sábado, 8 de dezembro de 2007

A Acessibilidade de Todos Depende de Cada Um



A Acessibilidade de Todos Depende de Cada Um

Júlia Gaspar - http://www.expobrasil.org.br/?q=node/94


Profissionais acreditam na reeducação para facilitar o dia-a-dia de pessoas com deficiência


"Cada um tem o seu papel para tornar a cidade acessível". Para Teresa Cristina Pires, arquiteta urbanista, é preciso trabalhar a mudança de mentalidade, através da implementação de grades sobre o tema nas faculdades e cursos técnicos, para o entendimento de que a acessibilidade deve ser promovida por todos. "Não é colocar rampas e elevadores porque a lei obriga, mas ter a consciência, que venha de forma espontânea e natural", diz a arquiteta.



Mas o procedimento de lei é necessário.Teresa Pires afirma que ainda se observa uma grande resistência pelos profissionais de arquitetura e também pelos clientes em realizar projetos que incluam as necessidades de deficientes físicos. Ela explica que, a partir de 2004, a prefeitura municipal de Natal exige a apresentação do Projeto Complementar de Acessibilidade para liberação do alvará de construção, reforma ou mudança de uso. "Para a liberação de alvará, a prefeitura precisa manter esse procedimento de obrigar que a norma seja adotada como um parâmetro técnico, senão o desrespeito é ainda maior", lamenta. Como exemplo, ela relata a quantidade de ônibus com rampa em Natal, que são apenas quatro; e em Fortaleza são 16, um número também muito inferior ao necessário.

Teresa Pires considera que a acessibilidade é o direito de todos à cidade e não deve ser pensada apenas por indivíduos com deficiência. "Não se permite mais pensar em acessibilidade somente às pessoas com deficiência, tendo em vista que é um atributo muito mais amplo, relacionado a todos que usam os espaços da cidade", explica a arquiteta. Para ela, o direito à cidade se materializa apenas com a intervenção de políticas públicas.



Conscientização Social pela igualdade de direitos

Priscila Selares é advogada do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD) e deficiente visual. Ela considera que a acessibilidade é a chave para a inclusão social. "A maioria das pessoas acredita que somos incapazes de desempenhar as mesmas funções de pessoas sem deficiência, cheguei a ser destratada por escreventes em cartórios", conta a advogada. Para Priscila, a mudança da realidade é uma necessidade urgente, mas é fruto somente da conscientização social. "Um cadeirante ou muletante não consegue acesso à maioria das escolas. Não há intérprete de libras e os professores não são preparados para receberem os alunos com alguma deficiência",
lamenta.

A advogada cita os vários aspectos que precisam ser repensados para que a cidadania seja um direito de todos: educação, trabalho, moradia, saúde, comunicação e transporte. "As escolas, as empresas, os condomínios, os hospitais, sinalizações, ônibus e metrôs, nada disso está pronto para receber pessoas com deficiência". Ela protesta pelo direito de ir e vir e pela igualdade de tratamento a todos. Priscila Selares acredita que esses
itens fundamentais são possíveis apenas com conscientização social.






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Um comentário:

  1. É preciso respeitar os direitos de todas as pessoas com deficiência para que possam exercer em toda a sua plenitude a sua cidadania. Isso é um dever do Poder Público. Drauzio Milagres.

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