A Morte da Eutanásia
Redação do Diário da Saúde - 31/03/2010
http://www.diariodasaude.com.br/
Associação de médicos defende o fim do uso da palavra eutanásia, trocando-a pela descrição precisa dos procedimentos adotados,
juntamente com o esclarecimento dos prováveis resultados. [Imagem: Wikimedia].
Viver ou morrer, com dignidade
É hora de descartar a palavra eutanásia, porque ela mistura ideias e valores que confundem o debate sobre a morte.
Esta é postura firme defendida pela Associação Médica do Canadá e exposta nesta semana no periódico da instituição.
"O debate sobre o fim da vida parece particularmente sobrecarregado pela confusão sobre o termo 'eutanásia'", escreve o Dr. Ken Flegel. "Ambos os lados usam-no para reforçar seu ponto de vista ideológico: um lado quer dizer assassinato, o outro quer dizer misericórdia; o direito à vida versus o direito de morrer com dignidade; egoísmo versus compaixão".
O que é eutanásia
O termo eutanásia vem do grego eu (bem, fácil) e thanatos (morte) e foi cunhado em 1646 para significar uma morte suave e fácil.
Uma nuance foi introduzida em 1742 para referir-se aos meios de se atingir uma morte assim e, em 1859, foi dado ao termo a conotação de uma ação para induzir uma morte.
Os dicionários modernos têm uma grande variedade de definições, mas todas elas implicam o mesmo significado, uma ação intencional para provocar a morte de alguém que está sofrendo.
Cuidados paliativos
"O significado amplo de eutanásia tem inadvertidamente incorporado um conjunto de ações que também envolvem o alívio dos sintomas em pessoas que estão morrendo", escrevem os autores.
"Por exemplo, a administração de narcóticos para aliviar a dor em pacientes com câncer e a adição de sedativos para dar conforto e minimizar a agitação são cuidados compassivos, mesmo quando as quantidades necessárias aumentam a probabilidade de morte. Pode-se argumentar que, em tais circunstâncias, a morte torna-se um efeito colateral aceitável de um cuidado paliativo. Mas, a nosso ver, não é eutanásia".
Papel dos médicos frente à eutanásia
Segundo a Associação, os médicos podem ajudar nessa discussão não utilizando-se do termo eutanásia para se referirem às ações tomadas para auxiliar pacientes terminais e, em vez disso, podem nomear e definir claramente cada ação, bem como suas possíveis repercussões.
"Como médicos, nós devemos promover o debate honesto, ajudar na definição de termos e de ações, evitar polarizar ainda mais este importante debate com os nossos próprios valores e ideologias e ajudar a educar o público para aumentar o engajamento nesta importante questão social," concluem os autores.
"Então, o próprio termo 'eutanásia' poderá experimentar sua própria morte suave", defendem eles.
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Bem amigo eu sou contra, pois onde há vida há esperança.
ResponderExcluirAbraços forte
Amigo Drauzio,
ResponderExcluirEsse assunto é bastante complexo e controvertido.
Muito difícil tomar decisões quando pensamos no apego material e deixamos de pensar na espiritualidade.
Abraços
Onde há vida há esperança... também penso assim!
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