Abbas voltará para Gaza montado nos tanques de Israel.

No Líbano, o mesmo plano deu errado. A população chacinada, inclusive cristãos, reuniu-se em torno do Hizbóllah, e Hassan Nasrallah tornou-se herói do mundo árabe. O mesmo, provavelmente, acontecerá agora. Generais entendem de matar e movimentar tropas, não de psicologia de massas.

Há algum tempo escrevi que o bloqueio de Gaza é experimento científico, para determinar o quanto agüenta uma população privada de tudo, antes de que a espinha dorsal se parta. É experimento conduzido com o generoso apoio da Europa e dos EUA. Até agora, deu em nada. O Hamas tornou-se mais forte e os Qassam alcançam alvos cada vez mais distantes. A guerra, hoje, é a continuação do mesmo experimento, por outros meios.

É possível que não tenha restado "outra alternativa" ao exército, além de tentar reocupar a Faixa de Gaza, porque não há outro meio de deter os Qassams exceto um acordo com o Hamás, o que contraria a política do governo. Quando começar o avanço por terra, tudo dependerá da motivação e da capacidade de combate dos soldados do Hamás, contra os soldados israelenses. Ninguém sabe o que acontecerá.

Dia a dia, noite após noite, o canal árabe Al-Jazeera exibe imagens atrozes: corpos mutilados, velhos e crianças chorando, à procura dos seus, nas dezenas de cadáveres espalhados no chão, uma mulher puxando de uma pilha de cadáveres o cadáver de uma menina, médicos exauridos, sem remédios e sem gaze, tentando salvar a vida dos feridos. (O canal Aljazeera que transmite em inglês, diferente do canal que transmite em árabe, tem exibido imagens saneadas e repetido a incansável propaganda do governo de Israel. Seria interessante descobrir o que houve por lá.)

Milhões de pessoas estão vendo aquelas imagens terríveis, tela após tela, dia e noite. São imagens que ficam gravadas na memória para sempre: Israel, a horrível. Israel, a abominável. Israel, a desumana. Cria-se hoje mais uma geração que odeia. É erro horrendo, pelo qual Israel continuará a pagar, até muito depois de todos esquecerem quaisquer outros resultados dessa guerra.

Mas outra coisa está também sendo inscrita para sempre, na mente de milhões: o retrato dos miseráveis, corruptos, passivos regimes árabes. Do ponto de vista dos árabes, um fato é hoje visível, inescapável: que governos vergonhosos!

Para o milhão e meio de árabes em Gaza, que sofrem tão terrivelmente, a única abertura para o mundo, não controlada por Israel, é a fronteira com o Egito. Só por ali podem chegar comida para matar a fome, ou medicamentos para os feridos. Essa fronteira permanece fechada, no momento do terror máximo. O exército egípcio bloqueou a única via possível para que cheguem remédios, em momento em que os feridos estão sendo operados sem anestésicos.

Por todo o mundo árabe, de um extremo a outro, ecoaram as palavras de Hassan Nasrallah: Os líderes egípcios são cúmplices do crime. Estão colaborando com o "inimigo sionista" na tentativa de dobrar o povo da Palestina. Evidentemente, não se referia apenas a Mubarak, mas a todos os demais, do rei da Arábia Saudita ao presidente palestino. Quem assista às manifestações que estão acontecendo em todo o mundo árabe e ouça seus slogans terá a impressão de que, para muitos árabes, os políticos parecem patéticos, no melhor dos casos; ou criminosos colaboracionistas, no pior.

Tudo isso terá consequências históricas. Uma geração inteira de líderes árabes, uma geração imbuída da ideologia secular do nacionalismo árabe, os sucessores de Gamal Abd-al-Nasser, Hafez al-Assad e Yasser Arafat, pode estar sendo varrida do cenário. Podem estar dando lugar, no mundo árabe, à única alternativa que ainda parece viável: a ideologia do fundamentalismo islâmico.

Essa guerra é como um graffiti no muro: Israel está perdendo a chance histórica de fazer paz com o nacionalismo árabe secular. Amanhã talvez seja obrigada e enfrentar um mundo uniformemente árabe fundamentalista, o Hamás multiplicado por mil.

Meu motorista de táxi, em Telaviv, dia desses, pensou em voz alta: Por que não convocam os filhos dos ministros e dos deputados, organizam batalhões e os mandam invadir Gaza por terra?


Uri Avnery é jornalista, membro fundador do Gush Shalom (Bloco da Paz israelense).


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