quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Se telefonar, não dirija. O risco de acidentes automobilísticos graves é enorme

Se telefonar, não dirija
Riad Younes - Revista Carta Capital nº 556 de 29/07/2009
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=6&i=4681


O uso de telefones celulares revolucionou a comunicação entre as pessoas de forma que muitos esqueceram como vivíamos sem este aparelho fundamental à evolução da espécie.

Tão logo um cidadão adquire o santo instrumento da felicidade humana, imediatamente se torna seu escravo. Viciado em fazer ligações e responder imediatamente a chamados.

Qualquer dúvida, por mais banal, torna-se uma urgência inadiável. A mão se estende rapidamente ao celular. A ligação é feita. Alívio geral. Na maior parte do dia, isso, além de cômico, não faz muito mal. Exceto ao bolso.

Caso a pessoa esteja dirigindo, no entanto, falar ao telefone pode se tornar uma tragédia. Estudos científicos realizados há cinco anos demonstraram, claramente, a relação entre o uso de telefone celular e o aumento do risco de acidentes automobilísticos graves.

A maioria dessas pesquisas aponta para um aumento de 4 a 5,9 vezes nas chances de o motorista se distrair e bater o carro. Recentemente, foram disseminados ao redor do mundo aparelhos capazes de garantir ao motorista a possibilidade de continuar a sua conversa telefônica sem precisar segurar o celular com uma das mãos. Os famosos métodos hands free, ou mãos livres: são fones de ouvido ligados diretamente ao telefone ou a tecnologia blue tooth, conectados sem fio, e ainda equipamentos viva-voz. Todos permitem telefonar mantendo as mãos ao volante.

O problema parecia ter sido resolvido, mas estudos publicados recentemente chamam a atenção para o perigo dessas tecnologias. Uma pesquisa realizada na Universidade do Arizona, em Phoenix, demonstrou que o emprego de equipamentos hands free não conseguiu reduzir de forma clara os riscos de acidentes automobilísticos. Basta falar ao telefone, segurando ou não o aparelho, que este risco aumenta em mais de quatro vezes. O pesquisador D. L. Straver, da Universidade de Utah (EUA), demonstrou que dirigir enquanto se fala ao telefone tem o mesmo nível de risco de acidentes que dirigir bêbado, intoxicado por etanol.

O problema do uso do celular ao volante não é de mãos, mas de cérebro. Problema de foco e atenção. Quando um indivíduo fala ao telefone, constatou Straver, ele mobiliza uma parte importante do cérebro, responsável pela capacidade de atenção.

Um estudo extenso publicado recentemente na revista científica Traffic Injury Prevention fez uma revisão detalhada de todas as pesquisas divulgadas em revistas médicas e chegou à seguinte conclusão. O uso de telefone celular por motoristas aumenta substancialmente o risco de acidentes, tanto para homens ou mulheres, quanto para velhos ou jovens, usando ou não tecnologia hands free.

Os especialistas em segurança de trânsito sugerem leis para banir totalmente o uso de celular ao volante dos carros. Vai ser uma guerra contra os lobbies da indústria dos celulares e de seus acessórios.




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Riad Younes





sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Movimento Cívico - Cansei - OAB







(clique na seta acima para ver o vídeo - duração de 01:00 minuto)
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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Diferenças Entre a Gripe Comum e a Influenza A (H1N1)




(clique na imagem para vê-la ampliada)






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Ação colaborativa pode mudar forma de gerir o mundo



Ação colaborativa pode mudar forma de gerir o mundo
Rodrigo Martins - O Estado de São Paulo - 27/07/2009
http://www.estadao.com.br/tecnologia/link/not_tec2911,0.shtm



Diretor do documentário Us Now incita a fiscalização de governos e empresas e participação do público via web.


As fronteiras entre cidadãos, governos e empresas estão prestes a cair. A era em que governantes e marcas famosas empurravam o que queriam – e escondiam o que também queriam – chega ao fim. Da mesma forma em que, na internet, qualquer banda pode concorrer cada vez mais de igual com artistas de grandes gravadoras, a voz de pessoas comuns interligadas em rede coloca instituições antes inatingíveis no mesmo patamar de qualquer um. Com informações correndo livremente fica fácil acompanhar os passos dos poderosos, sejam eles eleitos ou magnatas do mercado. E, a partir daí, passar a participar das suas decisões.

A teoria é do jovem cineasta Ivo Gormley. Ele nasceu e mora em Londres e tem apenas 27 anos. Há dois meses, disponibilizou de graça na rede um documentário sobre como as pessoas podem e devem influenciar nas decisões de instituições públicas e privadas e como estas devem ouvir os internautas sob risco de sumirem do mapa. O documentário – seu primeiro longa metragem – foi rodado em 2008, antes da eleição de Barack Obama, ou seja, se antecipando à consolidação da tendência mundial de se discutir a presença dos governos na internet, que já levou até o presidente Lula a anunciar para breve o lançamento de um blog.

O documentário tem o sugestivo nome de Us Now, em português, Nós Agora, e está disponível no site www.usnowfilm.com. A justificativa de Ivo para essa mudança nas relações entre cidadãos e instituições é que, na era da internet, onde cada vez mais as pessoas publicam informações sobre si, as relações virtuais baseiam-se em índices de confiabilidade, os quais são medidos em sites como o Ebay, por exemplo, em que os vendedores são julgados pelos compradores. Quanto mais avaliações positivas o primeiro tiver, maior a rua reputação. E isso, como Ivo mostra em entrevistas e casos interessantes, também migra para o mundo real.


"Pela internet, as pessoas podem acompanhar as vidas umas das outras. Está se tornando difícil esconder se você é uma pessoa má, pois tudo o que você fizer virá à tona, seja por você mesmo ou pelos outros", disse ao Link. "Com governo e empresas é a mesma coisa. As informações estão na rede. Se houver corrupção, tentativa de enganar, os cidadãos irão saber. Se antes empresas, por exemplo, conseguiam controlar o que saía sobre elas, hoje não podem mais. Se for ruim, as pessoas vão começar a publicar isso."


Embora essas possibilidades estejam cada vez mais evidentes, Ivo diz que elas ainda não estão em prática como deveriam. Ele, inclusive, afirma que a democracia não funciona como deveria. "As possibilidades da internet ainda são ignoradas", constata.


Mesmo assim, Ivo acredita numa pressão da sociedade. Ainda que estejamos numa época em que as pessoas não sejam muito engajadas politicamente, já há sinais de que isso está mudando. As últimas manifestações no Irã neste ano, por exemplo, em que internautas se mostraram contrários ao presidente eleito, são sinais de que "a internet é um grande entrave à ditadura". Manifestações contra leis que querem punir com a perda da internet quem baixa conteúdo ilegal, como a França queria instituir, também mostram a força dessa mobilização, diz. "Ninguém consegue calar a internet. As pessoas acham uma forma."

Para Ivo, as pessoas hoje se interessam, sim, por política. Só não querem saber da estrutura velha, de partidos. "As pessoas acham que os partidos estão muito distantes. Mas se importam com coisas que afetam diretamente a elas, como melhorias num parque", diz. No documentário, há casos como o de uma cidade em que os investimentos públicos são discutidos com os cidadãos na praça da cidade. E há um time de futebol em que os torcedores, pela web, escolhem a escalação nos jogos. "Acredito que, como têm voz e acesso à informação, as pessoas irão começar a questionar as prioridades dos governos e instituições, começar a fiscalizar, ver os erros deles. E exigirão participação."


O filme de Ivo é um alerta a isso. Foi por essa questão, por tratar justamente de compartilhamento, que foi disponibilizado gratuitamente. Ele está produzindo seu segundo documentário, sobre games (www.playmakers.org.uk), que também será distribuído de graça. Mas não acredita que esse será o futuro para tudo. "Acredito no modelo de as pessoas pagarem o quanto quiserem, dependendo do quanto gostarem. Não acho que será tudo de graça. A cultura tem um preço para ser produzida."


Enquanto o novo documentário não fica pronto, o cineasta trata de apresentá-lo para governantes. Já mostrou nos EUA, no Canadá, na Europa. "Acho que as coisas começam a mudar. A virada com Barack Obama, que priorizou a internet, é muito importante. Acredito que, em breve, tudo irá mudar. Teremos um outro tipo de presidente, de parlamento, de empresa. Todos irão ter de ouvir as pessoas, compartilhar com elas decisões. Do contrário, irão morrer".











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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Mancha ou Melanoma?



Método desenvolvido por cientistas da Universidade da Califórnia usa marcadores genéticos para dignosticar com precisão amostras de tecido benigno ou maligno (divulgação).


Um grupo de pesquisa da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, desenvolveu um novo método para distinguir entre manchas benignas e melanoma. A técnica consiste em medir diferenças nos níveis de marcadores genéticos.

A novidade conseguiu distinguir entre lesões benignas na pele e melanomas com uma taxa da sucesso superior a 90%. Também teve bom resultado com relação a casos incorretamente diagnosticados. O método deverá ajudar casos mais complexos, uma vez que, segundo os autores do estudo, exames comuns de tecidos, feitos em microscópios, podem ser ambíguos e subjetivos.

O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.

A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada, porém sua incidência é baixa. São cerca de 6 mil novos casos por ano no país, segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil.

Para desenvolver a estratégia de diagnóstico molecular, os pesquisadores usaram um microarray (lâmina preparada com arranjo de fragmentos de DNA) para isolar cerca de mil genes humanos que estavam presentes em diferentes níveis em melanomas.

Identificaram cinco genes que apresentavam níveis de atividade superiores em melanomas com relação a manchas benignas. As proteínas produzidas por cada um dos genes foram coloridas (marcadas) com anticorpos específicos para fins de diagnóstico de modo a avaliar o nível de expressão genética no tecido.

Segundo o estudo, a nova técnica foi capaz de distinguir entre manchas benignas e melanomas em diferenças no nível e no padrão de atividade das cinco proteínas produzidas.

Os cientistas examinaram os níveis dos cinco biomarcadores em 693 amostras de tecido de biópsias. Antes, um dos autores do estudo, patologista, revisou os diagnósticos das amostras, para garantir que estavam corretos.

O grupo analisou as amostras com o novo método e verificou que o aumento na produção das proteínas pelos melanomas, comparado com as manchas não malignas, foi estatisticamente significante, servindo como um indicador confiável para diagnóstico.

As proteínas também apresentaram padrões de atividade diferentes nos dois tipos de tecido, constituindo um outro indicador para diagnóstico. "Encontramos diferenças claras na intensidade da expressão genética, mas observamos também que o padrão de atividade da proteína de cima para baixo no tecido era muito diferente entre os tecidos benigno e maligno", disse Mohammed Kashani-Sabet, primeiro autor do estudo.

Alguns dos genes identificados – e suas proteínas – se mostraram indicadores melhores do que os outros, mas a maior eficácia foi verificada justamente na combinação dos cinco biomarcadores. O método resultante identificou corretamente 95% das manchas benignas e 91% dos melanomas. Nos casos mais difíceis, a eficiência foi de 75%.

Os pesquisadores entraram com pedido de patente para o uso dos marcadores genéticos no diagnóstico de melanoma.

O artigo A multi-marker assay to distinguish malignant melanomas from benign nevi, de Mohammed Kashani-Sabet e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org.



Gene do Autismo é Descoberto



Gene do autismo é descoberto
Fapesp - 29/4/2009
http://www.agencia.fapesp.br/materia/10421/divulgacao-cientifica/gene-do-autismo-e-descoberto.htm


Pesquisadores norte-americanos identificam variante genética envolvida no risco de manifestação da desordem em regiões
do cérebro ligadas à linguagem e ao comportamento social (divulgação).



Estudos que envolveram cientistas de 30 instituições de pesquisa nos Estados Unidos acabam de dar uma importante contribuição ao conhecimento sobre o autismo, desordem que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relacionamentos, ao identificar fatores genéticos que afetam o risco de manifestação do problema.


Segundo as pesquisas, tais variantes genéticas são comuns em pessoas com autismo. Essa é a primeira vez em que se identificou uma relação direta entre o código genético humano e a desordem.

O principal estudo, que envolveu mais de 10 mil pessoas, incluindo portadores da desordem, familiares e outros voluntários, em diversos estados do país, foi coordenado por Hakon Hakonarson, professor da Universidade da Pensilvânia e diretor do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia.

Os resultados estão em artigo publicado nesta terça-feira (28/4) no site da revista Nature e destacam a importância de genes que estão envolvidos na formação e manutenção de conexões entre células cerebrais.

O estudo se baseou em polimorfismos de nucleotídeos únicos, responsáveis pela maior parte das variações genômicas na sequência do DNA. Entre as variantes genéticas identificadas, está uma que se mostrou altamente comum em crianças autistas.

Em seguida, ao analisar a atividade do gene – chamado de CDH10 – no cérebro em fetos, descobriram que ele tinha maior atividade justamente nas regiões ligadas à linguagem e aos relacionamentos sociais.

O trabalho indica que o CDH10 tem papel fundamental no desenvolvimento cerebral e pode contribuir para o risco de autismo. "Enquanto essa variante genética é comum na população em geral, descobrimos que ela ocorre cerca de 20% mais frequentemente em crianças com autismo. Uma mudança importante como essa no código genético é muito mais do que uma simples mutação. Trata-se de um fator de risco para a origem da doença", disse Daniel Geschwind, diretor do Centro para Tratamento e Pesquisa em Autismo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), um dos autores da pesquisa principal.

O grupo da UCLA analisou o DNA de 3,1 mil crianças com autismo em 780 famílias – cada família tinha pelo menos duas crianças com o problema. O processo relacionou a desordem com uma região específica do cromossomo 5.

Uma nova análise, dessa vez com 1,2 mil portadores e 6,5 mil pessoas no grupo controle, foi feita pela equipe de Hakonarson. Os pesquisadores avaliaram a relação entre mais de meio milhão de variantes genéticas com o autismo e identificaram seis alterações que ocorriam mais frequentemente em crianças autistas do que nos indivíduos saudáveis. As variações estavam no cromossomo 5 entre os genes CDH9 e CDH10.

Na sequência do estudo, o grupo na UCLA verificou a presença dos dois genes no cérebro humano em desenvolvimento. Enquanto a presença do CDH9 foi pequena, o CDH10 se mostrou especialmente presente e ativo no córtex frontal, região crítica para a linguagem, comportamento social e raciocínios complexos como os envolvidos no processo de julgamento.

"Trata-se de uma descoberta marcante. Não é coincidência que um gene ligado ao autismo apareça em alta concentração em regiões do cérebro que regulam a fala e a interpretação social. Nossa pesquisa sugere que o CDH10 é acionado em um estágio muito inicial e tem um papel importante no desenvolvimento do cérebro. Sua atividade pré-natal torna o indivíduo mais suscetível ao autismo", disse Geschwind.

A descoberta dos genes reforça estudos recentes que apontaram que crianças com transtornos do espectro autista (como o próprio autismo ou a síndrome de Asperger) podem ter conectividade reduzida entre neurônios e com pesquisas que verificaram desenvolvimento anormal nos lobos frontais do cérebro em pacientes com autismo.

"Nossos resultados, quando somados com estudos anatômicos e de imagens de ressonância magnética funcional, sugerem que os transtornos do espectro autista possam ser um problema de desconexão neural", disse Hakonarson.

O artigo Common genetic variants on 5p14.1 associate with autism spectrum disorders, de Hakon Hakonarson e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.









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