Manobra Anunciada
Redação CartaCapital - 23/07/2008
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=1546
Redação CartaCapital - 23/07/2008
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=1546
O senador Heráclito Fortes, amigo pessoal do banqueiro Daniel Dantas,
entrou com representação contra o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Operação Satiagraha, e a PF. (foto de Wilson Dias/ABr)
entrou com representação contra o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Operação Satiagraha, e a PF. (foto de Wilson Dias/ABr)
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), amigo pessoal do banqueiro Daniel Dantas, entrou com representação contra o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Operação Satiagraha, e a Polícia Federal.
Fortes acusa o delegado de vazamento de informações do inquérito que envolviam seu nome e, supostamente, o ligariam ao esquema investigado pela operação. Segundo o senador, tais informações são "ilegais, maliciosas, levianas e mentirosas".
Fortes reclama especialmente da divulgação de um telefonema seu com Carlos Rodenburg (ex-cunhado de Daniel Dantas). Ele diz que a amizade com Rodenburg é antiga e que não tem qualquer ligação com a organização liderada por Dantas.
As representações serão encaminhadas ao Ministério da Justiça, ao Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Federal.
Os advogados de Heráclito estão em São Paulo para consultar os autos do inquérito. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, autorizou que o material fosse repassado a Fortes. O inquérito reúne mais de mil páginas de texto, além de fitas de áudio – o nome do senador aparece em, ao menos, cinco conversas gravadas pela PF.
"Ao quebrar o sigilo e vazar dados obtidos por meio de interceptação telefônica, o referido delegado demonstrou seus claros e evidentes objetivos não autorizados em lei: o de coagir, o de humilhar, o de difamar, o de caluniar a imagem de uma pessoa com anos de vida pública pautada sempre pela ética e pela disciplina", diz a representação.