quinta-feira, 10 de abril de 2008

Celulares fazem mais mal à saúde do que o cigarro

Celulares fazem mais mal à saúde do que o cigarro, diz estudo
Redação do IDG Now! - 01/04/2008
http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2008/04/01/celulares-fazem-mais-mal-a-saude-do-que-o-cigarro-diz-estudo/


Médico divulga estudo alertando para o perigo da exposição à radiação desses aparelhos e sugere redução do uso do aparelho.

Celulares podem matar mais do que o cigarro, revelou estudo do especialista em câncer Vini Khurana, de acordo com matéria publicada no jornal The Independent no domingo (30/03/08). Segundo o médico, as pessoas devem evitar o uso desses aparelhos assim como o governo e a indústria de celulares deviam tomar providências imediatas para reduzir a exposição à radiação.

Isso reforça evidências - principalmente divulgadas pelo IoS em outubro - de que o uso de handsets por dez anos ou mais pode dobrar o risco de câncer cerebral. Essas doenças levam cerca de dez anos para se desenvolverem, invalidando afirmações oficiais de seguradoras que se basearam em estudos recentes que incluíram muito poucas pessoas que usaram celular por esse período.

No início deste ano, o governo francês alertou sobre o uso de celulares especialmente por crianças. A Alemanha também sugeriu que a população diminuísse o uso do aparelho e a Agência Ambiental da Europa pediu que a exposição fosse reduzida.

Khurana, um neurocirurgião que já recebeu 14 prêmios e publicou mais de 36 estudos analisou cerca de 100 estudos sobre o uso de celulares. Ele colocou o resultado da sua pesquisa em um site sobre cirurgia cerebral, e a pesquisa está sendo examinada por um jornal científico.

O médico admite que celulares podem salvar vidas em situações de emergência, mas conclui que "existem fatos mostrando que o uso de telefones móveis está relacionado a tumores cerebrais". Ele acredita que na próxima década isso já estará provado.

Por tumores malignos no cérebro representarem um "diagnóstico terminal", ele acrescenta: "a menos que a indústria e os governos tomem providências urgentemente, observaremos nos próximos dez anos um aumento de incidências de tumores cerebrais e de taxas de morte relacionadas a isso".

"É certo que essa é uma ameaça com maiores ramificações do que o fumo", disse Khurana. Ele afirma que seu estudo leva em conta o fato de três bilhões de pessoas usarem celulares, número três vezes mais do que a população mundial de fumantes.

Na semana passada, a Associação de Operadoras Móveis rebateu o estudo de Khurana, argumentando que essa era "uma discussão pontual de literatura científica feita por só um indivíduo", que ele não apresentou uma análise equilibrada e que há mais de 30 outros estudos de especialistas afirmando o contrário.


2 comentários:

  1. Outra vez esse assunto volta a pauta de discussão. Muito já se discutiu e não houve consenso. As operadoras de telefonia móvel e as fabricantes de celulares vão negar, da mesma forma como a indústria do fumo negava que o cigarro fazia mal. Há indícios de que a radiação emitida pelos celulares podem realmente ser prejudicial à saúde. Precisamos ser comedidos no uso dos celulares para não sofrermos as conseqüências no futuro. Drauzio Milagres.

    ResponderExcluir
  2. Entrei na página da Medscape e encontrei o estudo abaixo. Nele o que se diz que os dados hoje existentes ainda não são suficientemente convincentes para afirma a relação entre uso de celular e câncer cerebral.

    Int J Radiat Biol. 2005; 81(3):189-203 (Uma revista respeitadíssima)

    Moulder JE; Foster KR; Erdreich LS; McNamee JP
    Radiation Oncology, Medical College of Wisconsin, Milwaukee, WI 53226, USA. jmoulder@mcw.edu

    There have been reports in the media and claims in the courts that radiofrequency (RF) emissions from mobile phones are a cause of cancer, and there have been numerous public objections to the siting of mobile phone base antennas because of a fear of cancer. This review summarizes the current state of evidence concerning whether the RF energy used for wireless communication might be carcinogenic. Relevant studies were identified by searching MedLine with a combination of exposure and endpoint terms. This was supplemented by a review of the over 1700 citations assembled by the Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) International Committee on Electromagnetic Safety as part of their updating of the IEEE C95.1 RF energy safety guidelines. Where there were multiple studies, preference was given to recent reports, to positive reports of effects and to attempts to confirm such positive reports. Biophysical considerations indicate that there is little theoretical basis for anticipating that RF energy would have significant biological effects at the power levels used by modern mobile phones and their base station antennas. The epidemiological evidence for a causal association between cancer and RF energy is weak and limited. Animal studies have provided no consistent evidence that exposure to RF energy at non-thermal intensities causes or promotes cancer. Extensive in vitro studies have found no consistent evidence of genotoxic potential, but in vitro studies assessing the epigenetic potential of RF energy are limited. Overall, a weight-of-evidence evaluation shows that the current evidence for a causal association between cancer and exposure to RF energy is weak and unconvincing. However, the existing epidemiology is limited and the possibility of epigenetic effects has not been thoroughly evaluated, so that additional research in those areas will be required for a more thorough assessment of the possibility of a causal connection between cancer and the RF energy from mobile telecommunications.

    ResponderExcluir

Entre no Blogger O Mundo No Seu Dia-a-Dia e faça seus comentários. Um abraço. Drauzio Milagres - http://drauziomilagres.blogspot.com