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quarta-feira, 22 de abril de 2015
O Assassino do Século - George W. Bush
Postado por Drauzio Milagres às 04:30 0 Comentários:
Marcadores: assassino do século, bucha de canhão, EUA, George Bush, guerra, imperialismo, invasores, soldados americanos, soldados americanos mortos
domingo, 15 de julho de 2012
10 fatos chocantes sobre os EUA - Completa decadência moral
1. Os Estados Unidos têm a maior população prisional do mundo, compondo menos de 5% da humanidade e mais de 25% da humanidade presa. Em cada 100 americanos 1 está preso.
A subir em flecha desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: À medida que o negócio das prisões privadas alastra como gangrena, uma nova categoria de milionários consolida o seu poder político. Os donos destes cárceres são também na prática donos de escravos, que trabalham nas fábricas no interior da prisão por salários inferiores a 50 cêntimos por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões camarárias, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar pastilha elástica. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres mas sobretudo os negros, que representando apenas 13% da população americana, compõem 40% da população prisional do país.
2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica de satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.
3. Entre 1890 e 2012 os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
São mais os países do mundo em que os EUA intervieram militarmente do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de 8 milhões de mortes causadas pelos EUA só no século XX. E por detrás desta lista escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA têm neste momento a decorrer mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo. O mesmo presidente, criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, batendo de longe George W. Bush.
4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos pela empresa, é prática corrente que as mulheres americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes nem depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença de maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia com 0 (zero) semanas.
5. 125 americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de acesso à saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de americanos não têm), então, tem boas razões para recear mais a ambulância e os cuidados de saúde que lhe vão prestar, que esse inocente ataquezinho cardíaco. Com as viagens de ambulância a custarem em média 500 euros, a estadia num hospital público mais de 200 euros por noite, e a maioria das operações cirúrgicas situadas nas dezenas de milhar, é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e como o nome indicam, terá a oportunidade de se endividar até às orelhas e também a oportunidade de ficar em casa, fazer figas e esperar não morrer desta.
6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias, foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças, com índios e colonos a partilhar placidamente o mesmo peru à volta da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmo imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA puseram em marcha um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito num língua que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo a levar a cabo esterilizações forçadas ao abrigo de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e mais tarde contra negros e índios.
7. Todos os imigrantes são obrigados a jurar não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Para além de ter que jurar que não é um agente secreto nem um criminoso de guerra nazista, vão-lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do “Partido Comunista”, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada “terrorista”. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, ser-lhe-á automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.
8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80.000 dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que acrescidas de juros, levarão em média 15 anos a pagar. Durante esse período os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e ainda assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel-prazer, sem o consentimento ou sequer a informação do devedor. Num dia deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juro e no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes americanos ascendeu a 1,5 trilhões de dólares, subindo uns assustadores 500%.
9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada 10 americanos, há 9 armas de fogo.
Não é de espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com o resto do mundo: No resto do planeta, há 1 arma para cada 10 pessoas. Nos Estados Unidos, 9 para cada 10. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, qualquer coisa como 275 milhões. E esta estatística tende a se extremar, já que os americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.
10. São mais os americanos que acreditam no Diabo que os que acreditam em Darwin.
A maioria dos americanos são cépticos; pelo menos no que toca à teoria da evolução, em que apenas 40% dos norte-americanos acredita. Já a existência de Satanás e do inferno, soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-candidato Rick Santorum, que acusou os acadêmicos americanos de serem controlados por Satã.
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Postado por Drauzio Milagres às 08:14 2 Comentários:
Marcadores: armamentismo, decadência moral, EUA, eugenia, genocídio, inferno, militarismo, satanás, terrorismo
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Israel - Sobre Gaza, Sobre Israel, Sobre Nós
Sílvia Ferabolli & Cláudio César Dutra de Souza - Le Monde Diplomatique - LMB Brasil - 05/02/2009
http://diplo.uol.com.br/2009-02,a2777
"O direito dos Estados está acima do direito dos povos. Entre Israel e Palestina, um lobby israelense em Washington. Está feita a declaração: aos que querem a terra, ela lhe será dada, uma cova rasa, mais exatamente. Mas não se iludam: Somos todos Palestinos!"
Aqui na Europa, manifestações eclodiram por toda parte. Em Paris, uma marcha contra o holocausto palestino reuniu quase 100 mil pessoas. Em Londres, prédios universitários foram ocupados e milhares de estudantes reuniram-se em frente à embaixada israelense exigindo o fim do massacre contra o povo palestino. Outras capitais européias também assistiram várias formas de mobilização popular contra o avanço de Israel sobre o mais famoso bantustão do mundo - a Faixa de Gaza, o campo de extermínio daqueles que vivem a luta e morrem pela causa palestina.
Infelizmente, os milhões de cidadãos que expressaram sua repulsa contra a política israelense em manifestações que varreram o globo, não encontraram eco em suas ações por parte de seus chefes de Estado. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi o único líder de uma nação que ousou ouvir o clamor popular e expulsou o embaixador israelense de seu país. Tivessem outras lideranças seguido o exemplo de Chávez na América Latina, África, Ásia, Europa e América do Norte, o isolamento diplomático israelense seria tamanho que não haveria alternativa a Tel-Aviv a não ser o recuo. Contudo, esse não foi o caso. Para além dos clássicos e inócuos chamados de paz, nenhum presidente, primeiro-ministro, rei, chanceler ou sultão ousou desafiar Israel com aquela que é uma das mais radicais armas que a diplomacia internacional possui: a ruptura das relações diplomáticas e o erigir de pesadas sanções políticas e econômicas.
Para entender a apatia da diplomacia internacional frente às ações de política externa israelense é necessário compreender como funciona a ordem internacional e como ela é promotora e perpetuadora de relações de dominação entre Estados opressores e povos oprimidos.
Vivemos dentro de uma lógica política internacional onde o direito dos Estados está acima do direito dos povos. Israel, como um Estado, teria o direito de se defender contra aquilo que ele considera ser uma ameaça a sua sobrevivência estatal, nesse caso, as ações do Hamas. Os palestinos, por seu turno, não possuem um Estado e, portanto, nenhum direito dentro de uma lógica estatal internacional perversa que nega aos povos do mundo qualquer direito para além daquele que seu próprio Estado lhe provém. Fora do Estado, a vida não é possível, já sentenciava Thomas Hobbes, o pai do pensamento realista, e dominante, das Relações Internacionais.
O grande problema que emerge dessa constatação é que embora os Estados interajam em um sistema anárquico, onde não existe uma autoridade central e cada Estado é soberano e, portanto, dono do direito de agir como melhor lhe convir, existe, sim, aquilo que se chama de ordem internacional, cuja responsabilidade pela sua manutenção é das grandes potências. Na atual configuração sistêmica que, embora apresente alguns contornos multipolares no campo econômico, em termos de liderança política e estratégica, é claramente unipolar. Só há um país capaz de fazer Israel parar - os Estados Unidos da América. E por que não o fazem? John Mearsheimer e Stephen Walt, já em 2006, ofereciam uma resposta: o lobby israelense em Washington.
Numa tentativa de compreender o porquê dos Estados Unidos comprometerem seus imperativos de interesse nacional no Oriente Médio pelo massivo apoio a Israel, mesmo quando esse deixa de ser um patrimônio estratégico com o fim da Guerra Fria, Mearsheimer e Walt acabam por revelar uma história de bastidores movida a bilhões de dólares de grupos lobistas israelenses e sustentada por uma poderosa indústria do holocausto. Para aqueles que insistem em ver Israel como um pequeno David que luta para se defender do monstruoso Golias representado pelos árabes-palestinos, selecionamos alguns pontos da obra The Israel Lobby in Washington, que podem lançar luz sobre o atual debate em torno da política expansionista israelense e a condescendência norte-americana para com seu aliado incondicional no Oriente Médio.
No que concerne à suposta fraqueza israelense, Mearsheimer e Walt argumentam que ela é inverídica, na medida em que Israel derrotou os árabes nas Guerras de 1948-49 e 1967, sem a ajuda de forças externas. Foi após essa última vitória que Israel começou a ser considerado um patrimônio estratégico para os Estados Unidos. Conseqüentemente, começou a receber ajuda financeira norte-americana - Israel é o maior receptor de ajuda externa estadunidense no mundo, imediatamente seguido pelo Egito, cuja ajuda está condicionada à manutenção de relações diplomáticas com Israel, enquanto a ajuda aos israelenses não prevê nenhum condicionante.
Quanto ao fator democracia, tal argumento se enfraquece por aspectos da democracia israelense que são estranhos aos valores fundamentais ocidentais: Israel foi explicitamente fundado como um Estado judaico e a cidadania é baseada no princípio da consangüinidade. Dado esse conceito de cidadania, não se estranha que os 1,3 milhões de árabes-israelenses sejam tratados como cidadãos de segunda classe.
Quanto ao Holocausto, os autores argumentam que não há dúvida de que os judeus sofreram historicamente devido ao anti-semitismo e que a criação do Estado de Israel foi, sim, uma resposta apropriada a um longo histórico de crimes contra o povo judaico. Porém, a criação de Israel envolveu crimes adicionais contra um povo absolutamente inocente: os palestinos.
Especificamente no que concerne à disposição de Israel de aceitar a criação de um Estado palestino, dentro da lógica "segurança para Israel e justiça para os palestinos", como se fosse possível conciliar os imperativos de segurança israelense com o direito à existência do povo palestino, Mearsheimer e Walt nos informam que nunca houve, na proposta sionista, a intenção de dividir o território da Palestina em dois Estados. Como Ben-Gurion sentenciou no final dos anos 1930: "Depois da formação de um grande exército, na esteira do estabelecimento de nosso Estado, nós aboliremos a partilha e expandiremos nosso Estado para toda a Palestina". Ou seja, desde o princípio, aceitar a idéia de dois Estados foi apenas uma manobra tática israelense, não um objetivo real. Ainda, para alcançar o objetivo de fundação de seu Estado, os sionistas teriam de expulsar um grande número de árabes do território que viria a se tornar Israel. Ben-Gurion viu esse problema claramente já em 1941: "É impossível imaginar a evacuação geral da população árabe senão pela força - e força brutal!" Essa oportunidade veio com a Guerra de Independência (1948-49), quando as forças israelenses forçaram o exílio de mais de 700 mil palestinos. Ou seja, se o povo que formou originalmente o Estado israelense sofreu, também fez, e faz, outro povo sofrer tanto ou mais.
Por fim, a tese dos "israelenses virtuosos" versus os "árabes malditos". De acordo com Mearsheimer e Walt, acadêmicos israelenses de esquerda têm mostrado que os sionistas foram qualquer coisa, menos benevolentes com os árabes-palestinos. A resposta sionista à resistência palestina à criação do Estado de Israel envolveu atos explícitos de limpeza étnica, incluindo execuções, massacres e estupros. A média de mortes nesses mais de 60 anos de conflito é de 3,4 palestinos mortos para cada israelense - a proporção de mortes de crianças é de 5,7 crianças palestinas mortas para cada uma israelense. Tanto é que Ehud Barak uma vez admitiu que se ele tivesse nascido palestino, certamente teria se juntado a uma organização terrorista. Talvez, dissesse melhor, e com mais clareza, uma organização de resistência á uma ocupação externa.
A reflexão de Nidal Basal, um menino palestino de 12 anos, feita durante o período mais intenso das ações militares israelenses na Faixa de Gaza, reflete a perplexidade de milhões de cidadãos pelo mundo. Em resposta a Nidal, esclarecemos que Israel não enlouqueceu, malgrados os bombardeios contra escolas da ONU e a proibição de evacuação civil da região. Dificilmente poderíamos crer que ações militares planejadas e postas em prática em um período do ano em que o presidente da União Européia, Nicolas Sarkozy, em final de mandato, tira férias no Brasil e que o governo dos Estados Unidos vive uma transição de poder, sejam atos impensados de loucura e selvageria despropositada. Nesse caso, haveria atenuantes, como na justiça criminal, ao julgar um cidadão que tenha agido sob "forte emoção" ou que estivesse em algum estado alterado de consciência. Ao contrário, se há premeditação, motivos torpes ou incapacidade de defesa da vítima tudo isso constitui-se em agravantes que poderiam gerar penas mais severas em um julgamento criminal.
Contudo, poderíamos pensar que, ao invés de indivíduos mentalmente perturbados, estivéssemos à mercê de burocratas frios, cuja presença do "outro" fosse apenas um detalhe incômodo entre um objetivo matematicamente traçado e a sua efetiva concretização. Compreendemos com Hannah Arendt a banalidade do mal e nos chocamos profundamente ao pensarmos no quanto os mais perigosos assassinos podem ser pessoas tão afáveis e cultas, que apreciam a arte e amam as crianças e os animais. Eichmann em seu julgamento em Jerusalém nada mais fez do que mostrar-se um burocrata obediente às ordens de seu chefe, mesmo que elas fossem o extermínio de um povo. Assassinos podem ser pessoas muito agradáveis e cordatas. Podem ser eu ou você em uma situação específica tal como a situação de guerra quando o inimigo é todo aquele que não utiliza o nosso uniforme e nem compactua de nossa ideologia.
Como pode um Estado considerado uma democracia tão avançada e com expoentes intelectuais de alto calibre perpetrar atos como esses que assistimos na Faixa de Gaza, onde a matança indiscriminada de civis inocentes de forma cruel e arbitrária coloca Israel par a par com as piores das históricas ditaduras do Terceiro Mundo? Em Gaza, uma população encontra-se à mercê de um Estado anômico e sociopático que age premeditada e milimetricamente no intuito de exterminar o maior número de seres humanos contrários aos seus planos expansionistas e imperiais. Todavia, o discurso manifesto é o de eliminar a ameaça terrorista do Hamas (democraticamente eleito e, portanto, apoiado por grande parte dos palestinos). Contudo, é de se perguntar como reconhecer os membros do Hamas no meio da massa indistinta no território de Gaza. Eles usam uniformes, estão reunidos em uma sede oficial a decidir os rumos de sua atuação presente e futura? É evidente que não. Em Gaza, cada cidadão é potencialmente um apoiador, um simpatizante ou possui algum conhecido dentro do Hamas, logo, cada ser humano é um alvo em potencial.
Falamos em seres humanos, mas aqui cabe uma correção, pois os palestinos não parecem estar classificados nessa condição, segundo o ponto de vista de diversos líderes israelenses. Itzhak Shamir os chamava de "gafanhotos". O general Raphael Eitn os chamou de "baratas". O Ministro da Defesa, Ben-Eliezer, os definiu como "piolhos" e para o ex-primeiro-ministro Menahem Begin, os palestinos eram "bestas caminhando sobre dois pés". Por fim, a primeira-ministra Golda Meir chamava-os de "animais de duas patas". Para Ehud Olmert eles seriam o que nesse exato momento? Certamente, qualquer coisa, menos humanos.
Alguém acredita que o Estado de Israel corre um sério perigo que ameaça efetivamente a sua existência? O Hamas tem um poder definitivamente devastador e que pode causar sérios danos à infra-estrutura e aos cidadões israelenses, motivo mais do que suficiente para um ataque desse porte? As armas que o Hamas possui são modernas e letais e isso constitui-se em um motivo plenamente justificável para que os corpos de palestinos inocentes apodreçam a céu aberto? A resposta a todas essas perguntas é evidentemente negativa e só Israel e os Estados Unidos têm o cinismo de sustentá-las seriamente.
Convencionando que a paz (para si) é um dos objetivos de Israel, aliado com a sua lendária necessidade de segurança, convém lembrar que a paz e a prosperidade caminham de mãos dadas. Após esses trágicos bombardeios, justificáveis tão somente dentro da ótica distorcida do agressor, o proto-Estado palestino vai demorar vários anos para conseguir retornar ao grau de miserabilidade anterior a dezembro de 2008. Sem contar o luto das famílias que perderam seus entes queridos, suas casas, sua história e sua dignidade. Os cemitérios são, sem dúvida, locais em que existe uma grande paz, afinal, os mortos não têm necessidades, queixas ou reivindicações de qualquer ordem. Aos que querem a terra, ela lhe será dada, uma cova rasa, mais exatamente. Como a paz poderá ser feita nessas condições é algo que nos perguntamos e que os líderes israelenses nunca respondem de forma conveniente. O que sabemos, com certeza, é que o governo norte-americano é tão responsável pela atual política genocida israelense contra os palestinos quanto os são as lideranças sionistas dentro e fora de Israel. Os Estados Unidos podem, mas optam por não parar Israel, temendo a reação de um lobby que, pelo poder financeiro de seus membros e a ideologia da indústria do holocausto, ameaça não só tornar Israel o ator central de um teatro de horrores que envergonha a humanidade como também acabar, definitivamente, com a legitimidade da já cambaleante Organização das Nações Unidas.
Não tenhamos ilusões quanto à capacidade de influência dos milhões de cidadãos espalhados pelo mundo que saíram às ruas para protestar contra o flagelo impetrado aos palestinos em nome da pax israelense, que encontra na pax americana a sua parceira ideal no perpetrar de crimes de guerra. Enquanto a lógica que dominar o mundo for aquela do direito dos Estados e não a do direito dos povos, nossa voz não será ouvida e o futuro da humanidade - o nosso futuro - será decidido à nossa revelia. Não nos iludamos: SOMOS TODOS PALESTINOS!
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Postado por Drauzio Milagres às 21:13 1 Comentários:
Marcadores: Claudio, crimes, EUA, Ferabolli, Gaza, genocida, Holocausto, Israel, Israelense, judeus, LeMonde, lobby, massacre, opressores, Palestina, politica, Silvia, sionistas, Souza, Washington
Israel - Dossiê Gaza e o Médio Oriente
Le Monde Diplomatique - 01/02/2009
http://pt.mondediplo.com/spip.php?article439
Desprezo pelo direito: Uma impunidade que perdura.
(1947-2009, Resoluções da ONU não respeitadas por Israel)
Assembléia Geral (tendo na altura funções de órgão deliberatório).
Resolução 181 (29 de Novembro de 1947).
Adoção do plano de partilha: a Palestina é dividida em dois Estados independentes, um árabe e o outro judeu; Jerusalém é colocada sob administração das Nações Unidas.
Resolução 194 (11 de Dezembro de 1948).
Os refugiados que assim desejarem devem poder "regressar às suas casas o mais depressa possível e viver e paz com os seus vizinhos"; os outros devem ser indenizados pelos seus bens "a título de compensação". Criação da Comissão de Conciliação das Nações Unidas para a Palestina.
Resolução 302 (8 de Dezembro de 1949).
Criação da Agência das Nações Unidas de Ajuda aos Refugiados Palestinianos (UNRWA).
Conselho de Segurança.
Resolução 236 (11 de Junho de 1967).
A seguir à guerra de Junho de 1967, o Conselho de Segurança exige um cessar-fogo e uma suspensão imediata de todas as atividades militares no conflito que opõe o Egito, a Jordânia e a Síria a Israel.
Resolução 237 (14 de Junho de 1967).
O Conselho de Segurança pede a Israel que garanta "a proteção, o bem-estar e a segurança dos habitantes das zonas onde decorrem operações militares" e que facilite o regresso dos refugiados.
Resolução 242 (22 de Novembro de 1967).
O Conselho de Segurança condena a "aquisição de território por via da guerra" e pede a "retirada das forças armadas israelitas dos territórios ocupados". Afirma a "inviolabilidade territorial e a independência política" de cada Estado da região.
Resolução 250 (27 de Abril de 1968).
Israel é convidado a não organizar a parada militar prevista para Jerusalém a 2 de Maio de 1968, considerando que esta agravará as "tensões na região".
Resolução 251 (2 de Maio de 1968).
O Conselho de Segurança lamenta a realização da parada militar em Jerusalém, "desprezando" a Resolução 250.
Resolução 252 (21 de Maio de 1968).
O Conselho de Segurança declara "inválidas" as medidas tomadas por Israel, incluindo a "expropriação de terras e de bens imobiliários", medidas que visam "modificar o estatuto de Jerusalém", e pede a Israel que se abstenha de as tomar.
Resolução 267 (3 de Julho de 1969).
O Conselho de Segurança censura "todas as medidas tomadas (por Israel) para modificar o estatuto de Jerusalém".
Resolução 340 (25 de Outubro de 1973).
Na sequência da guerra do Ramadão ou do Kippur, criação da segunda Força de Emergência das Nações Unidas (FUNNU II), com o objetivo de "supervisionar o cessar-fogo entre as forças egípcias e israelitas" e assegurar a "transferência" dessas mesmas forças.
Resolução 446 (22 de Março de 1979).
O Conselho de Segurança exige a suspensão das "práticas israelitas que visam estabelecer colonatos de povoamento nos territórios palestinianos e noutros territórios árabes ocupados desde 1967", declara que essas práticas "não têm qualquer validade ao nível do direito" e pede a Israel que respeite a Convenção de Genebra relativa à proteção dos civis em tempo de guerra.
Resolução 468 (8 de Maio de 1980).
O Conselho de Segurança declara "ilegais" as expulsões para o estrangeiro de notáveis palestinianos de Hebron e de Halhul pelas autoridades militares israelitas e pede a Israel que as anule.
Resolução 592 (8 de Dezembro de 1986).
O Conselho de Segurança recorda que a Convenção de Genebra relativa à proteção dos civis em tempo de guerra "é aplicável aos territórios palestinianos e a outros territórios árabes ocupados por Israel desde 1967". Condena "o exército israelita que, tendo aberto fogo, matou ou feriu estudantes" da Universidade Bir Zeit.
Resolução 605 (22 de Dezembro de 1987).
Depois de ter sido desencadeada a Primeira Intifada, o Conselho de Segurança condena as práticas de Israel "que violam os direitos humanos do povo palestiniano nos territórios ocupados, em particular o fato de o exército israelita ter aberto fogo, matando ou ferindo civis palestinianos".
Resolução 607 (5 de Janeiro de 1988).
Israel deve "abster-se de expulsar civis palestinianos dos territórios ocupados" e respeitar as obrigações que a Convenção de Genebra lhe impõe.
Resolução 608 (14 de Janeiro de 1988).
O Conselho de Segurança pede a Israel que "anule a ordem de expulsão dos civis palestinianos e assegure o regresso imediato e em total segurança" de todos os que já tenham sido expulsos.
Resolução 636 (6 de Julho de 1989).
O Conselho de Segurança pede a Israel que, em conformidade com as precedentes resoluções deste órgão e com a Convenção de Genebra, "pare imediatamente de expulsar outros civis palestinianos" e assegure o regresso em total segurança dos que já foram expulsos.
Resolução 641 (30 de Agosto de 1989).
O Conselho de Segurança "lamenta que Israel, potência ocupante, continue a expulsar civis palestinianos" e pede a Israel que assegure o regresso de todos os que foram expulsos.
Resolução 672 (12 de Outubro de 1990).
Depois da violência verificada na Esplanada das Mesquitas/Monte do Templo, o Conselho de Segurança condena "os atos de violência cometidos pelas forças de segurança israelitas" em Al-Haram Al-Charif e noutros lugares sagrados de Jerusalém, e pede a Israel que "cumpra escrupulosamente as obrigações jurídicas e as responsabilidades que lhe competem" em relação aos civis dos Territórios Ocupados.
Resolução 673 (24 de Outubro de 1990).
O Conselho de Segurança condena Israel por se recusar a aplicar a Resolução 672.
Resolução 681 (20 de Dezembro de 1990).
Israel é instado a aplicar a Convenção de Genebra.
Resolução 694 (24 de Maio de 1991).
O Conselho de Segurança declara que a expulsão de mais quatro civis palestinianos em Maio de 1991 pelas forças israelitas constitui uma violação da Convenção de Genebra.
Resolução 799 (18 de Dezembro de 1992).
O Conselho de Segurança condena as quatrocentas expulsões de Dezembro de 1992, sublinhando que essa atuação é contrária às obrigações internacionais impostas a Israel pela Convenção de Genebra. O Conselho reafirma a independência e a integridade territorial do Líbano.
Resolução 904 (18 de Março de 1994).
Na sequência do massacre da mesquita de Hebron, o Conselho de Segurança exige a Israel que tome as medidas necessárias "para prevenir atos de violência ilegais por parte dos colonos israelitas" contra civis palestinianos.
Resolução 1322 (7 de Outubro de 2000).
Na sequência do início da Segunda Intifada, o Conselho de Segurança lamenta os atos de violência e condena o "recurso à força excessiva contra os palestinianos". Pede a Israel que respeite as suas obrigações relativas à Convenção de Genebra.
Resolução 1397 (12 de Março de 2002).
O Conselho de Segurança pede o "fim imediato de todos os atos de violência, incluindo todos os atos de terror e todas as provocações, incitações e destruição", solicitando a cooperação dos israelitas e dos palestinianos com o objetivo de retomarem negociações.
Resolução 1402 (30 de Março de 2002).
Depois da reocupação total da Cisjordânia, o Conselho de Segurança pede um cessar-fogo imediato e a "retirada das tropas israelitas das cidades palestinianas".
Resolução 1405 (19 de Abril de 2002).
O Conselho de Segurança declara que "é urgente que os organismos médicos e humanitários tenham acesso à população civil palestiniana".
Resolução 1435 (24 de Setembro de 2002).
O Conselho de Segurança exige "a retirada rápida das forças de ocupação israelitas das cidades palestinianas". Pede à Autoridade Palestiniana que "leve a tribunal os autores de atos terroristas".
Resolução 1515 (19 de Novembro de 2003).
O Conselho de Segurança declara-se "empenhado na perspectiva de uma região na qual dois Estados, Israel e a Palestina, vivam lado a lado, no interior de fronteiras seguras e reconhecidas", pedindo em consequência que as partes em conflito cumpram as obrigações relativas ao "Roteiro para a Paz" do Quarteto.
Resolução 1544 (19 de Maio de 2004).
O Conselho de Segurança pede a Israel que respeite "as obrigações que lhe são impostas pelo direito humanitário internacional" e "a obrigação que lhe é imposta de não enveredar pela destruição de habitações".
Resolução 1850 (16 de Dezembro de 2008).
O Conselho de Segurança apóia o processo de Annapolis e pede às partes que "se abstenham de qualquer medida suscetível de abalar a confiança", bem como que "não ponham em causa a conclusão das negociações".
Resolução 1860 (8 de Janeiro de 2009).
Depois da incursão do exército israelita na Faixa de Gaza, o Conselho de Segurança exige "a instauração imediata de uma cessar-fogo duradouro e plenamente respeitado que conduza à retirada total das forças israelitas da Faixa de Gaza". Pede que não seja obstruída a entrada das organizações médicas em Gaza e que seja impedido o tráfico ilegal de armas.
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terça-feira, 17 de março de 2009
A Trégua em Gaza - São os Negócios
Laerte Braga - Carta OBerro - 19/01/2009
http://serverlinux.revistaoberro.com.br/pipermail/cartaoberro/2009-January/000245.html
Três fatores foram determinantes para a decisão do governo nazi/sionista de Israel decretar unilateralmente uma "trégua" no genocídio contra palestinos de Gaza. O primeiro deles a reação de parte da opinião pública israelense com atos de protesto dentro do país, diariamente, além do aumento do número de jovens que se recusam a prestar serviço militar em repúdio aos crimes nazi/sionistas. A maioria dos israelenses apóia a ofensiva, mas essa maioria é menor que em ações terroristas anteriores.
O segundo é praticamente uma extensão do primeiro ao resto do mundo. A indignação em todos os cantos com as barbáries e atrocidades praticadas pelas hordas nazi/sionistas contra palestinos. Ficou evidente ao mundo inteiro que os palestinos desejam construir uma nação e os israelenses têm apenas negócios na região. São assassinos impiedosos como conseqüência disso.
O terceiro é de suma importância para o "povo eleito". O contribuinte/cidadão norte-americano às voltas com desemprego, crise, falências, ajuda a bancos, montadoras de automóveis, percebeu que nesse processo todo o custo Israel é dos mais altos e é ele quem financia a carnificina nazi/sionista em Gaza, como foi ele quem financiou todo o processo de construção do estado terrorista de Israel.
E pior, do ponto de vista dos terroristas nazi/sionistas, o cidadão/contribuinte começa a perceber que os grandes escroques do país, banqueiros, empresários, são em absoluta maioria controlados por grupos sionistas. Logo...
"O massacre não somente se justificou como o Estado de Israel não existiria sem essa vitória". Menahim Beguin, terrorista e ex-primeiro ministro de Israel, após o massacre de velhos, mulheres e crianças na aldeia palestina de Deir Yassin.
A invenção de Israel está intrinsecamente ligada ao terrorismo. A massacres.
O duce de Tel Aviv Ehmut Olmert, numa reunião com seu gabinete, concluiu que os "negócios" poderão ser afetados a curto prazo e a médio e longo prazos manter essa máquina genocida deve encontrar oposição de boa parte dos contribuintes/cidadãos norte-americanos, pelo menos neste momento. Foi alertado pela quadrilha nos Estados Unidos.
A turma está começando a não poder mais tomar Coca Cola todo dia, comer sanduíches do McDonalds no almoço e no jantar e em vários pontos da maior potência terrorista do mundo muitos estão dormindo nas ruas perdendo suas casas financiadas por bancos de nazi/sionistas.
Nesse jogo complicado o terrorista Dick Chaney padrinho do nazi/sionismo vai deixar de ser vice-presidente (controla as cordinhas que movimentam Bush) e isso é ruim também.
O desejo de atacar o Irã ficou só na vontade, ou para mais tarde se conseguirem recuperar o prestígio perdido e condições materiais para tanto. Agora, como diria aquele técnico de futebol tomando uma goleada de dez a zero, é hora de "arrecua os harfies pra evitar a catastre".
Vai ficar difícil sustentar o epíteto de terrorista imputado ao Hamas quando se despeja armas químicas e biológicas sobre crianças, mulheres, um povo inteiro em sua própria terra, em suas casas. E se apropria da água e das reservas de gás natural desse povo em roubo escondido pela mídia pró nazi/sionismo.
"A coisa mais trágica da vida humana é um povo infligir ao outro sofrimentos semelhantes aos que sofreu" (Arnold Toynbee, 1961).
Surge pela primeira vez desde a ocupação da Palestina em 1948 por israelenses garantidos por britânicos e norte-americanos, a grande contradição do que um dia chamaram de sonho do povo judeu. E surge dentro de Israel a partir de cidadãos e organizações não governamentais israelenses.
Começa a ser rediscutida a morte de Rabin, assassinado por um sionista, por ter assinado um acordo de paz que assegurava o direito real da nação Palestina. O papel de terroristas como Ariel Sharon e a desintegração de forças políticas interessadas em negociar a paz - dentro de Israel - com a ocupação completa do aparelho estatal por nazi/sionistas.
"A opinião pro-sionistas nos Estados Unidos e nos outros paises é orientada e dirigida do exterior. As investigações sobre a estrutura sionista dos Estados Unidos, levadas a efeito pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado americano, em 1963, deixou este fato estabelecido. A Agencia Judaica pro Israel, a Organização Sionista Mundial e os grupos sionistas locais, inclusive os da Inglaterra e da América, são todos, na realidade, de fato e de direito, uma e a mesma coisa; e todos eles são, juridicamente parte do próprio governo israelense. Os grandes Estados democráticos do Ocidente nada trarão de construtivo para a solução do problema da Palestina e falharão, portanto, na proteção do que lhes restar dos seus interesses no Oriente Médio e, muito menos, seguirão restaurar seu prestigio, até que seja posto fim a esta exploração da tolerância democrática pela propaganda sionista/israelense e com imparcial aplicação da lei. Naturalmente, para tomar as providencias necessárias à regularização das relações entre o Estado de Israel e os cidadão de origem judaica de quaisquer desses Estado democráticos, os governos e o povo terão de compreender e fazer uma distinção fundamental entre a legítima tradição espiritual do judaísmo e substancia exclusivista, discriminatória e anti-democrática do nacionalismo contemporâneo do Israel sionista.
RABINO ELMER BERGER (Presidente do Conselho Mundial para o Judaísmo)
É a constatação de um rabino de prestígio mundial. Pode ser corroborada por outra, a de um terrorista nazi/sionista, o general Moshe Dayan.
"CONFISSÃO DE MOSHE DAYAN
"Foram construídas aldeias judias no lugar de aldeias árabes. Você talvez nem mesmo saiba os nomes destas aldeias árabes, e eu não o culpo porque livros de geografia já não existem, não só os livros não existem, as aldeias árabes não estão lá. Nahlal surgiu no lugar de Mahlul; Kibutz Gvat no lugar de Jibta; Kibutz Sarid no lugar de Huneifis; e Kefar Yehushu'a no lugar de Tal al-Shuman. Não há nenhum único lugar onde se estabeleceu este país que não teve uma população árabe anterior". Moshe Dayan, terrorista de guerra israelense, Se dirigindo ao Technion, Haifa, (como citado em Ha'aretz, 4 de abril de 1969).
Por trás de todas as declarações do duce de Israel ou dos muitos "goering" de seu governo, está a preocupação com os "negócios". A "trégua" foi decidida em Washington. Padrinho Dick Chaney mandou avisar que está saindo e a pressão popular ficando cada vez mais forte e quem vem, Barak ex-Hussein Obama vai ter primeiro que cuidar de devolver empregos, Coca Cola, casas, sanduíches do McDonalds, do contrário vai ser difícil financiar a rede terrorista nazi/sionista.
É hora de tentar tirar lucro do que já foi conquistado.
Preocupação humanitária? Zelo e disposição de paz? Isso não existe para o nazi/sionismo.
Só "negócios" e neste momento os "negócios" correm risco.
A trégua é isso.
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terça-feira, 10 de março de 2009
EUA Bancam o Terrorismo de Israel
EUA Bancam o Terrorismo de Israel
Altamiro Borges - Adital - 19/01/2009
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=36905
O jornal Folha de S.Paulo reproduziu nesta semana, sem chamada de capa ou qualquer destaque, um elucidativo artigo da agência Reuters. Ele informava que "os EUA estão contratando um navio mercantil para levar centenas de toneladas de armas da Grécia a Israel ainda neste mês" de janeiro. Entre outros "materiais perigosos", estariam novos tipos de explosivos e detonadores. Ainda segundo a agência de notícias, "o pedido de envio foi feito em 31 de dezembro" (o genocídio na Faixa de Gaza começou no dia 27), e o serviço sujo, quase clandestino, seria feito por uma transportadora privada alemã.
O Pentágono negou o envio, mas "um comando da Marinha americana confirmou que o carregamento de 325 contêineres de seis metros cada deve ser levado em duas viagens do porto grego de Ashdod, que fica a 38 quilômetros da Faixa de Gaza". O armamento saiu do porto de Sunny Point, na Carolina do Norte e "os documentos estipulam que a embarcação deve ser capaz de 'carregar 5,8 milhões de libras (2,6 milhões de quilos) de peso de explosivo líquido'". A notícia, sem alarde na mídia, veio à tona no mesmo dia em que a inoperante ONU criticou Israel por "crimes de guerra" na agressão em Gaza.
US$ 84,9 bilhões em financiamento
Além de vetar qualquer resolução da ONU contrária ao terrorismo de Estado de Israel, os EUA ainda bancam seu belicismo genocida. Isto não é de hoje. Há décadas que Israel é a cabeça de ponte do imperialismo para suas ambições geopolíticas e econômicas no Oriente Médio - uma região rica em petróleo e nevrálgica na "contenção das potências rivais", como a China e Rússia. No passado, quando alguns países da região tentaram romper a dependência colonial, os sionistas serviram de aríete aos EUA. Quem paga exige retorno. O imperialismo financia os sionistas e garante seus interesses na região.
O jornalista Argemiro Ferreira, autor do livro "O império contra-ataca", prova em seu blog que os EUA financiam o terrorismo sionista. "Nos últimos 60 anos, transferiu-se à responsabilidade do contribuinte americano o ônus de sustentar o estado de Israel e sua devastadora máquina de guerra. Dados conservadores do Washington Report sobre o período de 1947-1997 são assustadores. Benefícios recebidos por Israel: em concessões e empréstimos, US$ 74,1 bilhões; outras, US$ 9,05 bilhões; juros de pagamentos adiantados, US$ 1,65 bilhão. Total: US$ 84,9 bilhões (14,6 mil dólares por israelense)".
O poderoso lobby sionista
Para ele e outros jornalistas de renome, esta relação promíscua e assassina entre EUA e Israel também decorre da influência do lobby sionista nos bastidores da política ianque. "A opção do apoio a Israel, adotada pelos governantes dos EUA desde Harry Truman, resulta menos da tendência geral da população do que do trabalho liderado pelo milionário lobby israelense - o American Israel Public Affairs Commitee (Aipac). De quatro em quatro anos, todo candidato presidencial submete-se no Aipac ao ritual de purificação e declara seu apoio formal a Israel", afirma Argemiro Ferreira, que posta em seu blog uma foto do presidente eleito Barack Obama em recente visita ao Aipac.
O renomado intelectual James Petras também compartilha desta visão. Ele lembra que a Aipac tem 100 mil filiados e 150 lobistas, que atuam em tempo integral nos corredores da Casa Branca e do Congresso. "Mais de 20 deputados e uma dúzia de senadores são sionistas, que apóiam automaticamente as políticas de Israel e pressionam por mais financiamento e armamento dos EUA para sua máquina militar... A Aipac tem pessoas em posições chaves no Tesouro, no Comércio e no Conselho de Segurança Nacional, funcionários no Pentágono e conselheiros no topo sobre assuntos do Oriente Médio".
A "cobertura ideológica" da mídia
Petras observa, ainda, que a influência israelense se estende além dos poderes públicos. "A maioria da indústria do cinema, dos jornais e da mídia eletrônica é de propriedade ou é influenciada por magnatas judeu-sionistas". Na fase que precedeu a invasão de Gaza, a mídia venal reforçou a campanha de que Israel é vítima e de que o Hamas é terrorista. Segundo Petras, o lobby sionista "criou a cobertura ideológica para a 'guerra total' de Israel" - curiosamente, esta foi a manchete da principal revista ianque no Brasil, a Veja.
Após afirmar que o New York Times e o Washington Post são controlados por notórios sionistas, Petras também revela um fato familiar aos brasileiros. Lembra que "escritores, jornalistas e editores estadunidenses louvam e defendem a 'guerra total' de Israel sem identificar sua antiga filiação e identificação com organizações sionistas". Ali Kamel diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, deve ter copiado esta fórmula ao enviar como correspondente à Faixa de Gaza a jornalista Renata Malkes, uma antiga sionista.
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quarta-feira, 4 de março de 2009
Gaza e os Crimes de Guerra de Israel
Gilson Caroni Filho - Adital - 14/01/2009
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=36851
"A única fonte de otimismo, a meu ver, continua sendo a coragem dos palestinos para resistir. Foi por causa da Intifada e porque os palestinos se recusaram a capitular diante dos israelenses que chegamos à mesa de negociação - e não apesar de tudo isso, como alguns insistem em dizer. O povo palestino vai continuar se opondo aos assentamentos ilegais, ao exército de ocupação, aos esforços políticos para pôr um ponto final em sua aspiração legítima de ter um Estado" (Edward Said).
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em dezembro de 2008, que a crise no Oriente Médio demonstrava falta de coragem da ONU por conviver com suas resoluções sabotadas pelos Estados Unidos, setores da imprensa nativa acusaram o governo brasileiro de assumir um viés claramente antiamericano. Passadas duas semanas, com a morte de aproximadamente 900 palestinos, sendo que 200 eram crianças, fatos e falas parecem dar razão ao presidente. Dois pronunciamentos, em especial, merecem destaque. Não só pelos autores como pelos aspectos comuns implícitos.
De um lado, a alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navanethem Pillay, diz que "há indícios de que Israel cometeu crimes de guerra na ofensiva contra a faixa de Gaza". De outro, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, condena resolução do Conselho de Segurança da ONU e pede paciência, pois "Israel está se aproximando dos objetivos que se impôs, mas ainda são necessários mais paciência, determinação e esforço".
Por "indícios", Pillary se refere ao bombardeio de uma escola dirigida pela organização no campo de refugiados de Jabaliya, ao ataque a um abrigo para refugiados e à explosão de um caminhão de suprimentos para a população civil. A declaração de Olmert revela a prepotência de um Estado empenhado na "solução final" da questão palestina. À força de "fatos consumados", como a muralha, os assentamentos, a destruição de moradias e plantações, o monopólio das fontes de água e o êxodo contínuo, a chamada "solução de dois Estados", um israelense e outro palestino parece crescentemente insustentável.
Como bem destacou Oswaldo Coggiolla, "a verdade é que só um cinismo sem limites permitiria chamar "Estado Palestino" aqueles guetos de miséria cercados por colonos e militares sionistas, com franca supremacia econômica, política e militar".
Se, desde as eleições do Hamas, a situação da população de Gaza se deteriorou devido às sanções, especialmente americanas e européias - que deixaram mais de 165 mil trabalhadores árabes sem receber salário - e à ação do governo israelense que passou a reter impostos que recolhia e repassava aos palestinos, é uma ilusão imaginar que isso teria sido diferente caso o resultado do pleito fosse outro.
O grande problema da Palestina, onde vivem cristãos, judeus e islâmicos, é que nenhuma regra parecia valer para os desígnios sionistas. Antes da ofensiva, a região era alvo de incursões e operações militares que danificavam a infra-estrutura e deixavam mais distante qualquer sonho de paz.
Em artigo escrito para o The Independent, Sami Abdel-Shafi, relatava que " os foguetes pouco freqüentes do Hamas - disparados do norte de Gaza para o sul de Israel - eram usados pelo governo israelense como justificativa para a guerra desproporcional contra Gaza". O que Sami não escreveu é que a expansão sionista arruinou a agricultura palestina mediante confisco de terras e a imposição de quotas para a exportações ao mercado israelense.
O sistema hidráulico, desde 1982, é administrado por Israel. Enquanto os habitantes palestinos de Gaza e Cisjordânia dispõem de 115 milhões de metros cúbicos de água por ano (19% dos recursos existentes), a economia israelense e os assentamentos judeus dispõem de 485 milhões de metros cúbicos. Diante desse quadro é fácil antever os objetivos de Olmert: dobrar a resistência palestina e, mediante, "negociações" consentir que a OLP administre um gueto, mantendo Gaza separada da Cisjordânia.
O que Navanethem Pillay parece não se dar conta é que o que ela chama de indícios aponta para algo bem mais dramático: Israel, patrocinado pelos Estados Unidos, há muito trabalha pelo enfraquecimento da ONU, seu sistemático desmantelamento e desmoralização como organismo de mediação entre as nações.
Em 2006, quando atacou o Libano, Israel bombardeou uma instalação da ONU, matando quatro de seus observadores, além de ter atacado comboios e campos de refugiados sob proteção daquela instituição. Pillary deve saber que nenhum desses atos recebeu sequer uma condenação formal das Nações Unidas, graças ao veto estadunidense no Conselho de Segurança. É bom lembrar que 30% dos mortos eram crianças com menos de doze anos de idade.
Na cartilha do arranjo geopolítico regional, a definição de crime de guerra depende de quem o executa. E aos que pensam que a história está se repetindo em Gaza, convém fazer um lembrete: não confundam repetição com continuidade. O que Israel proporciona ao mundo não passa de farsa e tragédia. As duas não são excludentes. E o ódio resultante dessa combinação é incalculável.
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Réquiem por Israel? A criação de Israel é um ato de ocupação.
Boaventura de Sousa Santos - Agência Carta Maior - 12/01/2009
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15480&boletim_id=514&componente_id=8925
Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada. O artigo é de Boaventura Sousa Santos.
Está ocorrendo na Palestina o mais recente e brutal massacre do povo palestino cometido pelas forças ocupantes de Israel com a cumplicidade do Ocidente, uma cumplicidade feita de silêncio, hipocrisia e manipulação grotesca da informação, que trivializa o horror e o sofrimento injusto e transforma ocupantes em ocupados, agressores em vítimas, provocação ofensiva em legítima defesa.
As razões próximas, apesar de omitidas pelos meios de comunicação ocidentais, são conhecidas. Em novembro passado a aviação israelense bombardeou a faixa de Gaza em violação das tréguas, o Hamas propôs a renegociação do controle dos acessos à faixa de Gaza, Israel recusou e tudo começou. Esta provocação premeditada teve objetivos de política interna e internacional bem definidos: recuperação eleitoral de uma coligação em risco; exército sedento de vingar a derrota do Líbano; vazio da transição política nos EUA e a necessidade de criar um facto consumado antes da investidura do presidente Obama. Tudo isto é óbvio mas não nos permite entender o ininteligível: o sacrifício de uma população civil inocente mediante a prática de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade cometidos com a certeza da impunidade.
É preciso recuar no tempo. Não ao tempo longínquo da bíblia hebraica, o mais violento e sangrento livro alguma vez escrito. Basta recuar sessenta anos, à data da criação do Estado de Israel. Nas condições em que foi criado e depois apoiado pelo Ocidente, o Estado de Israel é o mais recente (certamente não o último) ato colonial da Europa. De um dia para o outro, 750.000 palestinos foram expulsos das suas terras ancestrais e condenados a uma ocupação sangrenta e racista para que a Europa expiasse o crime hediondo do Holocausto contra o povo judeu.
Uma leitura atenta dos textos dos sionistas fundadores do Estado de Israel revela tudo aquilo que o Ocidente hipocritamente ainda hoje finge desconhecer: a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados; não haverá nunca paz, qualquer apaziguamento será sempre aparente, uma armadilha a ser desarmada (daí, que a seguir a cada tratado de paz se tenha de seguir um ato de violação que a desminta); para consolidar a ocupação, o povo judeu tem de se afirmar como um povo superior condenado a viver rodeado de povos racialmente inferiores, mesmo que isso contradiga a evidência de que árabes e judeus são todos povos semitas; com raças inferiores só é possível um relacionamento de tipo colonial, pelo que a solução dos dois Estados é impensável; em vez dela, a solução é a do apartheid, tanto na região, como no interior de Israel (daí, os colonatos e o tratamento dos árabes israelenses como cidadãos de segunda classe); a guerra é infinita e a solução final poderá implicar o extermínio de uma das partes, certamente a mais fraca.
O que se passou nos últimos sessenta anos confirma tudo isto mas vai muito para além disto. Nas duas últimas décadas, Israel procurou, com êxito, sequestrar a política norte-americana na região, servindo-se para isso do lobby judaico, dos neoconservadores e, como sempre, da corrupção dos líderes políticos árabes, reféns do petróleo e da ajuda financeira norte-americana. A guerra do Iraque foi uma antecipação de Gaza: a lógica é a mesma, as operações são as mesmas, a desproporção da violência é a mesma; até as imagens são as mesmas, sendo também de prever que o resultado seja o mesmo. E não se foi mais longe porque Bush, entretanto, se debilitou. Não pediram os israelenses autorização aos EUA para bombardear as instalações nucleares do Irã?
É hoje evidente que o verdadeiro objetivo de Israel, a solução final, é o extermínio do povo palestino. Terão os israelenses a noção de que a shoah com que o seu vice-ministro da defesa ameaçou os palestinianos poderá vir a vitimá-los também? Não temerão que muitos dos que defenderam a criação do Estado de Israel hoje se perguntem se nestas condições - e repito, nestas condições - o Estado de Israel tem direito de existir?
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
É Preciso Parar Israel
Elaine Tavares - Adital - 05/01/2009
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=36712
Elaine Tavares
Assim fala o poeta catarinense Cruz e Souza, negro, excluído, abandonado: "Há que ter ódio, ódio são, contra os vilões do amor". Com ele comungo porque, às vezes, o que se pode fazer contra o rugir do canhão? Na Palestina é assim. Desde 1947 que os canhões israelenses amassam casa, oliveiras e vidas. Perdeu-se a conta dos massacres que acontecem quando um ou outro militante, desesperado com a dor da invasão e da prisão sem fim, toma uma atitude radical. Então, para a mídia, palestino que luta contra a dominação é bandido, mas um estado terrorista que mata civis e rouba terra é legal.
A guerra sem fim que aparece na televisão como coisa natural não nasceu ao acaso. Ela começa quando os Estados Unidos, vencedor da segunda guerra, decide dar, à força, um país aos judeus. O país é a Palestina e tampouco o lugar é escolhido ao acaso, é que ali é a porta de entrada para o Oriente Médio, lugar estratégico na geopolítica, portal do óleo negro. A promessa ao fim da guerra era ter dois estados, o de Israel e o Palestino. Mas, com o passar do tempo, os israelenses foram invadindo mais e mais terras, e os palestinos passaram a condição de "terroristas". Não é incrível?
Hoje, os palestinos vivem confinados em duas grandes áreas dentro do seu próprio território. Vivem trancados, presos dentro de altos muros de concreto. Precisam pedir permissão para sair e entrar na suas casas. Têm de viver de olhos baixos, em atitude de submissão. Mandam neles os soldadinhos israelenses quase imberbes que decidem quem e como passar. O mundo inteiro viu crescer o muro e nada foi feito. É que parece que sempre há uma outra emergência para cuidar.
Na Palestina as crianças brincam nas ruas com o olho espichado para os canhões que toda hora insistem em avançar. Parece que nada é suficiente. O governo de Israel tem um único propósito: eliminar até o último palestino da terra, nada menos que isso. E, diante desse crime, instituições como as Nações Unidas ficam caladas ou fazem moções, como se isso pudesse valer de algo. Penso que alguém precisa parar Israel. Já basta! Não é mais possível que se possa seguir admitindo o que acontece naquela terra bendita. Sinceramente eu não sei como, me sinto impotente, aqui, tão longe. Mas, de algum lugar precisa vir a trava. "Ainda verte a fonte do crime. Obstruam-na!", gritava o poeta Mahmud Darwish. Quem o fará?
Os palestinos estão agora sob o fogo de Israel, de novo. Pelas ruas os corpos se espalham. Mulheres, crianças, velhos, jovens, que nunca crescerão. A terra santa se banha de vermelho. As mulheres gritam. E as balas não param. Na TV, quem aparece são os candidatos ao governo de Israel, as autoridades, são eles os que têm a fala. Eu digo que já basta! Que se façam ouvir os gritos das mães, que se veja o vermelho do sangue, porque esta guerra não é um vídeo-game. E que as gentes saiam às ruas, e que pressionem seus governantes para que isso pare. Não é possível que as pessoas achem isso normal. Não é possível que sigam acreditando na Globo e nos jornalistas à soldo.
A Palestina, mais uma vez, está a arder. Mas eu sei que, ainda que todos tombem, sempre haverá quem se lembre. E sempre haverá, forte, o ódio contra os vilões do amor. Assim, tal e qual Mahmud Darwish, cada palestino, mesmo morto, cantará: "Ó rocha sobre a qual meu pai orou, Para que fosse abrigo do rebelde, Eu não te venderia por diamantes, Eu não partirei, Eu não partirei!"
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