sábado, 27 de fevereiro de 2010

INT cria colete para pessoas com deficiência


Instituto Nacional de Tecnologia cria colete para deficientes físicos

Redação do Diário da Saúde - 08/02/2010
http://www.diariodasaude.com.br/

O protótipo inicial do colete foi obtido a partir de modelo tridimensional gerado com auxílio de equipamento de prototipagem rápida,
baseado nos dados da tomografia computadorizada da coluna do garoto. [Imagem: INT/Ricardo Fontes/Guilherme Alves/Gil Brito]



Colete para deficientes

Um colete, desenvolvido sob medida por designers da área de Desenho Industrial do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) pode melhorar as condições de vida de pessoas com deficiências.

A iniciativa surgiu a partir de demanda da Secretaria Municipal de Educação de Niterói, no Rio de Janeiro, para desenvolver uma tecnologia capaz de sustentar a coluna vertebral de um menino de 11 anos, portador de paralisia cerebral, escoliose acentuada e quase nenhum tônus muscular.

O protótipo inicial do colete foi obtido a partir de modelo tridimensional gerado com auxílio de equipamento de prototipagem rápida, baseado nos dados da tomografia computadorizada da coluna do garoto e agregou o trabalho de estilistas da empresa O Estudio, especializada em design e moda.



Esqueleto externo

A intenção do colete é manter a coluna e o pescoço eretos, permitindo mais segurança, conforto e mobilidade para a pessoa com limitação física.

Fugindo de modelos convencionais, rígidos e sustentados por uma faixa ao redor da cabeça, o modelo do INT é desenvolvido em material leve, flexível e utilizando um boné ou uma gola para sustentar o pescoço.

Atuando como um exoesqueleto, o acessório abraça confortavelmente o corpo, por cima da roupa. A estruturação do tórax permite que o deficiente físico não caia quando sentado, impedindo também que penda excessivamente para o lado mais defeituoso.



Modelo volumétrico

A técnica empregada para a confecção assemelha-se à usada em roupas para mergulhadores. O colete é composto por três camadas: uma tela aramada flexível, e duas camadas de borracha EVA (etileno vinil acetato), uma mais espessa perto do corpo e, na parte externa, uma camada mais fina.

A confecção do protótipo teve como base imagens tridimensionais da coluna do menino, por meio da tomografia, e o tratamento delas em um software específico. As imagens permitiram criar o modelo da estrutura óssea interna e da estrutura externa do tórax e produzir um manequim em tamanho real com o auxílio da máquina de prototipagem rápida. Esse modelo volumétrico serviu para a criação dos moldes finais dos coletes.

Desenvolvido com recursos do INT, a intenção da equipe que elaborou o projeto, é buscar agora o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para aprimorar e difundir para toda a sociedade os resultados deste projeto.












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Aparelho auditivo digital de baixo custo



USP desenvolve aparelho auditivo digital de baixo custo
Valéria Dias - Agência USP - 24/02/2010
http://www.diariodasaude.com.br/



O conceito de equipamentos genéricos pode ser usado para outros produtos médicos como
marcapasso, desfibrilador, bombas de infusão e equipamentos de diagnóstico, como audiômetros. [Imagem: Ag.USP]




Aparelho auditivo genérico

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram um aparelho auditivo digital de baixo custo a partir de componentes eletrônicos padronizados, que podem ser comprados no mercado.

É uma espécie de modelo "genérico" de aparelho auditivo retroauricular (usado atrás da orelha), batizado de Manaus, que apresenta, entre os diferenciais, autonomia de 440 horas com uma bateria e quatro programas de adaptação, além de baixo custo operacional - tanto na hora da compra quanto em sua manutenção.



Aparelho auditivo de US$100,00

Outra vantagem é que o aparelho auditivo genérico é um produto nacional, em um mercado dominado por empresas internacionais.

"O Manaus apresenta um custo de produção artesanal de US$ 140,13, considerado baixo quando comparado aos disponíveis no mercado", conta o engenheiro eletrônico Sílvio Penteado, do Laboratório de Investigações Acústicas (LIA) da FMUSP e autor de uma tese de doutorado sobre o tema.

"Numa produção seriada esse preço poderia chegar a US$ 100,00", completa. De acordo com Penteado, o projeto envolve uma plataforma eletrônica genérica, a qual permite o desenvolvimento de próteses auditivas de vários tipos.



Tecnologia dos aparelhos auditivos

Penteado conta que a Portaria 587 do Ministério da Saúde classifica os aparelhos auditivos como tecnologia A (básica), tecnologia B (intermediária) e tecnologia C (avançada), de acordo com seus recursos eletroacústicos.

Segundo o engenheiro, os aparelhos auditivos disponíveis no mercado são comercializados no varejo com preços que podem chegar a até R$12.000,00 (tecnologia C). Já para o Sistema Único de Saúde (SUS), os valores são de R$525,00 (tecnologia A), R$700,00 (tecnologia B) e R$1.100,00 (tecnologia C).

"Esses valores foram definidos pela Nota Técnica Informativa nº 004, do Ministério da Saúde, datada de 01 de fevereiro de 2007. Antes disso, os aparelhos eram adquiridos exatamente pelo dobro do preço", informa Penteado.

"Os aparelhos de tecnologia A são os modelos analógicos e representam 50% das prescrições do SUS. O tipo B é o intermediário e representam 35% das prescrições. Já o tipo C é o de tecnologia um pouco mais avançada e responde por 15% das prescrições", explica o pesquisador.

"O nosso projeto foi idealizado e desenvolvido para atender a Portaria 587 do Ministério da Saúde. O modelo que desenvolvemos atende às especificações das tecnologias A e B. Isso representa 85% da demanda de aparelhos auditivos do SUS", completa.



Perda auditiva

De acordo com o pesquisador, o Manaus poderá ser usado por pessoas com perdas auditivas classificadas como discretas, moderadas, e moderadas severas. "O aparelho já está em processo de patente e apresenta um ganho auditivo de 62 decibéis (dB)", conta.

No Brasil, de cada 10 aparelhos auditivos vendidos, 6 são adquiridos pelo SUS. Em 2008, o País importou cerca de 242 mil próteses auditivas.

Penteado explica que o custo de manutenção das próteses auditivas importadas é muito alto para os pacientes do SUS. "Se a prótese apresenta algum defeito após o prazo de garantia, que é de cerca de um ano, o usuário acaba desprezando aquele aparelho e solicita um novo para o SUS. Um dos objetivos do projeto é oferecer também uma manutenção de baixo custo", destaca.



Aparelhos auditivos internos

Além do Manaus, os pesquisadores também desenvolveram outros aparelhos, a partir de componentes padronizados: o Florianópolis (tecnologia C), e o Rio de Janeiro e o Sabará (tecnologia B), sendo que estes dois últimos são intracanais (ficam na parte interna da orelha).

"É possível fazer uma família de produtos a partir do mesmo conceito de plataforma eletrônica genérica" garante. Os componentes do aparelho são microfone, processador digital de sinais e receptor, desenvolvidos pelos pesquisadores, e que funcionam com uma programação específica que define o comportamento da prótese.



Programa para fonoaudiologia

Penteado explica que, para os fonoaudiólogos - os profissionais responsáveis por adaptar os aparelhos auditivos para as necessidades dos pacientes - foi desenvolvido um software simples, autoexplicativo e que não necessita de recursos avançados de informática.

"Alguns softwares são tão complexos que exigem que o fonoaudiólogo seja treinado para usar o recurso adequadamente, além de exigirem um computador mais avançado", diz.

Outra vantagem é que o programa foi desenvolvido com quatro configurações de conforto, e o usuário pode selecioná-los de acordo com o ambiente em que estiver "Os aparelhos convencionais apresentam apenas dois ou três programas."



Próteses genéricas

Os testes com o Manaus foram realizados pela pesquisadora Isabela de Souza Jardim, com 60 pessoas portadoras de deficiência auditiva. O Manaus foi comparado a outros aparelhos disponíveis no mercado, classificados nas categorias A e B.

"Os resultados foram considerados satisfatórios de acordo com protocolos internacionais", destaca Penteado.

Segundo ele, o conceito de equipamentos genéricos pode ser usado para outros produtos médicos como marcapasso, desfibrilador, bombas de infusão e equipamentos de diagnóstico, como audiômetros.

"É um projeto que está inserido na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde do Ministério da Saúde que recomenda o desenvolvimento de tecnologias de reabilitação de baixo custo", aponta.

De acordo com os pesquisadores, no último dia 6 de dezembro houve uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, e a receptividade foi muito boa. "A ideia é propormos um modelo semelhante ao dos remédios genéricos para as próteses", finaliza o professor Ricardo Bento.











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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Campanha do WWF - A Hora do Planeta



Panda vira "embaixadora" em manifestação do WWF com luzes apagadas

Ambiente Brasil - 13/02/2010
http://noticias.ambientebrasil.com.br/



A ONG WWF (World Wide Fund for Nature) convocou uma mobilização contra o aquecimento global para 27 de março de 2010 (sábado), chamada "Hora do Planeta 2010".


Neste evento, a ONG espera que um bilhão de pessoas em todo o planeta apaguem suas luzes por 60 minutos, às 20h30. É o segundo ano consecutivo em que ocorre a ação.

Desta vez, o WWF resolveu eleger como "embaixadora" do ato a panda Mei Lan, 3, que nasceu em Atlanta, Estados Unidos, e vai ter "aulas de chinês" para migrar à China.

"Neste Ano Internacional da Biodiversidade, a panda também simboliza a importância de protegermos ecossistemas e espécies em todo o planeta", diz comunicado da ONG, que usa o panda como seu símbolo permanente.

O lançamento da Hora do Planeta aconteceu nesta quinta-feira (11) em Chengdu, cidade chinesa que abriga a panda.

O WWF informa que 113 cidades brasileiras, incluindo 13 capitais, participaram da mobilização no ano passado. Ícones como o Cristo Redentor, a ponte Octavio Frias de Oliveira (ponte Estaiada), o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro por 60 minutos.
(Fonte: Folha Online).



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Panda Mei Lan









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O improvável encontro da esperança com a realidade



Contribuição de José Romeiro




O improvável encontro da esperança com a realidade
Washington Araújo - Adital - 23/02/2010
http://www.adital.com.br/


Washington Araújo


A cultura do big Mac - aquele sanduíche carro-chefe da franquia Mcdonalds - começa a produzir seus frutos mais nefastos e perniciosos para esta e as próximas gerações. É a cultura do transitório e do efêmero onde nada dura nem perdura, nada progride, mantém-se... e só. O marketing coloca o supérfluo sob lente de aumento e a felicidade é poder estar dentro da moda, moda-vagalume com cada vez menos tempo de vida, sendo sempre substituída por outro artificialismo como a se enraizar no espaço entre as nuvens. É claro que temos um estilo de vida moderno que mostra ser cada vez mais insustentável, seja no aspecto moral seja no material, apenas estilo de vida descartável onde colocamos em sua voraz fornalha o que temos de mais precioso - nosso tempo.


Cansado de viajar em fim de semana para dar palestra, participar de evento universitário, fazer seminário sobre mídia e direitos humanos, viagem que em geral começa na noite de sexta-feira e acaba logo após o meio-dia do domingo, não é que terminei sucumbindo à idéia de comprar aquela maquininha criada pela Amazon.com e que atende pelo nome Kindle?

É que viajando 2/3 da bagagem é formada por livros. Livros que me oferecem a possibilidade de acompanhá-los. Pois bem, a maquininha cumpre parte do que alardeia: armazena mais de 1.500 livros digitalizados e sua bateria dura exatas duas semanas. Mas, como já intuía, não cumpre exatamente aquilo que mais apregoa: a possibilidade de usá-la como se estivesse com um livro entre as mãos.



Cara de jornal molhado

Com sua cara de jornal molhado as páginas, com as letras serifadas pretas sobre fundo cinza nem de longe essa "tela" lembra página de livro. Num primeiro momento satisfaz como depósito de quinze centenas de livros logo aqui, bem ao alcance das mãos. Num segundo momento sinto a estranheza ao já familiar toque humano tão longamente acostumado ao papel celulose e flexível. Olho o Kindle como embalagem de plástico e o livro como presença afetiva. Por mais que avance na leitura do texto meus olhos não mensuram de imediato o texto percorrido. O kindle parece imutável como aqueles gigantescos moais da ilha de Páscoa. E se antes fazia breves pausas para sentir mais fundamente a emoção suscitada pelo poema ou a situação evocada na crônica de autor talentoso deixando o livro escorregar sobre o peito, aberto até onde a leitura conseguira ir, o que fazer com o kindle com sua forma de tabuleta que nunca se abre? Ah e o cheiro de livro? Não, não é desprezível o cheiro de livro bem impresso e bem encadernado, o olfato festeja a obra assim como os olhos festejam as palavras.

Se antes imaginava o futuro do livro como aquele objeto que tornaria possível lê-lo durante o banho, vejo que nenhum leitor digital é afeito ao contato com água. Neste aspecto são gremlins onde gotas d'água podem ser fatais. O quesito quantidade é bem atendido e não resta dúvida alguma. Mas o quesito qualidade como pressentia perde por nocaute. Grande parte dos livros digitalizados, ao menos neste ano de 2010, existe apenas em língua inglesa. Em português tive que me contentar com o indispensável Machado de Assis, alguns livros de Eça de Queiróz, Fernando Pessoa e outros de Humberto de Campos. Estão digitalizados porque já são de domínio público e ninguém há para reclamar o pagamento de direitos autorais.

Apenas por isto. Mas, para que me serve o kindle se não posso depositar sob seus cuidados o Declínio e Queda do Império Romano de Edward Gibbon, A História da Civilização de Will Durant, Armas, Germes e Aço de Jared Diamond; Cadeira de balanço de Carlos Drummond de Andrade, A descoberta do mundo com crônicas de Clarice Lispector, O Apanhador no Campo de Centeio de Jerome David Salinger e Cem Anos de Solidão de Garcia Marquez?

A segurança de ter ao alcance dos olhos - e depois das mãos - o registro daqueles momentos mágicos em que o gênio criador irrompeu nas vidas de Goethe e Machado, Pessoa e Heine, Schiller e Salinger e delas fez surgir companheiros de viagem que desafiam o tempo, a memória e os modismos também é o grande atrativo do kindle. Segurança que vez por outra sucumbe ao efêmero, ao que é feito para não durar e se apresenta tão volátil quanto o capital que a financia e o trabalho que a gera. Sim, há muito deixamos de ser habitantes de catedrais da Idade Média para sermos meros transeuntes de shoppings centers feéricos, onde não deixamos de discernir a passagem do tempo, quando é dia e quando é noite e ainda assim alimentamos a ilusão de que estamos protegidos contra a realidade da vida. E quando ficamos insensíveis à passagem do tempo ficamos imunes à memória e sem memória pouco ou quase nada somos enquanto realidades humanas. Tudo envelhece muito depressa porque há que se alimentar a fornalha do consumo inconseqüente.



Trabalhadores como desempregados potenciais

Vivemos em uma paralisia de poder, anestesiados, precocemente envelhecidos pela idéia que o amanhã é apenas outro nome para hoje. Prisioneiros do dinheiro, viramos reféns de um processo de globalização que nos faz reféns do medo. A miséria foi globalizada e sabemos muito bem o que é um pobre nas palafitas de Salvador, na Bahia de Todos os Santos e outro pobre vivendo nas cercanias de Nova Déli, cidade hiperpovoada onde pedir esmola é crime punido com detenção em regime fechado. O mundo tornou-se tão terrivelmente desigual em suas oportunidades e tão igualitário em suas formas de opressão. O dinheiro que antes circulava fisicamente hoje circula virtualmente. É, por sua natureza, apátrida e como tal não guarda relações de lealdade com os condenados da Terra. Sem vínculo algum com o trabalhador, o capital globalizado vê um desempregado potencial em cada rosto de trabalhador. E não poderia ser diferente já que tratamos aqui da ótica do predador. Primeiro avalia-se a força física, depois psicológica, depois financeira, depois midiática. Até asfixiá-lo.

Jared Diamond argumenta que muitos dos colapsos de civilizações antigas foram os resultados de suicídios ecológicos. O autor de Colapso estabelece assim o paralelo com as sociedades atuais, onde os problemas ambientais são também uma grave ameaça. No entanto, Diamond reconhece que o colapso de uma sociedade ou civilização é quase sempre o resultado da combinação de diversos fatores. Para além da destruição do meio ambiente, ele atribui um papel às alterações climáticas, às relações comerciais com outros países, à existência ou não de povos vizinhos hostis, e, acima de tudo, à capacidade das sociedades adaptarem o seu modo de vida aos recursos naturais disponíveis.

Diamond dá-nos também exemplos de sociedades que, tendo enfrentado problemas semelhantes aos descritos acima, conseguiram, pelas escolhas que fizeram, ultrapassá-los e subsistir até hoje. A Islândia e a ilha de Tikopia mostram como é possível subsistir, mesmo em condições muito adversas, quando as sociedades fazem, em cada momento, as escolhas certas. O meio ambiente da Islândia é um dos mais frágeis do mundo, o que não impediu a sua população de ter um dos rendimentos per capita mais elevados do mundo. A ilha de Tikopia mantém uma população constante de 25 000 habitantes há mais de 2500 anos. Os seus habitantes rapidamente se aperceberam que o frágil meio ambiente da sua ilha não suportava uma população superior. Assim, para além de terem eliminado hábitos antigos, como a criação de porcos, animais que destruíam a frágil vegetação da ilha, utilizaram o aborto e mesmo o infanticídio como formas de controlo da população. Uma ideia fundamental do livro de Diamond é a da necessidade de ajustarmos o nosso modo de vida, produção e hábitos de consumo aos recursos naturais que temos à nossa disposição, dependendo disso a sobrevivência das sociedades atuais.



Quando a droga é a própria vida que se leva

Enquanto isso o desespero humano atinge proporções inauditas. Para alcançar o desespero humano mais completo e mais sofrido leva-se tempo. Combate-se o uso de drogas, essa válvula de escape de crescente legião de desiludidos, sem se dar conta que para a maior parte dos usuários a droga real e intransferível é a própria vida que levam, sem sentido e sem rumo como pequenos barcos de papel lançados em alto mar. E se as taxas de suicídios só fazem crescer nas antes festejadas maiores economias do planeta - como Suíça, Japão e os Estados Unidos - já deveriam ser vistas como tenebrosos alertas de que algo de muito podre vem sustentando o presente estágio de pré-barbárie em que vivemos, um tempo da História onde os recursos naturais continuam sendo saqueados, inutilizados e desperdiçados em benefício de uma cruel elite de senhores feudais que aprenderam a criar a sede e o sono, mas não arriscaram soluções para criar a água e o descanso.

A busca desenfreada pelo cintilar fugaz dos holofotes torna defeituosas gerações de jovens que parecem abdicar em massa de sua condição humana para a condição de produtos expostos em gôndolas de mercados espalhadas ao longo da vida. A certidão de nascimento deixa de ser emitida pelos prosaicos cartórios para virem a existência no momento mesmo em que viram personagens de realities-shows, de pegadinhas sórdidas, de capas de revistas e jornais. Estamos transitando do estágio de nascer para o de estrear.

Se nossos antepassados sofreram horrores inimagináveis que somente uma Idade Média poderia suscitar, nós hoje, seus descendentes, vivemos na ante-sala da Idade Mídia onde tudo se transforma em alucinantes jogos de luzes. A Idade Mídia tem seus cânones. Tudo o que não repercute não é digno da atividade humana de pensar. Tudo o que não entra na escalada de notícias de telejornais não possui existência própria nem autônoma. Tudo o que sinaliza para uma ética dos direitos humanos constitui atentado aos poderes midiáticos constituídos. O planeta inteiro começa a passar em cada vez maiores telas de tevê, lugar mágico onde as "coisas" podem ser vistas, mas não podem ser "tocadas". Mais uma vez incita-se o desejo, mas não os meios de satisfazê-lo.

É um tempo em que toda aspiração que vise elevar a qualidade da vida humana é rotulada como atentado direto ao principio da liberdade individual, pois todo ser humano tem o direito à sua própria infelicidade sem interferência de qualquer poder e não importando em que faixa etária se encontre. Toda pessoa baixa é criança - e, portanto incapaz de autodeterminação - não importa se é filha de anões ou se descende longinquamente de pais de estatura física historicamente baixa. Os tais valores humanos estão com sinais tão trocados que o novelista global Manoel Carlos (de Viver a Vida) vem sendo comparado com William Shakespeare (de Hamlet) e se acha muito natural que criança com meros de 8 anos de idade possa interpretar vilã-mirim em novela das 8 da emissora campeã de audiência no Brasil, sendo então execrável que alguém se atreva a dizer que o "caso" requer imputar responsabilidades a quem de direito: os pais ou responsáveis da criança, a emissora de televisão que lhe facilita o roubo da infância, as varas de família e juizados de menores que deveriam zelar por seu desenvolvimento físico, moral, social.

Terminamos confinados à insônia originária de diversos fatores, dentre os quais destaco a ansiedade irreprimível por comprar e a angústia de não ter como pagar. A insônia nunca foi boa para ninguém salvo os donos de laboratórios farmacêuticos. Não é à toa que os Estados Unidos consomem 53% de todos os sedativos, ansiolíticos e outros medicamentos vendidos de forma legal em todo o mundo e quase 50% das drogas proibidas vendidas ilegalmente no mundo. O patético da história que a nação do Norte conserva em suas fronteiras geográficas não mais que 5% de toda a população mundial.

Do jeito que as coisas vão não haverá o dia em que a esperança venha se encontrar com a realidade.



Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pela UNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil, Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.org - Email - wlaraujo9@gmail.com










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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Oração do Envelhecimento


Oração do Envelhecimento
- autor desconhecido -





Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia. Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião. Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros.


Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.


Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos... quando não há intromissão na vida deles...


Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas no assunto para voar diretamente ao ponto que interessa.


Não me permita falar mal de ninguém. Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças. Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada dia que passa.


Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir demais. Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com alguma paciência.


Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis. Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento, peço: Mantenha-me o mais amável possível.


Livrai-me de ser santo. É difícil conviver com santos! Mas um velho ou uma velha rabugentos, Senhor, é obra prima do capeta!


Me poupe!


Amém!












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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cochilo Estimula Aprendizagem



Cochilo Estimula Aprendizagem
Agência Fapesp - 22/02/2010
http://www.agencia.fapesp.br/




Tirar uma soneca no meio do dia pode promover a capacidade de aprendizagem do cérebro, aponta estudo
apresentado na reunião anual da American Association of the Advancement of Science (reprodução: G.Colbert).



Espanhóis, mexicanos e habitantes de diversos outros países costumam tirar uma boa "siesta" logo após o almoço. Mas o hábito não ajuda apenas a descansar e a fugir do calor do meio do dia. Cochilar também estimula a aprendizagem, segundo indica um novo estudo.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, foi apresentada neste domingo (21/02/2010) na reunião anual da American Association of the Advancement of Science (AAAS), em San Diego, nos Estados Unidos.

De acordo com o trabalho, uma hora de cochilo durante o dia é capaz de restaurar e até mesmo de ampliar os processos cognitivos. Por outro lado, quanto mais horas um indivíduo permanecer acordado, mais "preguiçoso" se torna o seu cérebro - perder uma noite de sono derrubaria a capacidade de armazenar novas informações em cerca de 40%.

"O sono não apenas corrige os prejuízos decorrentes de longos períodos de privação do sono, mas, em nível neurocognitivo, leva a aprendizagem para além de onde estava antes da soneca", disse Matthew Walker, um dos autores da pesquisa.

Os pesquisadores examinaram 39 adultos jovens, divididos em dois grupos, um dos quais cochilava à tarde. Ao meio dia, todos os participantes foram submetidos a rigorosos exercícios de aprendizagem com o objetivo de estimular o hipocampo, região do cérebro que atua no armazenamento de memórias. Os resultados dos dois grupos foram equivalentes.

Às 14h, o primeiro grupo começou um período de sono médio de 90 minutos, enquanto o outro permaneceu acordado. Às 18h, os dois grupos foram submetidos a nova rodada de exercícios. O grupo que ficou desperto teve rendimento pior em relação à rodada anterior, enquanto que aqueles que cochilaram não apenas foram melhor como apresentaram ganhos na capacidade de aprendizagem.

Segundo os pesquisadores, os resultados reforçam a hipótese de que o sono é necessário para "limpar" a memória de curto prazo, de modo a liberar espaço para novas informações. De acordo com o estudo, tais memórias são armazenadas inicialmente no hipocampo antes de serem enviadas ao córtex pré-frontal, que tem mais espaço de armazenamento.

"É como se a caixa de entrada de e-mails estivesse cheia e, até que seja limpa, por meio do sono, não será possível receber mais mensagens", disse Walker.

Segundo os autores do estudo, esse processo de atualização ocorre na fase 2 do sono não REM (sigla para "movimentos oculares rápidos"), que se encontra entre o sono profundo (não REM) e o estado em que os sonhos ocorrem (REM).

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley pretendem investigar se a redução de sono experimentada à medida que as pessoas envelhecem está relacionada à diminuição na capacidade de aprendizagem com a idade.










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Consumo de bebidas açucaradas é ligado ao câncer de pâncreas





Consumo de bebidas açucaradas
é ligado ao câncer de pâncreas
, aponta estudo
France Presse - G1 - 08/02/2010http://g1.globo.com/


Risco é maior para quem bebe suco diariamente, diz pesquisa.
Cientistas, contudo, não descobriram como surge a doença.


Pesquisa descobriu que risco de câncer é mais alto entre pessoas que consomem pelo menos duas vezes por dia bebidas com adição de açúcar.
(Foto: Pauls Wansen/Flickr - Creative Commons by-nd 2.0).


O consumo de bebidas açucaradas aumenta o risco de câncer de pâncreas, de acordo com um estudo norte-americano divulgado nesta segunda-feira (08/02/2010).

Os autores desta pesquisa estudaram os dados sobre consumo de bebidas açucaradas e sucos de frutas de 60.524 pessoas que participaram do estudo em Cingapura, conhecido como Singapore Chinese Health Study.

Os pesquisadores identificaram os casos de câncer de pâncreas e as mortes relacionadas a essa doença em meio as pessoas submetidas ao acompanhamento.

Descobriram que o risco de câncer de pâncreas era mais alto entre os que consumiam pelo menos duas bebidas diárias com adição de açúcar do que entre os demais, segundo seus estudos divulgados na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention.

Não se descobriu, no entanto, uma relação entre o consumo de sucos de frutas e o câncer de pâncreas.

O estudo Singapore Chinese Health Study realiza há 14 anos um acompanhamento da dieta, das atividades físicas, da evolução demográfica e da saúde de 63.000 habitantes de Cingapura.



Israel usa Fósforo Branco em Gaza



Israel pune oficiais
por uso de fósforo branco durante ofensiva em Gaza

Guila Flint - BBC Brasil - 01/02/2010
http://www.bbc.co.uk/portuguese/



Israelenses usaram o fósforo branco durante ofensiva em Gaza


O Exército israelense submeteu dois oficiais a punição disciplinar por terem autorizado a utilização de fósforo branco no bombardeio de um bairro residencial na cidade de Gaza, há um ano.

Segundo o documento enviado à ONU pelo Exército israelense, um general de brigada e um comandante de divisão sofreram punição disciplinar por terem "arriscado vidas humanas" quando autorizaram a utilização de armamentos com fósforo branco para bombardear o bairro de Tel El Hawa, no dia 15 de janeiro de 2009, durante a ofensiva israelense à Faixa de Gaza.

Esta é a primeira vez que Israel admite a utilização de fósforo branco, armamento proibido pelas leis internacionais, contra civis na Faixa de Gaza.

Também é a primeira vez que o Exército israelense anuncia a punição de comandantes militares por atos cometidos durante a ofensiva, que deixou cerca de 1,3 mil mortos do lado palestino e 13 do lado israelense.

A comissão de investigação da ONU, dirigida pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, acusou Israel de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza e exigiu que o governo israelense investigue a atuação de suas tropas durante a ofensiva realizada no ano passado.



Casa destruída por bombardeio israelense no campo de refugiados de Jabaliya.



Em resposta, Israel enviou um relatório descrevendo as investigações que foram realizadas pelo Exército.

ONGs de defesa dos direitos humanos exigem que Israel nomeie uma comissão independente para investigar os atos do Exército e não consideram suficientes as investigações internas feitas pelo próprio Exército.

Antes do envio do documento à ONU, a versão do Exército israelense era de que o fósforo branco teria sido utilizado apenas para fins de "dificultar a visibilidade das tropas pelo inimigo" e não diretamente contra civis.

O armamento, que cria uma espécie de "cortina de fumaça", é altamente perigoso quando atinge pessoas pois gera queimaduras profundas.

No caso mencionado no relatório do Exército israelense, projéteis com fósforo branco atingiram a sede da Agencia de Refugiados da ONU (UNRWA) na cidade de Gaza, deixando vários civis feridos e provocando um incêndio no local.

Segundo porta-vozes militares "o documento enviado à ONU demonstra que o Exército israelense não tem o que esconder".

Os porta-vozes também afirmaram que o Exército "não esperou pelo relatório Goldstone para investigar irregularidades durante a operação".











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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Perigo para os barrigudos



Outra Gordura de Risco

Alex Sander Alcântara - Agência Fapesp - 18/02/2010
http://www.agencia.fapesp.br/




Pesquisa feita no InCor, publicada na revista Atherosclerosis, indica relação entre
gordura visceral abdominal e doença coronariana (divulgação).



As medidas usuais da circunferência da cintura e do quadril e o índice de massa corporal (IMC) podem ser indicadores do risco de desenvolver doença coronariana. Mas um novo estudo aponta um outro indicador, bem menos conhecido: a gordura visceral abdominal.

Segundo a pesquisa, feita no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a área de gordura visceral abdominal superior a 150 cm² aumenta em quase três vezes as chances de adquirir doença arterial coronariana. Nos valores acima de 100 ou 110 cm² começam a surgir complicações metabólicas da gordura visceral, como aumento nos niveis de glicose, colesterol e hipertensão arterial.

A pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista internacional Atherosclerosis, avaliou 125 indivíduos (71 homens e 54 mulheres), com idade média de 56 anos, sem diagnóstico prévio de doença coronária.

Submetidos a exames de tomografia computadorizada, cerca 70 pacientes (56%) apresentaram medidas das áreas de gordura visceral abdominal "significativamente associadas ao diagnóstico de doença arterial coronária", de acordo com o trabalho.

Os pesquisadores também verificaram que, quando os pacientes foram submetidos a exames antropométricos e tomográficos tradicionais, os resultados não indicaram uma associação com a doença nos indivíduos com diagnóstico de doença arterial coronariana, que é caracterizada pelo bloqueio gradual das artérias coronárias.

De acordo com Luiz Francisco Rodrigues Ávila, médico assistente da Divisão de Imagem do InCor e um dos autores do estudo, uma das explicações para a não detecção da gordura visceral (que se encontra em uma estrutura mais profunda dentro da cavidade abdominal) nos exames convencionais é a falta de instrumentos para isolar o tecido adiposo subcutâneo.

"Quando realizamos a medida da cintura em um indivíduo estamos incluindo na aferição o seu tecido adiposo subcutâneo que não está relacionado com doença arterial coronariana. Por isso, medidas semelhantes da circunferência abdominal podem representar riscos metabólicos completamente diferentes por não conseguir estimar com precisão a adiposidade visceral", disse à Agência FAPESP .

O projeto coordenado pelo pesquisador, intitulado "Relação de gordura visceral abdominal e doença coronária avaliada pela tomografia computadorizada de múltiplos detectores", teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

Segundo Ávila, o exame de tomografia computadorizada ainda não faz parte do arsenal padrão de diagnóstico. "Mas, diferentemente do que se imagina, é um exame facilmente reprodutível. Um hospital que tenha tomógrafo, desde o mais simples ao mais complexo, em qualquer lugar do país, pode realizá-lo. É muito fácil de ser feito e é um fator preditivo importante para doença coronária", destacou.

Ele destaca que a tomografia é o único método pelo qual é possível – com um único corte no abdômen na altura do umbigo – identificar e medir o índice de gordura visceral. "É um exame feito apenas com um corte simples no abdômen, na altura do umbigo", disse.

"Quando se vai ao cardiologista e se faz a medida da cintura, cerca-se o risco sem olhar dentro da artéria, considerando a gordura da parede abdominal como se fosse a mesma da visceral, mas são diferentes. A gordura visceral é muito mais perigosa do que a subcutânea", alertou.

O estudo não verificou relação direta entre obesidade e gordura visceral. "Um indivíduo pode ser obeso e não ter um índice elevado de gordura visceral. Ao se analisar a coronária desse paciente, podemos ter ausência de sintomas da doença", disse.

Segundo Ávila, duas pessoas podem ter a mesma medida de circunferência e, no exame de angiografia (método de visualização dos vasos sanguíneos), somente uma delas apresentar diagnóstico de doença arterial coronariana.

A pesquisa também resultou na dissertação de mestrado de Mateus Diniz Marques, médico estagiário do Setor de Ressonância e Tomografia Cardiovascular do InCor, em estudo orientado por Ávila.



Discrepância no diagnóstico

A doença arterial coronariana é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Mas seus sintomas demoram para aparecer. "Até a artéria ter 70% de obstrução, geralmente não há sintomas, e os exames convencionais não apresentam alterações significativas", disse Ávila. Mas, segundo ele, cerca de 68% do infartos têm ocorrido em pessoas que apresentam placa menor que 50%.

"É uma discrepância porque só enxergamos a doença quando ela apresenta obstrução maior do que 70%, mas os pacientes têm tido infarto com placa menor do que 50%. Os exames podem estar normais em relação a outros fatores de risco, mas a pessoa pode enfartar por conta de uma placa que não é detectada nos exames", disse.

Uma das questões, segundo Ávila, é tentar compreender por que a gordura que está na parede do abdômen não tem tanta importância como a que se encontra nas vísceras. "Ambas são depósitos gordurosos, mas a qualidade é diferente. A visceral é mais danosa", explicou.

"Tentamos demonstrar que existe sensibilidade e especificidade da gordura visceral que é muito maior na indicação da doença coronária do que a medida do diâmetro abdominal", disse.

Segundo Ávila, o trabalho terá prosseguimento. "Vamos acompanhar todos os pacientes que foram submetidos às análises. Queremos comparar os dados com análises bioquímicas. O objetivo é identificar outros marcadores no sangue com a gordura visceral alterada", disse.

Os outros autores do artigo são Mateus Marques, Raul Santos, José Parga, José Rocha-Filho, Luiz Quaglia e Márcio Miname.

O artigo Relation between visceral fat and coronary artery disease evaluated by multidetector computed tomography pode ser lido em: www.biomedsearch.com/nih/Relation-between-visceral-fat-coronary/19922936.html.










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Aspirina Reduz Risco de Câncer de Mama



Aspirina reduz risco de morte e metástase do câncer de mama

BBC - Diário da Saúde - 18/02/2010
http://www.diariodasaude.com.br/

A aspirina pode reduzir pela metade as chances de uma mulher que completou o tratamento contra o câncer de mama voltar
a desenvolver a doença ou de o mal se espalhar por outras partes do corpo. [Imagem: BBC].





Pesquisa de longo prazo


Um estudo norte-americano sugere que a aspirina pode reduzir pela metade as chances de uma mulher que completou o tratamento contra o câncer de mama voltar a desenvolver a doença ou de o mal se espalhar por outras partes do corpo, a chamada metástase.

Durante 26 anos, um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard monitorou a saúde de 4.164 enfermeiras que haviam sido diagnosticadas com câncer de mama e tomavam aspirina regularmente e comparou seus quadros clínicos com o de outras pacientes que não usavam o medicamento.



Aspirina contra o câncer

Segundo a pesquisa, comparadas às mulheres que não tomavam o medicamento, as que tomaram aspirina de duas a cinco vezes por semana reduziram em 60% as chances de metástase e em 71% o índice de fatalidades devido ao retorno da doença.

Já as que tomavam semanalmente seis ou sete comprimidos reduziram em 43% a probabilidade de o câncer se espalhar e em 64% de morrer.

"Até onde sabemos, esse é o primeiro estudo que reporta um aumento na taxa de sobrevivência das mulheres com câncer de mama que tomam aspirina", escreveu Michelle Holmes, da escola de medicina de Harvard, em um artigo publicado no Journal of Clinical Oncology.



Redução das inflamações

O estudo, porém, não foi capaz de especificar porque a aspirina tem esse feito sobre as pacientes. Os médicos suspeitam que pode ser devido a habilidade do medicamento de reduzir a inflamação das células do corpo, mas ressaltam que mais estudos são necessários.

Holmes explica que mais de 2 milhões de mulheres norte-americanas portadoras da doença já tomam a aspirina regularmente para prevenir ataque cardíaco.

"Se uma mulher que teve câncer de mama já está tomando aspirina, ela pode se confortar sabendo que talvez ela está ajudando a prevenir a recorrência de sua doença", completou Holmes.



Efeitos colaterais da aspirina

Holmes ressaltou que nenhuma paciente deveria substituir o tratamento normal contra a doença pelo uso de aspirina.

Os especialistas ressaltam também que não é recomendável ainda que portadoras da doença passem a tomar aspirina regularmente, porque a droga tem efeitos colaterais, como o estímulo de sangramentos.










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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Big Brother Brasil, um Programa Imbecil



O educador Antônio Barreto, um dos maiores violoncelistas da Bahia, acaba de voltar ao Brasil.

Desta vez o alvo é o anacrônico programa BBB-10 da TV Globo.

Nesse novo cordel intitulado "Big Brother Brasil, um Programa Imbecil" ele não deixa pedra sobre pedra.

São 25 demolidoras septilhas (estrofes de 7 versos).

http://barretocordel.wordpress.com/2010/01/21/big-brother-brasil-um-programa-imbecil/

http://cachacaaraci.wordpress.com/2010/01/16/o-cordel-do-big-brother-brasil-um-programa-imbecil/







Big Brother Brasil, um Programa Imbecil

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal...
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal...

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara, na BAHIA.

http://barretocordel.wordpress.com/2010/01/21/big-brother-brasil-um-programa-imbecil/

http://cachacaaraci.wordpress.com/2010/01/16/o-cordel-do-big-brother-brasil-um-programa-imbecil/












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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Todo pacote de cigarros financia testes cruéis em animais



Você Fuma?

Todo pacote de cigarros que você compra financia testes cruéis em animais.

Cada um que você fuma contribui para a exploração desnecessária pelas grandes empresas de tabaco.

Pare de fumar.

Por você.

Pelos animais.









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