Quarta-Feira Agora é Zeca-Feira
Dia de Envenenamento por Álcool
Dia de Envenenamento por Álcool
Na luta para se obter um regulamento justo para a publicidade de bebidas alcoólicas cada um tem que fazer a sua parte pois a vitória só será possível se for de todos.
O colunista Gilberto Dimenstein (texto abaixo) é suficientemente responsável para fazer o seu dever ao denunciar o cantor de pagode Zeca Pagodinho por se prestar como garoto propaganda do alcoolismo e classificá-lo de otário. E você? Será que você não pode fazer mais do que tem feito ou fazer o mínimo que ainda não fez em prol desta causa nobre em favor da juventude e da classe trabalhadora deste país?
E por falar em famosos se prestando para tão maléfica propaganda seria bom que todos tivessem visto a entrevista da cantora de rock Rita Lee que confessa ser alcoólatra e dependente de drogas e que trava uma luta íntima contra tais moléstias mortais. "Nunca se pode afirmar ter vencido o álcool e as drogas pois, dependendo das circunstâncias o pesadelo pode voltar!" afirma a cantora.
A propaganda da cervejas é insidiosa. Ainda neste domingo na transmissão do jogo Náutico X Vasco havia no meio do campo um prismo em letras garrafais com a marca de uma cerveja e a inscrição: "Quarta-Feira é Zeca-Feira". É que o consumo de álcool aumenta consideravelmente a medida que se aproxima o fim de semana já que as bebidas alcoólicas está associada ao lazer e à diversão. O que as indústrias querem é aumentar o consumo já a partir das quartas-feiras quando a jornada semanal de trabalho está na sua metade e a juventude nas escolas . E chamar a quarta-feira de zeca-feira é uma referência a Zeca Pagodinho, o pagodeiro que faz shows tomando tragos de bebidas alcoólicas.
Pena que tenhamos tantos compatriotas otários ao se preocupar tanto com as futricas da política e não ver onde está, realmente, os magnos problemas de nossa pátria.
Didymo Borges
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O Otário Zeca Pagodinho
Gilberto Dimenstein - Folha OnLine - 22/05/2007
Gilberto Dimenstein - Folha OnLine - 22/05/2007
Zeca Pagodinho virou um dos pontos centrais do debate sobre a restrição da propaganda do álcool no Brasil. Ele é apontado pelo Ministério da Saúde como um artista socialmente irresponsável - afinal, empresta sua imagem para vender mais bebida. Não é certo que ele seja vitrine nesse debate.
Claro que Zeca Pagodinho está ajudando a disseminar o álcool, e, sendo uma figura pública, merece ser cobrado. Mas o que ele ganha de dinheiro vendendo bebida não é quase nada perto do que publicitários, veículos de comunicação e as indústrias recebem.
Quem deveria estar à frente desse debate não é Zeca Pagodinho, mas as empresas, muitas das quais têm códigos de ética e mesmo projetos para melhorar a educação pública - mas cujos anúncios seduzem os jovens e os colocam em risco, graças, em parte, à associação do álcool a esporte, sucesso, saúde e sensualidade.
Zeca Pagodinho se imagina esperto ao brigar publicamente com o Ministério da Saúde, mas, nessa polêmica, está fazendo papel de otário.
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Ainda sobre a Zeca Feira.
ResponderExcluirAs empresas de bebidas alcoólicas insatisfeitas com a bebedeira que começa nas tardes de sexta-feira e se prolonga até a madrugada de segunda-feira, resolveram incrementar a bebedeira também nas 4as. feiras. Afinal, é mais um dia conquistado no coração da juventude, alvo principal destas campanhas, ou você já viu algum comercial da Brahma com velhos e decrépitos. São todos jovens, bonitos e sarados.
Assim, ganhamos mais uma noite de acidentes de automóveis, atropelamentos, mortes e mutilações.
Saúde!
Zahar
A hipocrisia da Sociedade é assustadora. O álcool é tão nocivo, e causador de tantas tragédias, que deveria haver campanhas inibidoras de consumo. Um abraço. Drauzio Milagres.
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