Promessas: Quando tentamos barganhar com o Universo
Redação do Diário da Saúde - 14/07/2012http://www.diariodasaude.com.br/
Para o paradigma atual da ciência, fazer o bem é algo contraintuitivo, uma espécie de barganha com o universo. Mesmo as boas ações são consideradas ações em benefício próprio. [Imagem: Wikimedia]
Sentar e esperar
Em inúmeros acontecimentos importantes na vida - da candidatura a um emprego à espera dos resultados de exames médicos - chega um momento quando você só pode fazer uma coisa: sentar e esperar pelo melhor.
Mas isso não significa que sempre sejamos tão comportados e resignados.
Muitas vezes, quando uma questão foge ao nosso controle, agimos como se ainda pudéssemos influenciar as coisas para o que consideremos ser melhor.
E, para isso agimos. Mais especificamente, fazendo boas ações.
Estes são os interessantes resultados de uma longa pesquisa realizada por Benjamin Converse (Universidade da Virgínia), Jane Risen e Travis Carter (Universidade de Chicago), e publicada pela revista Psychological Science.
Por que fazemos promessas?
Segundo o professor Benjamin, a pesquisa foi inspirada pelas tão comuns promessas, quando juramos que, se pudermos sair bem de alguma situação ameaçadora, seremos mais bonzinhos no futuro.
A hipótese era se esse tipo de negociação poderia ser parte de um fenômeno mais geral, em que intuitivamente "negociamos com o universo".
"Nós nos perguntamos se as pessoas pensam desta forma mesmo quando não estão lidando com outras pessoas, mas sim com o universo", explica ele, considerando situações onde o resultado não depende diretamente nem da própria pessoa e nem de terceiros envolvidos na situação.
Assim, esperar por um resultado importante e fora do controle levaria as pessoas a fazer boas ações com a expectativa implícita de que o universo vai retribuir o favor - um fenômeno que os pesquisadores chamam de "investir no carma".
Barganhando o carma
Para descobrir se as hipóteses eram válidas, eles fizeram uma série de quatro estudos interligados, em que os participantes foram postos nas mais diversas situações, cujos resultados podiam ou não depender deles.
E, em todas as situações, enquanto aguardavam os resultados, os voluntários tinham oportunidade de fazer alguma coisa, que envolvia trabalhar para si próprio ou trabalhar para os outros.
Em todos os casos em que a situação fugia ao controle, as pessoas partiram para as promessas, no sentido considerado pelos pesquisadores, ou seja, tentaram barganhar com o Universo.
E eles fizeram isto fazendo boas ações.
Além do egoísmo
Segundo os pesquisadores, os resultados parecem ser contraintuitivos.
"Poderíamos esperar que as pessoas fossem mais egoístas ao pensar sobre as coisas na vida que elas querem, mas que estão além de seu controle", disse Benjamin. "Mas nós descobrimos que esta experiência as torna mais propensas a estender a mão e ajudar [os outros], pelo menos quando lhes é dada a oportunidade de fazê-lo".
A consideração de que isso é contraintuitivo refere-se ao paradigma atual da ciência, que considera os seres humanos como animais egoístas e essencialmente individualistas, que tentam desde conseguir o máximo de coisas materiais para si próprios, até copular o máximo possível para passar adiante os seus genes.
Os pesquisadores acreditam que investir no carma pode ser uma forma positiva para lidarmos com experiências que seriam desagradáveis demais se apenas sentarmos para esperar.
"Mesmo que as pessoas realmente não acreditem em carma, elas ainda podem ter um senso intuitivo de que coisas boas acontecem a pessoas boas. Se essa intuição nos leva a fazer doações para uma boa causa e nos torna um pouco mais otimistas enquanto esperamos, então isso parece ser uma coisa boa", concluíram eles.
Em inúmeros acontecimentos importantes na vida - da candidatura a um emprego à espera dos resultados de exames médicos - chega um momento quando você só pode fazer uma coisa: sentar e esperar pelo melhor.
Mas isso não significa que sempre sejamos tão comportados e resignados.
Muitas vezes, quando uma questão foge ao nosso controle, agimos como se ainda pudéssemos influenciar as coisas para o que consideremos ser melhor.
E, para isso agimos. Mais especificamente, fazendo boas ações.
Estes são os interessantes resultados de uma longa pesquisa realizada por Benjamin Converse (Universidade da Virgínia), Jane Risen e Travis Carter (Universidade de Chicago), e publicada pela revista Psychological Science.
Por que fazemos promessas?
Segundo o professor Benjamin, a pesquisa foi inspirada pelas tão comuns promessas, quando juramos que, se pudermos sair bem de alguma situação ameaçadora, seremos mais bonzinhos no futuro.
A hipótese era se esse tipo de negociação poderia ser parte de um fenômeno mais geral, em que intuitivamente "negociamos com o universo".
"Nós nos perguntamos se as pessoas pensam desta forma mesmo quando não estão lidando com outras pessoas, mas sim com o universo", explica ele, considerando situações onde o resultado não depende diretamente nem da própria pessoa e nem de terceiros envolvidos na situação.
Assim, esperar por um resultado importante e fora do controle levaria as pessoas a fazer boas ações com a expectativa implícita de que o universo vai retribuir o favor - um fenômeno que os pesquisadores chamam de "investir no carma".
Barganhando o carma
Para descobrir se as hipóteses eram válidas, eles fizeram uma série de quatro estudos interligados, em que os participantes foram postos nas mais diversas situações, cujos resultados podiam ou não depender deles.
E, em todas as situações, enquanto aguardavam os resultados, os voluntários tinham oportunidade de fazer alguma coisa, que envolvia trabalhar para si próprio ou trabalhar para os outros.
Em todos os casos em que a situação fugia ao controle, as pessoas partiram para as promessas, no sentido considerado pelos pesquisadores, ou seja, tentaram barganhar com o Universo.
E eles fizeram isto fazendo boas ações.
Além do egoísmo
Segundo os pesquisadores, os resultados parecem ser contraintuitivos.
"Poderíamos esperar que as pessoas fossem mais egoístas ao pensar sobre as coisas na vida que elas querem, mas que estão além de seu controle", disse Benjamin. "Mas nós descobrimos que esta experiência as torna mais propensas a estender a mão e ajudar [os outros], pelo menos quando lhes é dada a oportunidade de fazê-lo".
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Caro Draúzio, eu acho que generalizar é um pouco demais, mesmo porque toda regra tem exceção, infelizmente quem realmente faz o bem naturalmente não importando a situação que se encontra, neste mundo é uma minoria, tornando-se então exceção e normalmente são anônimos, raros casos aparecem só os mais famosos, beijos Luconi
ResponderExcluirOlá Drauzio
ResponderExcluirConcordo totalmente com esta ideia a que chegou a pesquisa.
O maior impulso à solidadriedade é a ideia de que o bem gera o bem, isto é muito claro.
As pessoas rejeitam esta ideia por julgá-la consciente e mercantilista, mas não é assim, é inconsciente, é intuitivo e, a solidariedade é genuinamente um desejo do bem ao outro, mas o conforto gerado por ela é a certeza de que praticar o bem nos torna aptos a recebermos o bem.
Abraços