sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O Menino, o Cachorro e a Humanização dos Hospitais



O Menino e o Cachorro
A Humanização dos Hospitais
http://blogchicao.tripod.com/





A foto acima é de uma beleza sem igual. O menino está internado em um hospital, portanto em tratamento, e o cachorro está lá com ele o alegrando e o estimulando.



É uma foto que mostra uma mudança de conceitos mentais significativos. É o fruto da luta de algumas pessoas determinadas que romperam com preconceitos médicos/científicos e que introduziram as brincadeiras nos hospitais, estimularam o convívio social, abriram as portas das enfermarias para que familiares possam acompanhar seus doentes. Tudo isto é o fruto de anos de luta entre esta proposta humanizadora e a reação dos reacionários de sempre.

Quando voluntários foram desenvolver brincadeiras com as crianças alguns reclamaram que hospital era lugar sério. Outros que iria atrapalhar o trabalho dos funcionários ou que os médicos seriam desautorizados. Os que dominam e querem dificultar as mudanças sempre buscam negativizar as soluções e convencer os interessados de que é melhor para eles tudo ficar como está, senão vai piorar.

Uma das maiores barreiras às mudanças dentro da área de saúde sempre foi o conceito de higiene. Quem tem hoje entre 40 e 50 anos, provavelmente saiu da maternidade, junto com a mãe, a família e as fraldas, com uma lata de leite em pó. Isto mesmo: Uma lata de leite em pó. Leite distribuído gratuitamente para estimular a substituição do leite materno. Hoje parece loucura este fato. Mas, durante anos foi assim. Uma propaganda maciça contra o aleitamento materno.

Havia "bons" argumentos contra o aleitamento materno: A mamadeira era mais higiênica, evitava o contato com o suor e com possíveis doenças das mães. O leite em pó era considerado mais saudável e era só ferver bem a água e pronto; o bebê tinha tudo o que ele precisava, sem riscos.

Hoje as campanhas são para que as mães amamentem até os dois anos. Veja que diferença. Veja que diferente: ao invés de comprar leite das "Nestlés" da vida, a pessoa utiliza um recurso próprio. Recurso que valoriza o vínculo mãe-filho, que valoriza o que nosso corpo produz e reconhece que a natureza produz algo melhor do que as fábricas. Toda esta mudança necessitou de décadas para se consolidar (Obs: quando alguém quiser te fazer desistir de uma boa luta lembre da história da amamentação materna e não desista. Saiba que as boas mudanças são lentas e produzidas por alguns poucos abnegados que não desistem e nem se cansam).

Me lembro quando, na constituinte de 1988, aumentaram o tempo de licença maternidade para 120 dias. Houve uma reação do empresariado nacional contra o fato. Usaram vários argumentos do tipo: Vai encarecer os produtos, os pobres vão querer ter mais filhos para ficar a toa em casa, ninguém vai querer contratar mulheres para trabalhar. Lembro que a revista Veja fez uma reportagem com foto de várias mulheres grávidas em uma fábrica demonstrando o "prejuízo" do empresário com a licença maternidade. A ideologia da reportagem era a seguinte: Não somos contra este direito, mas o exagero é ruim para as próprias trabalhadoras. Sempre a classe dominante negativizando as propostas que interessam aos mais humildes.

Com a humanização dos hospitais não foi diferente. As propostas eram (e ainda são) motivos de ridicularização. Quando do início do movimento para a reforma psiquiátrica chegavam a acusar seus membros de quererem soltar psicóticos assassinos pela cidade. Hoje várias vitórias já foram alcançadas. Muito ainda há que alcançar. Os que são contra ainda são fortes e com poder financeiro e político. Usam este poder para fazer a cabeça das pessoas, contra os interesses delas próprias.

É por isto que é linda a foto do cachorro em pleno hospital. Isto demonstra que o bem estar das crianças está sendo considerado fator importantíssimo para a cura. O cachorro, símbolo de sujeira, está sendo aceito como parte do tratamento e da diminuição do sofrimento de milhares de crianças. Mais uma barreira negativa está caindo. Mais uma vez estamos aprendendo a valorizar os recursos que a realidade nos apresenta. Foi assim com a amamentação materna, está sendo assim com a humanização do espaço interno dos hospitais.

Quem valoriza descobre oportunidades e soluções. Aprende a viver melhor e a tornar a sociedade melhor.


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Eu Também Cansei!




A campanha "cansei", promovida pela OAB/SP e por setor do alto empresariado nacional, auto-intitulada "movimento cívico pelo direito dos brasileiros", convoca os cansados em geral a fazer um minuto de silêncio às 13h00 de hoje (17/08/2007) "pelo bem do Brasil".

Não contem comigo: Não vou fazer um minuto de silêncio nem vou bater panelas, pois cansei mesmo foi das campanhas "da paz", campanhas "contra o governo" e sobretudo das campanhas do tipo "cansei". Cansei também dos berros da classe média, oprimida entre os ricos e o crime organizado, se achando o umbigo do universo.


Cansei da classe média incapaz de se ver refletida no espelho que é apolítica, sem a dignidade de assumir que a corrupção que tanto critica nos "outros" é, em sua origem, a mesmíssima daquele que desembolsa cinqüenta reais para não ser multado, que atravessa o sinal vermelho porque não tem guarda olhando e que faz ultrapassagem pelo acostamento na volta do feriadão.


Cansei da classe média que só enxerga a corrupção dos políticos mas é cega e complacente com empresários corruptores e sonegadores de impostos. Cansei da classe média que não se dá conta que a moral só existe na primeira pessoa e que o resto é moralismo (para quem negocia com o dinheiro público, seja político ou empresário, desejo apenas a aplicação da lei). Cansei da classe média pedindo o retorno de governo autoritário, de direita ou de esquerda, pouco me importa, para "moralizar essa bagunça". Era só o que faltava.


Cansei da classe média disparando e-mails ideológicos e confundindo isso com consciência política. Cansei da classe média com acesso a ensino de qualidade mas que só lê, quando lê, o mesmo jornal, a mesma revista de sempre e nunca leu Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Marx, Proudhon ou Weber. Não precisava sequer ler na fonte, bastava pegar um livro introdutório para entender algumas das divergências entre tantos autores geniais, atentos às riquezas e misérias da formação daquilo que chamamos hoje de Estado moderno, situando-se um pouco melhor no mundo em que vivemos.


Cansei de uma classe média que odeia a política pelo erro primário e cristão de confundir seres humanos com anjos, o que é uma receita para a decepção, pois é óbvio que homens não são anjos e, portanto, precisamos de política, este mal necessário. Cansei do mesmo bom-mocismo que divide o mundo de forma maniqueísta: o "Bem" está com a classe média, o "Mal" está com os políticos, aqueles estranhos seres corruptos que vieram de outro planeta e precisam ser exterminados.

Cansei também de achar que o Brasil é uma porcaria maior do que outros países (não é mais nem menos porcaria que EUA, Cuba, França, Canadá, Japão, Austrália, Espanha, Itália ou Suíça). O Brasil tem suas contradições (como qualquer país) e uma delas é ser uma força econômica com péssima distribuição de renda. Aqui a noção de poder legal (Weber) ainda é subversiva e o capitalismo é selvagem. E uma hora os pobres virão mesmo cobrar o que é deles.

Agora agüenta, classe média: A incompetência também é nossa e não só dos políticos. Agora agüenta, elite blindada e herdeira de nossa tradição autoritária: A má distribuição de renda é um problema coletivo; a indústria dos carros blindados e dos condomínios murados, uma solução individual (e individualista). Mas essa equação não fecha: Não há soluções individuais para problemas coletivos.

Em suma: Como advogado paulista não me sinto "representado" aqui pela OAB/SP (não foi com o meu aval que esta entidade uniu-se à "indignação" de um empresário como João Dória Junior, a quem apraz promover desfile de cachorros de madame em Campos de Jordão). Como cidadão, não vejo nada de "cívico" nesse movimento, orquestrado sabe-se lá com qual verdadeira finalidade. E se uma dessas finalidades for um movimento "fora Lula", sou contra, assim como era contra o "fora FHC", não por simpatia política, mas por convicção democrática.

Antes que me perguntem qual é, afinal, a solução para todos os problemas de nosso país, respondo o óbvio: Não sei. Sei apenas que não existe mágica. Fiquemos, pois, com a política e façamos dela a nossa responsabilidade (e não apenas a responsabilidade dos "outros", os políticos), conscientes de que no meio do caminho há pedras. Sempre haverá pedras no meio do caminho.

Hoje, portanto, não bato panelas nem faço um minuto de silêncio. Há exatos 20 anos, aliás, morria Drummond. Às 13h00 de hoje, em homenagem ao poeta, chutarei uma pedra na rua. Ao anoitecer, porém, saberei que "é a hora dos corvos, bicando em mim meu passado, meu futuro, meu degredo: Desta hora, sim, tenho medo".


__________________
Guilherme Arruda Aranha, 35, advogado, mestre em Filosofia do Direito e do Estado pela PUC/SP e professor de Filosofia do Direito (PUC/SP e UNIFIEO), além de pertencer à classe média.







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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Semente de linhaça traz vários benefícios à saúde



Semente de linhaça traz vários benefícios à saúde
Gilberto Coutinho - 24/09/2007
http://www1.uol.com.br/vyaestelar/holismo.htm



A semente de linhaça (Linum usitatissimum) provém do linho, uma planta herbácea de excelente fibra têxtil, pertencente à família das lineáceas. Desde os primórdios da civilização humana, ela tem sido utilizada como uma importante fonte de alimento. Na Mesopotâmia, achados arqueológicos revelaram sistemas de irrigação, construídos há sete mil anos, que possibilitaram o seu cultivo.

De origem asiática, o linho é cultivado em regiões temperadas e com elevada umidade. No início do século XVII, foi introduzido na América do Norte e no Brasil (na ilha de Santa Catarina, depois se espalhou por outros Estados: São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul).

Benefícios da semente de linhaça: Redução da taxa de açúcar; emagrecimento em caso de obesidade (por produzir saciedade); combate à prisão de ventre; preventivo de vários tipos de câncer, aterosclerose; anemia, TPM, etc... Até o final do século XVIII, o linho era uma das maiores fontes de onde se extraíam fibras para a confecção de tecidos; o tecido de linho é feito com as fibras dessa planta. O linho têxtil é apreciado por suas qualidades de resistência, durabilidade e conforto.

É amplo o seu campo de aplicação: linhas de costuras, vestuário, lençóis, tecidos de estofamento e toalhas. Então, a partir daí, o algodão torna-se mais popular.

O linho fornece tanto sementes marrom-escuro (de onde se extrai o óleo de linhaça, de uso industrial e medicinal), quanto amarelo-dourado (mais ricas e adequadas ao uso alimentar e medicinal).

Atualmente, a semente de linhaça é cultivada em quase todo o mundo também como importante fonte de alimento, óleos insaturados e fibras. Tem sido tradicionalmente empregada pela medicina indiana Ayurveda no combate dos distúrbios digestivos e respiratórios, das doenças reumáticas e da irritação do trato urinário.

O óleo de linhaça é rico em ácidos graxos poliinsaturados do tipo ômega-3 (ácido alfalinolênico), também apresenta uma quantidade significativa de ácido linoléico (ômega-6) e de ácido oléico (ômega-9).

A semente de linhaça apresenta diversos componentes importantes para a saúde, sendo a de cor amarelo-dourado a mais rica: minerais; oligoelementos; aminoácidos; monossacarídeos; ácido alfa-linolênico (é a mais rica fonte de ômega-3 existente na natureza); fibras solúveis e insolúveis (uma das maiores fontes de fibras úteis; cada 50g de sementes contém 11,7g de fibra, um percentual muito maior à do trigo e à do arroz integral); lignina; 41% de óleos insaturados; 26% de proteínas; 24% de extrato de nitrogênio livre; 5% de fibras; fitoestrógenos e 4 % de cinzas.



Estudos evidenciam benefícios

Recentes estudos científicos evidenciam notáveis efeitos medicinais da semente de linho. A ingestão diária do farelo fresco das sementes de linho muito auxilia na redução da taxa de açúcar circulante no sangue nos diabéticos e no emagrecimento em caso de obesidade (por produzir saciedade). Também é importante no combate: à prisão de ventre (devido ao seu elevado conteúdo de fibras e mucilagem/goma); ao excesso de colesterol (principalmente do LDL e VLDL); às doenças degenerativas e cardiovasculares (aterosclerose); à anemia e desnutrição; ao câncer de mama, da próstata, do cólon e do pulmão (principalmente como preventivo, segundo o "Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos"); ao desequilíbrio hormonal (indicada no combate da síndrome da tensão pré-menstrual e dos sintomas da menopausa); à imunidade baixa; à asma; às afecções dermatológicas (como o lúpus eritematoso); e à nefrite.

Algumas pesquisas sugerem que a ingestão regular de soja e do farelo fresco de linhaça estimula a produção de estrogênio (hormônio sexual) em mulheres na pós-menopausa.

A naturopatia recomenda ½ xícara diária do farelo fresco da semente de linhaça para prevenir o câncer de mama e duas colheres das de sopa, para auxiliar no funcionamento dos intestinos. Basta triturar bem as sementes de linhaça em um liquidificador. A semente de linho contém 27 componentes anticancerígenos (um deles é a lignina), previne e combate a formação de tumores.

O farelo fresco da semente de linhaça pode ser adicionado em iogurtes, saladas, sopas, sucos, vitaminas, multimisturas de fibras, bolos, massas de pães e em outros alimentos. O seu óleo também pode ser utilizado em receitas culinárias.

A semente de linho apresenta uma quantidade superior de ômega-3 em relação aos óleos de peixes. Cada 60g de sementes douradas de linho contêm 9g de ácidos graxos insaturados ômega-3, o que corresponde à mesma quantidade presente em 1,7 kg de salmão.

Cada 46g do farelo fresco das sementes de linho contêm: calorias: 251 kcal; proteínas: 10,6g; carboidratos: 13,9g; gorduras: 16,9g; fibras: 11,7g; ômega-3: 8,0g; ômega-6: 2,4g; vitamina A: 8,5 UI; vitamina E: 59 UI; vitamina B1: 0,3 mg; vitamina B2: 1,5 mg; vitamina B3: 2,2 mg; vitamina B6: 0,4 mg; vitamina B12: 0,3 mg; cálcio: 104 mg; potássio: 338 mg; sódio: 10,4 mg; magnésio: 229 mg; ferro: 2,2 mg; cobre: 1,1 mg; manganês: 2,5 mg; selênio: 4 mcg; cromo: 5 mcg; e aminoácidos essenciais: valina, isoleucina, leucina, licina, metionina, fenilalanina, treonina e triptofano.

Após inúmeros estudos e pesquisas, o farelo fresco e o óleo de linhaça ganharam credibilidade e vêm sendo empregados terapeuticamente e com bons resultados no combate da artrite reumatóide e esclerose múltipla. Apresenta efeitos terapêuticos semelhantes aos do óleo de prímula (ácido gama-linolênico) e um custo menor do que o de outras fontes de ácidos graxos poliinsaturados. A farinha da semente de linhaça serve para fazer cataplasmas emolientes e também apresenta propriedades diuréticas.

A deficiência nutricional dos ácidos graxos essenciais pode ocasionar diversos desequilíbrios metabólicos: aumento do colesterol sangüíneo, disfunção das glândulas tireoidianas e adrenais, deficiência no crescimento, doenças de pele, acne, dificuldade de cicatrização, pele seca, alopecia, enfraquecimento do tecido conjuntivo e das articulações, hipertrofia da próstata, psoríase, esclerose múltipla, diarréia e cálculos biliares.



Suplementação nutricional

Modo de usar: Como um importante suplemento nutricional, consumir diariamente o conteúdo de duas colheres das de sopa do farelo fresco da semente de linhaça, pela manhã e à tarde. Para se preservarem as propriedades nutricionais e terapêuticas da semente de linhaça, é recomendável triturá-las num liquidificador e consumir o seu farelo logo de imediato, evitando-se a sua oxidação e degradação.









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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Oceanógrafos Monitoram a Orla Carioca - Invasão do Mar



Erosão em Praias do Rio de Janeiro
Oceanógrafos monitoram a orla carioca e identificam pontos que serão invadidos pelo mar

Ciência Hoje On-Line - Fabíola Bezerra - 17/09/2007 - http://cienciahoje.uol.com.br/101025


O aumento do nível do mar representa um grande risco para as praias. No Rio de Janeiro, a água avançou em média três centímetros por ano sobre a faixa litorânea na última década. Uma equipe do Laboratório de Oceanografia Geológica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) monitora a dinâmica dos sedimentos das praias cariocas na tentativa de identificar pontos de invasão pelo mar e propor soluções para minimizar a erosão costeira.

O projeto Erocosta pretende explicar por que alguns trechos das praias do Rio de Janeiro recuam devido à erosão e outros se projetam sobre o mar por causa da deposição de sedimentos. A equipe desenvolve, desde 1997, técnicas para analisar as modificações na costa. O método mais simples e eficaz – e também mais rápido – usa tubos de PVC fincados na faixa de areia banhada pela água e acoplados a módulos que medem a variação dos sedimentos e o nível de água que avançou pela praia. “Medimos as variações de hora em hora e os dados coletados permitem identificar as situações possíveis para determinado ponto, dependendo da topografia da praia”, explica o oceanógrafo Marcelo Sperle, coordenador do projeto. “Os resultados dos estudos feitos anteriormente, que apresentavam um padrão de variações com intervalos de meses e até anos, não diferem dessa análise imediata”, diz.

Segundo o pesquisador, os dados obtidos devem ser entendidos relativamente, uma vez que dependem da direção de chegada das ondas – no Brasil, elas vêm do nordeste, leste ou sul –, de frentes frias, tempestades e ressacas, ou ainda das fases da lua, que influenciam as marés. Um programa de computador, desenvolvido pela equipe, separa as medições em séries temporais, para que se possa identificar alguma variação pela influência desses fatores naturais.

O oceanógrafo acrescenta que outros métodos podem diagnosticar a condição da região. Praias que sejam o habitat de poliquetas (espécie aquática de anelídeo) podem ser avaliadas por meio desses animais. Conforme o tamanho e a quantidade dos espécimes encontrados por amostra coletada, é possível indicar o grau de erosão: quanto maiores as poliquetas e em menor quantidade, maior a erosão. “Poucas resistem à intensa erosão e só as maiores sobrevivem, porque conseguem se fixar. Ao contrário, quando há assoreamento, elas se reproduzem em grande número, por causa da matéria orgânica disponível”.



Áreas de perigo

A pesquisa começou em Ilha Grande, onde há diferentes tipos de praia na mesma região, o que facilitava a análise. Em seguida, o grupo monitorou a orla do Rio de Janeiro. ”No arco Ipanema-Leblon, notamos um déficit de um milhão e meio de metros cúbicos de areia”, declara Sperle. “Isso representa aproximadamente dois milhões de toneladas de sedimentos que devem ser repostos na praia”.



Em Copacabana, a previsão é de que a faixa litorânea das áreas próximas aos postos 4 e 6 diminua cada vez mais.


O pesquisador esclarece que existem movimentos naturais, por causa das correntes marítimas e da direção das ondas, que carregam os sedimentos para outros pontos da praia. "Por exemplo: o mar empurrava constantemente a areia para dentro do canal do Jardim de Alah, que liga a lagoa Rodrigo de Freitas à praia. A obstrução do canal exigia que ele fosse sempre dragado, o que foi retirando a areia da praia aos poucos".

Em Copacabana, áreas próximas aos postos 4 e 6 concentram a energia das ondas e têm sua faixa litorânea diminuída. Daqui a 100 anos, quando, de acordo com as previsões, a elevação do nível do mar será, em média, de um metro e meio a dois metros, o oceano avançará entre 100 e 150 metros em direção à costa durante as ressacas, segundo os cálculos da pesquisa, invadindo o litoral do Rio em alguns pontos e provocando prejuízos.

Segundo o oceanógrafo, a melhor forma de evitar esse problema seria a reposição dos sedimentos levados dessas praias, que são depositados na plataforma continental (faixa de 20 a 200 metros de profundidade do subsolo marítimo em frente à zona litorânea). "Por enquanto, as pessoas ainda não se conscientizaram. O transporte dos sedimentos que estão na plataforma continental é simples, mas precisa de pesquisas e investimentos", conclui.







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Recuse-se a pagar a taxa de anuidade do cartão de crédito



Recuse-se a pagar a taxa de anuidade do cartão de crédito
Valor OnLine - Mara Luquet - 12/09/2007
http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/



Quantas vezes você investiu um tempo para fazer as contas do que gasta com tarifas? Pense um pouco. É tarifa de cartão de crédito, de conta corrente, de cheque especial e tantas outras que povoam a imaginação de seu banqueiro ou prestador de serviço e pesam no seu orçamento.

Faça uma lista de todos os gastos com tarifas e comece a eliminar uma a uma. Vai exigir tempo, paciência e muita organização. Mas vale a pena. Essas tarifas consomem uma fatia do seu orçamento que poderia ser direcionada ao aumento do patrimônio familiar. Duvida? Pode apostar.

Cartão de crédito deve encabeçar a lista. Hoje só paga anuidade de cartão de crédito quem quer. Se você ligar para sua administradora de cartão, disser que não quer pagar essa tarifa e que vai trocar de fornecedor, eles cancelam a anuidade e devolvem o que você já pagou de anuidade este ano. Se a administradora não for razoável, troque de administradora. Veja bem, elas já cobram uma nota dos lojistas por esse serviço. De certa forma, você já está pagando, pois os preços acabam sendo maiores quando você usa o cartão de crédito. Muitas lojas chegam a dar 5% de desconto quando o pagamento é à vista em cheque ou dinheiro.

Se é assim, então, qual a razão para se pagar a anuidade? As administradoras sabem disso e, por isso, quando o cliente reclama, elas costumam ser bem razoáveis. Um leitor que fez a experiência conta que gastava cerca de R$ 750 por ano com as anuidades dos seus cinco cartões de crédito. Conseguiu cancelar as anuidades e ainda recebeu o que havia pago este ano de volta.

Isoladas e parceladas, como costumam vir no seu extrato do cartão de crédito, essas anuidades não parecem tão relevantes. Mas some todas as tarifas pagas e veja como elas pesam. Um exercício feito pelo ValorData mostra que R$ 500 aplicados num investimento com uma taxa média de retorno anual de 8% pode se transformar em R$ 22,880 mil no prazo de 20 anos. Um reforço e tanto para seu caixa.

Quem tomou esse cuidado nos últimos anos, não tem do que reclamar. Se tivesse aplicado os mesmos R$ 500 em taxa de juro nos últimos 12 anos teria em mãos hoje cerca de R$ 22,937 mil. Na bolsa de valores, esse aplicação teria chegado a R$ 31,144 mil.

Mesmo que seja apenas uma anuidade e o valor não chegue aos R$ 500, ainda assim, você deve se dar ao trabalho de cancelar, pelo simples fato de que não precisa pagar. Outro exemplo bastante comum são tarifas de extrato de conta bancária. Alguns bancos costumam cobrar o extrato que envia todo mês para sua casa. Se você faz consulta pela internet, não precisa receber esse extrato e, portanto, pode cortar esse gasto.

Relacionamento com bancos costumam custar caro para clientes pouco atentos. Por isso, vale a pena olhar mais de perto quanto seu parceiro está cobrando pelos serviços. Desde a década passada, com o fim das taxas elevadíssimas de inflação, as tarifas bancárias passaram a ter um peso importante na receita dos bancos. Muitos colocam suas tarifas em níveis extremamente elevados.

O governo anunciou que vai aumentar a fiscalização e serviços prestados pelos bancos aos clientes, mas conta com a participação efetiva da clientela nesta empreitada. Fiscais do Banco Central vão averiguar de perto os casos de abusos, mas, para acionar a fiscalização, vai usar como parâmetro as reclamações que chegam aos Procons de todo o país. Ou seja, quanto mais você reclamar, mais chances terá de melhorar e baratear o serviço.

Enfim, mais uma razão para que você avalie o quanto está pagando pelos serviços prestados por seu banco. Uma fonte que sempre poder ser de grande valia é o site do próprio Banco Central (www.bacen.gov.br). Na página do BC na internet, você vai encontrar muitas informações úteis sobre o sistema financeiro e a relação de tarifas e taxas cobradas pelas instituições.

Há mais outro bom motivo para fazer a relação de todas as taxas e anuidades que mordem seu orçamento: Você consegue ordenar alguns gastos fixos e ainda ponderar o custo benefício de cada um deles.


Mara Luquet é editora da revista ValorInveste e autora do livro O Assunto é Dinheiro, escrito em parceria com o jornalista Carlos Alberto Sardenberg.
e-mail: mara.luquet@valor.com.br








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A maneira com que Você pensa hoje, determinará...




A maneira com que Você pensa hoje,
determinará a maneira do seu viver amanhã.

Decida, portanto, hoje, a espécie de pessoa
que Você deseja ser amanhã.

Deixe de culpar o destino.


Frank S. Cáprio





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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Salvatore Cacciola, FHC e Marco Aurélio de Mello



Salvatore Cacciola:
A bomba cai em FHC e Marco Aurélio de Mello

Paulo Henrique Amorim - Máximas e Mínimas 642
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/455001-455500/455287/455287_1.html



A prisão de Salvatore Cacciola no Principado de Mônaco é, como diria o Simão, uma buemba, buemba no colo do Farol de Alexandria e do ministro Marco Aurélio de Mello, o herói da mídia conservadora (e golpista!).

Cacciola mostra as vísceras do Banco Central e do fracasso da engenharia econômica do Plano Real, quando foi obrigado a desvalorizar a moeda.

Cacciola faz voar vidro para todo lado: Do presidente do Banco Central, Chico Lopes à diretora de fiscalização do banco, Tereza Grossi, que fiscalizava os bancos com a pertinácia com que a CVM fiscalizava Daniel Dantas.

Cacciola deu um golpe no Banco Central de US$ 1,5 bilhão nas barbas do Governo Fernando Henrique.

A Polícia Federal conseguiu prender Cacciola.

O ministro Marco Aurélio de Mello deu uma liminar a Cacciola e o direito de contemplar o Mediterrâneo sentado nos bares elegantes do Principado de Mônaco, ao lado de Grace Kelly.

O ministro Mello tem o hábito de fazer a Polícia Federal trabalhar em dobro e gastar o dinheiro do contribuinte em dobro.

Recentemente, na Operação Furação, a Polícia Federal prendeu três bicheiros do Rio.

Marco Aurélio de Mello mandou soltá-los, porque não se configurava, segundo ele, na sua linguagem empolada, uma ação “delitiva”.

A Polícia Federal teve que voltar à Justiça para conseguir prender os três, de novo, flagrados em ação “delitiva”.

Se Cacciola abrir o bico, urubu vai voar de costas em Niterói, como diria Estanislau Ponte Preta.

Depois da liminar concedida pelo ministro Mello, a Polícia Federal expediu uma "difusão vermelha".

Isso significa que a Interpol no mundo inteiro poderia prender Cacciola.

Se Cacciola tivesse sido preso na Itália, não teria sido possível pedir a sua extradição.

A Itália e o Brasil não extraditam nacionais, e Cacciola é cidadão italiano.

Felizmente, Cacciola foi ao Principado de Mônaco e de lá pode ser extraditado.

Agora, o Ministério Público e o Ministério da Justiça vão pedir a extradição dele e a Justiça de Monte Carlo vai julgar.

Se for extraditado, sempre haverá a possibilidade de o Supremo soltá-lo de novo.

Em tempo: Sobre esse período de glória do Plano Real, recomenda-se a leitura de "Os Cabeças de Planilha", de Luís Nassif.








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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Celular - Uso em hospitais traz riscos à saúde



Uso de celular em hospitais traz riscos à saúde
HSM On Line -
Reuters - 10/09/2007
http://www.hsm.com.br/editorias/tecnologia/reportagTI5_100907.php


Usar o telefone celular próximo ao leito ou equipamentos de hospitais poderia desligar exaustores ou causar mal funcionamento de marca-passos, afirmou um estudo holandês.

Pesquisadores da Universidade de Amsterdã registraram cerca de 50 incidentes resultantes da interferência eletrônica pelo uso de telefones celulares em hospitais, e classificaram 75 por cento deles como significativamente perigosos.

Por conta disso, aparelhos celulares devem ficar a pelo menos um metro de distância de leitos e equipamentos hospitalares, aconselham os pesquisadores, que publicaram estudo no jornal on-line Critical Care, do BioMed Central.

"Equipamentos para cuidados críticos são vulneráveis a interferência eletromagnética das novas tecnologias de telecomunicações sem fio dentro de distâncias de cerca de 3 centímetros", de acordo com a análise.

A pesquisa contradiz um estudo anterior feito este ano por pesquisadores da Mayo Clinic, que não encontraram indícios de interferência relevante em equipamentos hospitalares ocasionados por uso de telefones celulares em 300 testes, feitos ao longo de cinco meses.

Os pesquisadores holandeses, que testaram 61 aparelhos médicos diferentes, descobriram que a maior parte dos incidentes ocorreram por causa do novo tipo de sinal General Packet Radio Service (GPRS), tecnologia que permite conexão à internet sem fio.







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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Índice de Felicidade Interna Bruta - FIB



Índice de Felicidade Interna Bruta
Adital - Leonardo Boff - 06/09/2007



Butão é um pequeníssimo reinado hereditário nas encostas do Himalaia, espremido entre a China, a Índia e o Tibet. Não tem mais que dois milhões de habitantes, cuja maior cidade é a capital Timfú com cerca de cinqüenta mil moradores. Dentro de poucos anos está ameaçado de quase desaparecer caso os lagos do Himalaia que se estão enchendo pelo degelo transvasarem avassaladoramente. Governado por um rei e por um monge que possui quase a autoridade real, é considerado um dos menores e menos desenvolvidos países do mundo. Contudo, é uma sociedade extremamente integrada, patriarcal e matriarcal simultaneamente, sendo que o membro mais influente se transforma em chefe de família.

Butão possui algo único no mundo e que todos os países deveriam imitar: o "Índice de Felicidade Interna Bruta". Para o rei e o monge governante o que conta em primeiro lugar não é o Produto Interno Bruto medido por todas as riquezas materiais e serviços que um pais ostenta, mas a Felicidade Interna Bruta, resultado das políticas públicas, da boa governança, da eqüitativa distribuição da renda que resulta dos excedentes da agricultura de subsistência, da criação de animais, da extração vegetal e da venda de energia à Índia, da ausência de corrupção, da garantia geral de uma educação e saúde de qualidade, com estradas transitáveis nos vales férteis e nas altas montanhas, mas especialmente fruto das relações sociais de cooperação e de paz entre todos. Isso não chegou a evitar conflitos com o Nepal, mas não tem desviado o propósito humanístico do reinado. A economia que no mundo globalizado é o bezerro de ouro, comparece como um dos itens no conjunto dos fatores a serem considerados.

Por detrás deste projeto político funciona uma imagem multimensional do ser humano. Supõe o ser humano como um nó de relações orientado em todas as direções, que possui sim fome de pão como todos os seres vivos mas principalmente é movido pela fome de comunicação, de convivência e de paz que não podem ser compradas no mercado ou na bolsa. Função de um governo é atender à vida da população na multiplicidade de suas dimensões. O seu fruto é a paz. Na inigualável compreensão que a Carta da Terra elaborou da paz, esta "é a plenitude que resulta das relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras culturas, com outras vidas, com a Terra e com o Todo maior do qual somos parte".

A felicidade e a paz não são construídas pelas riquezas materiais e pelas parafernálias que nossa civilização materialista e pobre nos apresenta. No ser humano ela vê apenas o produtor e o consumidor. O resto não lhe interessa. Por isso temos tantos ricos desesperados, jovens de famílias abastadas se suicidando por não verem mais sentido na superabundância. A lei do sistema dominante é: quem não tem, quer ter, quem tem, quer ter mais, quem tem mais diz: nunca é suficiente. Esquecemos que o que nos traz felicidade é o relacionamento humano, a amizade, o amor, a generosidade, a compaixão e o respeito, realidades que valem mas não têm preço. O dramático está em que esta civilização humanamente pobre está acabando com o Planeta no afã de ganhar mais quando o esforço seria o de viver em harmonia com a natureza e com os demais seres humanos.

Butão nos dá um belo exemplo desta possibilidade. Sábia foi a observação de um pobre de nossas comunidades que comentou: "Aquele homem é tão pobre mas tão pobre que tem apenas dinheiro". E era notoriamente infeliz.







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domingo, 9 de setembro de 2007

Privilégios, Mimos e Mordomias Estatais



Privilégios, Mimos e Mordomias e Estatais
Ricardo Neves - http://revistaepoca.globo.com/
Revista Época 484 de 27/08/2007- página 66



Em Haia, holanda, pedalando entre uma reunião e outra, passamos, meu amigo holandês e eu, por um ciclista que falava ao celular. Meu amigo me informou então que se tratava do ministro da Justiça em pessoa, e comentou em seguida: “Isso é muito perigoso... Andar de bicicleta e falar ao celular. Ele deveria parar ou pelo menos reduzir a velocidade”. E, para minha estupefação, arrematou: “Qualquer criança aprende na escola que falar ao celular enquanto pedala é ainda mais perigoso que dirigindo um carro”.

Tentando me refazer do choque cultural, fiquei refletindo sobre o estranho senso comum daquele pequeno país que, apesar de ter um décimo da população do Brasil, tem um PIB encostado no nosso e uma lista de 17 agraciados com o Prêmio Nobel. Com meu senso comum de brasileiro, ponderei a meu amigo holandês que o verdadeiro perigo era uma autoridade de tal estatura se expor em público, daquela forma, em tempos de terror mundial. E, como argumento final, acrescentei vitorioso: “Eu mesmo posso acertá-lo daqui com uma pedrada”.

“Certamente você pode. Entretanto, é importante em nosso senso de democracia que nossos representantes eleitos sejam vistos como parte do cotidiano das pessoas comuns. Isso tem um sentido de manter nossos representantes conectados com seus concidadãos, e vice-versa.” Calei minha boca e fiquei refletindo sobre a democracia brasileira.

Em nosso país, ocorre uma perversão estrutural de nossa representação democrática que considero muito mais extensa e danosa que a corrupção: o sistemático descolamento de nossos representantes do cotidiano da sociedade. Falta um José Serra fazendo feira, ou um Aécio Neves no supermercado, como fazem seus colegas parlamentares israelenses, que se misturam aos cidadãos, mesmo vivendo em estado de guerra. Ou César Maia andando de metrô, como faz seu colega bilionário e atual prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Já imaginou uma Marta Suplicy tomando ônibus como qualquer parlamentar britânico? Um Nelson Jobim registrando queixa de assalto numa delegacia comum? Sem chance. E se eles forem clientes de serviços públicos, como escolas e hospitais? Nem pensar.

O prefeito de Nova York anda de metrô. Por que nossas autoridades não andam nas ruas? Uma vez tendo ascendido ao olimpo chapa-branca, todos se transformam nos “doutores”, servidos por carros oficiais, motoristas, secretárias, seguranças e copeiros pagos pelo contribuinte. Um território blindado, cheio de mimos, mordomias e foros privilegiados, que os mantém isolados de nossas angústias e ansiedades de clientes do Estado.

O mais grave é que, mesmo nossos representantes egressos de setores populares, como o presidente Lula ou a ministra Marina Silva, não esboçam nenhuma tentativa de produzir uma ruptura do padrão dominante. Nossa ex-ministra, senadora e governadora do Rio de Janeiro Benedita da Silva fez campanha usando o slogan “Mulher, negra, pobre e favelada”. No entanto, todos eles, uma vez eleitos, se desmaterializam do espaço cotidiano dos simples mortais.

Semelhante desconexão da classe política do contexto cotidiano de seus concidadãos só encontra similar em países africanos e em alguns de nossos vizinhos latino-americanos. Essa síndrome de descolamento anticidadão afeta homens e mulheres que ocupam mais de 100 mil postos públicos pelo país, ou gravitam em torno deles. Isso está na raiz de nossos problemas como sociedade. Não é algo que se resolva com a melhora da distribuição de renda. Tampouco com aceleração de crescimento econômico. Mas não sou dos que acreditam que essa é nossa natureza. Que estamos condenados a ser assim. Um bom começo pode ser um movimento cívico pelo fim do foro privilegiado.








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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Tricorder ajudará a diagnosticar doenças em países pobres



Tricorder ajudará a diagnosticar doenças em países pobres
Inovação Tecnológica -
31/08/2007
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010110070831


Além do seu mau humor, o Dr. McCoy sempre carregava o seu tricorder, fazendo com que o tratamento de saúde dos personagens da série Jornada nas Estrelas sempre se resumisse a uma passagem do milagroso aparelhinho sobre o corpo - seja de um terráqueo, seja de um extraterrestre.


Tricorder low-tech

Agora, um grupo de estudantes norte-americanos e chineses construiu uma versão bem menos high-tech do tricorder, mas poderosa o suficiente para detectar uma série de problemas de saúde em populações de países pobres, que não têm acesso a exames clínicos.

O objetivo do projeto é desenvolver um equipamento médico multifuncional, portátil e capaz de detectar o maior número possíveis de sintomas nos pacientes, sem nenhum custo. Os primeiros resultados parecem promissores.


Diagnosticando doenças

O tricorder já é capaz de medir pressão sangüínea, temperatura, nível de oxigênio e açúcar no sangue, além de fazer um eletrocardiograma completo. Ele também pode ser utilizado para monitorar um processo de transfusão sangüínea. E todos os seus resultados podem ser enviados por conexão sem-fios para um computador central, para acompanhamento de um médico.

Por sua funcionalidade, o aparelho acaba de ser escolhido como um dos finalistas do concurso Mondialogo Engineering Award 2007, promovido pela Unesco e pela empresa alemã Daimler-Chrysler.

O equipamento inteiro não é muito maior do que um telefone celular. Ele foi desenvolvido para ser simples o suficiente para permitir ser operado por voluntários que tenham recebido um treinamento básico.

Pequeno, eficiente e simples, exatamente como o tricorder do Dr. McCoy. Com a diferença de que os pesquisadores não souberam afirmar se ele vai funcionar bem em extraterrestres.










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