Animais no ambiente de trabalho aumentam produtividade

Animais no ambiente de trabalho
aumentam produtividade do colaborador
http://www.canalrh.com.br/Mundos/imprimir.asp
Wilame Amorim Lima - 29 de agosto de 2007

Você já imaginou ter um colega de equipe chamado Totó ou Xaninho ou interromper uma reunião pra acariciar o cachorro da empresa? Se não, é bom começar a se preparar. Em muitas empresas, a convivência entre seres humanos e animais de estimação está sendo estimulada graças aos conhecidos efeitos benéficos dos bichos sobre os humanos. Eles são capazes de acalmar, integrar, alegrar e são utilizados em terapias para tratar depressão e outros problemas emocionais.

Mas, agora, os empresários resolveram transferir essas benesses para seus escritórios. Alguns deles descobriram estes efeitos por acaso, uma vez que seus animais foram parar por acidente nas empresas. Um deles foi a Cadela São Bernardo, Brahmma, que foi levada para a agência de Marketing Promocional Brindz pelo seu dono, o funcionário Diogo Siqueira. Brahmma foi retirada do apartamento de Siqueira por falta de espaço e transformou a agência em seu novo 'reino'. O resultado sobre o humor dos colaboradores foi imediato. "De um modo geral, um animal em uma empresa pode ajudar a trabalhar o respeito, o espírito de equipe e a transmitir calma", comenta Siqueira.

O tamanho da São Bernardo e seu temperamento dócil acabaram criando situações inusitadas na agência. A mais engraçada delas foi protagonizada pelo carteiro. "Esquecemos de avisá-lo sobre Brahmma e, quando ele entrou na cozinha, deu de cara com ela querendo brincar". O entregador acabou indo parar em cima da pia e da geladeira, gritando.

Para a Psicóloga Silvana Prado, do núcleo de Psicologia da Organização Brasileira de Interação Homem-Animal Cão Coração (OBIHACC), dois dos benefícios mais notáveis na convivência de um animal em uma empresa é o aumento da auto-estima e da produtividade no ambiente de trabalho.

A explicação tem fundamentação orgânica. Pessoas que convivem com bichos de estimação costumam se tornar menos ansiosas. Além disso, nota-se uma diminuição dos batimentos cardíacos, queda da pressão arterial e dos níveis de trigliceres. A presença de animais também aumenta a produção de serotonina, responsável pela sensação de bem-estar e regulador das sensações de sono, fadiga e medo. Nos relacionamentos interpessoais, um cão ou outro bicho na empresa auxilia no fortalecimento de vínculos entre os funcionários.

De acordo com Edvania Eldevik, diretora da empresa de comunicação Staff, todos esses aspectos puderam ser notados assim que decidiu levar um gato e um cão para o escritório. De um ambiente sério e sisudo, os bichos levaram mais descontração e alegria ao local, principalmente quando decidem fazer brincadeiras. O gato, por exemplo, ainda é um filhote e sua maior diversão é pular sobre a impressora. "Ele fica impressionado com o barulho dos papéis e outro dia, quase destruiu os documentos", conta a diretora.

Na agência de Relações Públicas Edelman, os funcionários também podem levar seus bichos para o escritório. A idéia surgiu quando o presidente do escritório no Brasil, Ronald Mincheff, levou sua Schnauzer Floppy e percebeu a mudança imediata no humor dos colegas. A partir daí, qualquer colaborador tem autorização para convidar seu bicho para 'trabalhar' com ele às sextas-feiras, desde que avise com antecedência. "Antigamente autorizávamos a presença de mais de um bicho no escritório por sexta, mas era muito cachorro", lembra Mincheff.

Estes dias renderam situações memoráveis. Em um deles, um cachorro acabou fazendo xixi sobre a mesa de um colaborador. Em outra, os funcionários organizaram um "show de talentos" para que a própria Floppy (que é adestrada) exibisse seus dotes artísticos. Nesta semana, por exemplo, será a vez do cãozinho Pepper, da assistente executiva Mônica Smith, comparecer à Edelman. A idéia de abrir as portas para os bichos não é exclusivamente brasileira. A unidade de Atlanta, nos Estados Unidos, também adota a prática e, segundo o presidente, essa tem sido uma excelente maneira de encerrar as semanas de muito trabalho. Entretanto, Floppy não deve marcar presença tão cedo: "Minha mãe a 'roubou' de mim", brinca Mincheff.

Mas, ao mesmo tempo em que ajudam a reduzir o nível de estresse, há o perigo de que os bichos desviem a atenção dos colaboradores? Segundo Silvana, não. Existe, inclusive, a possibilidade de adestrar o animal para discipliná-lo e melhorar a qualidade das experiências obtidas com a presença do bicho. Porém, antes de tomar a decisão de levar um animal para a empresa, é preciso conversar com os funcionários. "A presença do cão deve ser comunicada com antecedência, junto com os benefícios que ele trará para o ambiente de trabalho e para as pessoas em geral", explica a profissional.

Benefícios, por exemplo, como o que a Poodle Toy, Funny, levou para a agência de turismo Let's Go. Segundo sua dona, a sócia-proprietária Jeanine Elias, a Poodle estimula, por exemplo, os colaboradores a fazer pausas mais regulares durante o trabalho, evitando que o nível de ansiedade se eleve. "É comum que as pessoas parem um pouco, façam carinho na Funny, brinquem e, logo depois, voltem ao que estava fazendo", diz Jeanine.

* * * * * * * * * * * * * * * *

Entre no Blogger "O Mundo No Seu Dia-a-Dia" e faça seus comentários:

Atenção:

Não mostre para os outros o endereço eletrônico de seus amigos.
Retire os endereços dos amigos antes de reenviar.
Dificulte o aumento de vírus, spams e banners.

Participe desta campanha, incluindo o texto acima em suas mensagens.

* * * * * * * * * * * * * * * *